segunda-feira, 16 de abril de 2012

Criação de emprego formal cresce 20,5% em março, mostra Caged 16/04/2012

Por Thiago Resende | Valor
BRASÍLIA - O Brasil registrou a criação de 111.746 empregos formais em março, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho.
Houve aumento de 20,57% em relação a igual mês do ano passado, quando houve geração líquida (diferença entre contratações e demissões) de 92.675 vagas de trabalho.
Em termos brutos,  foram registradas 1.881.127 admissões e 1.769.381 desligamentos em março de 2012. O saldo de criação de empregos no mês é o maior para meses de março desde 2010, quando houve geração de 266.415 vagas formais. No acumulado de 12 meses, foram criados 1.761.455 postos de trabalho.
A indústria de transformação, alvo de várias medidas de estímulo do governo, registrou queda líquida de 5.048 postos de trabalho. Já a agricultura perdeu 17.084 vagas em janeiro.
Por atividades
Entre os setores pesquisados pelo ministério, o melhor resultado foi registrado no ramo de serviços, com 83.182 vagas formais criadas no mês. Em seguida ficou o setor de construção civil (35.935), comércio (6.412), administração pública (5.724), extrativo mineral (1.604) e serviços industriais de utilidade pública, com criação de 1.021 vagas.
Segundo o Ministério do Trabalho, o elevado número de demissões na indústria de transformação em março foi puxado principalmente pelo ramo de produtos alimentícios.
No mês, o setor de alimentos registrou saldo negativo de empregos – demissões que superam as contratações – de aproximadamente 25,2 mil postos. A indústria de transformação teve demissão líquida de cerca de 5 mil vagas formais.
O ministério detalhou ainda que o resultado negativo da indústria de produtos alimentícios foi provocado pela redução de 33,7 mil empregos nesse ramo no Nordeste, “particularmente relacionados às atividades de Fabricação de Açúcar”.
Em março, os setores de borracha, fumo e couros criaram 5,4 mil postos de trabalho. Em seguida, ficaram as atividades de calçados (3,9 mil); química (3,3 mil), têxtil (2,7 mil).
As demissões também superaram as contratações na indústria de papel e papelão, que teve redução de 354 vagas formais de trabalho. O saldo da indústria de material de transporte foi negativo (demissão) em 143 postos.
(Thiago Resende | Valor)

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