sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Filha de Dirceu: "Meu pai está preso injustamente" 13/12/2013



Joana Saragoça acusou hoje o presidente do STF, Joaquim Barbosa, de ter conduzido "uma série de violações para manter de pé a tese do mensalão", segundo ela, "uma história mal contada e sem provas"; ato em Brasília, em que a filha do ex-ministro José Dirceu fez seu discurso, também teve homenagens do irmão de José Genoino, o deputado José Guimarães (PT-CE), o irmão de Delúbio Soares, o vereador de Goiânia Carlos Soares (PT), e o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), também condenado na Ação Penal 470; Cunha voltou a desafiar Barbosa a provar seu crime de peculato e criticou o tratamento exagerado dado ao julgamento: "Eu já li que foi o maior escândalo político. Foi maior que a ditadura militar?"

13 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 16:54

247 – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, "conduziu uma série de violações" durante o julgamento da Ação Penal 470, acusou nesta sexta-feira 13 a filha do ex-ministro José Dirceu, Joana Saragoça. "Meu pai está preso injustamente", discursou Joana, durante ato de desagravo aos condenados no processo, em Brasília. O debate fez parte da programação do 5º Congresso Nacional do partido, que teve sua abertura ontem.

"O que se viu foi uma série de violações conduzidas pelo ministro Joaquim Barbosa para manter de pé a tese do mensalão, uma história mal contada e sem provas", criticou a filha de Dirceu, ao lado do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), também condenado na AP 470. "Meu pai está preso injustamente por ter lutado para fazer do Brasil um país melhor. Todos sabemos que o julgamento foi marcado pela exceção", acrescentou Joana.

O evento teve ainda a presença de outros familiares dos três petistas que estão cumprindo suas penas em Brasília. Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares estão presos na penitenciária da Papuda, na capital federal, e o ex-deputado José Genoino cumpre prisão domiciliar na casa de uma filha. Discursaram também no evento o irmão de Genoino, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), e o irmão de Delúbio, o vereador em Goiânia Carlos Soares (PT).

João Paulo Cunha, a exemplo do discurso que fez esta semana na tribuna da Câmara, negou ter cometido o crime de peculato do qual foi condenado. O deputado, que era presidente da Câmara na época do 'mensalão', voltou a desafiar Joaquim Barbosa a provar seus desvios. "O que eu tenho pedido é o seguinte: diga, ministro Joaquim Barbosa, o que foi que eu desviei. Ele não diz. Sabe por que ele não diz? Porque não tem [desvio]", afirmou.

O parlamentar também comparou o tratamento dado a esse caso, do PT, e ao escândalo do cartel no metrô paulista, que envolve políticos do PSDB, além de criticar o exagero quando se referem ao processo. "Dizem que o mensalão foi o maior escândalo. Maior escândalo de quê? Eu já li que foi o maior escândalo político. Foi maior que a ditadura militar? Foi maior que o estado novo? Foi maior que a escravidão?", questionou.

Guimarães ressaltou a importância da militância petista em apoiar os condenados e declarou que "o PT nunca vai se calar diante dessas injustiças" – em referência às prisões. Sobre seu irmão Genoino, garantiu que está "tranquilo" e "segurando". "Para que ele consiga suportar tudo isso, a militância do PT é fundamental. Ele está firme, porque quem já suportou o que ele suportou em décadas passadas", declarou.

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