Relações bilaterais têm se deteriorado no novo governo de Putin
drogas e ao crime, em mais um sinal de deterioração nas relações 
entre o Kremlin e a Casa Branca no mandato do presidente russo, Vladimir
 Putin.
 O acordo, em vigor há uma década, previa o
 financiamento americano de iniciativas anticrime na Rússia. Mas o 
premiê Dmitri Medvedev afirmou que o pacto "exauriu seu potencial" e não
 está mais baseado na "realidade".
 
No entanto, a decisão foi interpretada como uma nova retaliação da Rússia a punições americanas impostas a autoridades russas acusadas de desrespeito aos direitos humanos.
No entanto, a decisão foi interpretada como uma nova retaliação da Rússia a punições americanas impostas a autoridades russas acusadas de desrespeito aos direitos humanos.
 Recentemente, os EUA também abandonaram 
um grupo de trabalho bilateral voltado à sociedade civil, em protesto 
contra o governo Putin.
 O correspondente da BBC em Moscou Steve 
Rosenberg explica que, desde o retorno de Putin à Presidência, em maio 
passado, as relações EUA-Rússia têm se deteriorado constantemente.
 O pano de fundo é a preocupação americana
 com o estado da democracia e dos direitos humanos no governo Putin, 
provocando ira do Kremlin.
Lei Magnitsky e adoção de crianças
 O pricipal motivo da irritação de Moscou é
 pela lei Magnitsky, aprovada pelo Congresso americano no ano passado, 
que congela bens e impede a entrada nos EUA de autoridades russas 
acusadas de desrespeito aos direitos humanos.
 A lei se segue à morte do advogado Sergei
 Magnitsky, que dizia ter descoberto uma rede de corrupção envolvendo 
autoridades fiscais russas e o roubo de US$ 200 milhões (cerca de R$ 
409,5 milhões).
 Um relatório oficial divulgado pela 
Rússia deu conta de que Magnitsky teria sido torturado e algemado na 
prisão russa em que foi detido.
 Mas a única pessoa a ser julgada no 
episódio foi o médico da prisão, acusado de negligência após a morte de 
Magnitsky, em 2009. Ele acabou sendo inocentado por uma corte em Moscou.
 Magnitsky representava o fundo de 
capitais Hermital, presidido pelo americano Bill Browder. Este comandou 
os esforços para que os EUA pressionassem autoridades russas por meio 
das sanções agora em vigor.
 Em retaliação, a Rússia baniu oficiais 
americanos suspeitos de abusos e vetou a adoção de crianças russas por 
casais americanos, medida que provocou uma onda de protestos.
 Nos últimos 20 anos, americanos adotaram 
dezenas de milhares de crianças russas. E, para os críticos do governo, a
 nova lei acaba com as oportunidades para as crianças órfãs.
Saída de ONGs
 Ao mesmo tempo, a imprensa russa diz que duas ONGs americanas removeram suas equipes da Rússia, após supostas ameaças de prisão.
 O Instituto Nacional Democrático e o 
Instituto Republicano Internacional aparentemente fecharam seus 
escritórios em Moscou no final do ano passado, por conta da aprovação de
 leis que fecham o cerco a entidades financiadas por dinheiro 
estrangeiro. As ONGs, porém, não confirmaram.
 Mas funcionários das organizações 
confirmaram ao serviço russo da BBC, sob condição de anonimato, que sua 
equipe, inclusive cidadãos russos, foram transferidos à Lituânia.
 Um deles afirmou à BBC ter sido abordado 
por membros do FSB, o serviço de segurança russo, que os advertiu que 
eles podiam ser indiciados por traição.
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