Governo venezuelano negociou na quarta-feira novo prazo de 60 dias para apresentar garantias do empréstimo de R$ 4 bilhões, que seriam destinados às obras da refinaria
CARACAS - CARACAS - Apesar dos constantes atrasos da Venezuela, a presidente Dilma Rousseff confirmou na última quinta-feira, 1º, em reunião com o presidente Hugo Chávez, a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. "Nós construiremos a refinaria. Essa é uma relação em que os dois ganham", disse Dilma, depois do encontro com Chávez no Palácio de Miraflores, sede do governo da Venezuela.
A Petrobrás tem pouco interesse hoje na obra, acordada antes da confirmação das reservas do pré-sal. A declaração de Dilma é uma reafirmação política de que a obra será feita. No entanto, a Venezuela ainda não conseguiu garantir o empréstimo para financiar sua parte. Chegou, por algum tempo, a cogitar um pedido ao BNDES, mas a operação foi vetada pelo banco.
Atualmente, existe a possibilidade de o Banco de Desenvolvimento da China participar. De acordo com o embaixador brasileiro em Caracas, José Antônio Marcondes de Carvalho, a Venezuela ainda está tentando reduzir os custos da operação financeira. "De junho, quando o presidente Chávez esteve no Brasil e acertou esse prazo de pagamento, até agora, o mínimo que se pode dizer é que o mercado bancário passou por uma turbulência e isso tem reflexos. Houve um adiamento, mas as coisas estão funcionando", disse o embaixador.
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