Foto: Ilustrativa - AP
O Brasil e os países da América Central e o Caribe estariam interessados em comprar da Colômbia aviões não
tripulados ("drones")
e sensores para esse tipo de aeronave, atualmente em desenvolvimento,
entre outros equipamentos militares sofisticados que o país fabrica.
Foi o que confirmou nesta quarta-feira
aos jornalistas o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón,
após a inauguração da Expodefensa, a feira internacional sobre segurança
que reúne em Bogotá 100 empresas nacionais e estrangeiras do setor.
"Viemos realizando um desenvolvimento
conjunto com o Brasil", afirmou Pinzón ao ser perguntado de forma
específica sobre que países mostraram interesse em adquirir aviões não
tripulados de fabricação colombiana.
E "veio se discutindo a possibilidade de que possam chegar a outras nações da América Central e ao Caribe", acrescentou.
Pinzón confirmou os avanços no
desenvolvimento de aviões não tripulados depois de que sua
vice-ministra, Yaneth Giha, antecipou na semana passada que no país já
se construiu em fase de testes um "drone", nome dessas aeronaves.
Também disse que poderiam ter seu
primeiro radar pronto em 2015, um projeto para o qual serão destinados
mais de 20 bilhões de pesos (cerca de R$ 22,2 milhões).
Hoje o titular da Defesa reconheceu que o
objetivo é "mostrar que a Colômbia não apenas tem capacidade de
produzir alguns equipamentos, como esses têm experiência comprovada em
combate, o que é interessante para nações com desafios semelhantes em
segurança".
Disse ainda que a Colômbia "está
desenvolvendo dois programas estratégicos de altíssima importância: um
de modelagem e simulação para o treino de pilotos e operações de
aeronaves e outro de desenvolvimento de sensores para fortalecer a
capacidade de detecção e de controle territorial e fronteiriço".
"Os primeiros simuladores que vamos
desenvolver são os dos aviões não tripulados e os do avião Caravan
C-208", este último fabricado pela americana Cessna.
O jornal El Tiempo revelou
recentemente que há muito tempo na Colômbia se utilizam naves não
tripuladas para proteger infraestruturas de grande importância
econômica, como oleodutos, e lembrou que, segundo os telegramas
divulgados pelo "Wikileaks", os Estados Unidos ajudaram em 2006 com esse
tipo de aparato a buscar três cidadãos americanos sequestrados.
Os "drones" usados até agora na
Colômbia, segundo o periódico, são de vigilância, mas a indústria do
país andino quer que seus modelos próprios possam se adequar para
ataques militares.
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