O afastamento do sigilo do executivo Adilson Primo foi autorizado nos autos do inquérito da Polícia Federal que investiga o chamado "propinoduto tucano", que teria ocorrido entre 1998 e 2008, nos governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin; Primo manteve contas em Luxemburgo e a PF investiga se ela tem relação com eventual pagamento de propinas no Brasil
1 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 09:05
247 - Ainda vai longe o escândalo do chamado "propinoduto tucano", relacionado à compra de equipamentos de transporte e energia pelo governo de S. Paulo. Neste domingo, reportagem de Fausto Macedo e Fernando Gallo, do O Estado de S. Paulo (leia aqui a íntegra), revela que a Polícia Federal quebrou o sigilo bancário do ex-presidente da Siemens, Adilson Primo.
A abertura dos dados bancários vai de 2001 e 2011 - período em que ele dirigiu a empresa. Na decisão, o juiz Fabio Rubem David Müzel, da 6.ª Vara Criminal Federal, determinou ao Banco Central o envio de "todas as informações sobre remessas e recebimentos de recursos internacionais e de operações de câmbio, além de outros recursos no exterior e declarações de bens e capitais relacionados ao sr. Adilson Primo."
O afastamento do sigilo foi autorizado nos autos do inquérito que investiga o chamado "trensalão tucano", apelido dado ao cartel dos trens ocorrido em governos do PSDB em São Paulo, entre 1998 e 2008, nas gestões de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
"Há indícios da prática de delitos afetos à competência desta vara, tendo em vista a informação de que o representado teria supostamente movimentado conta no exterior, razão pela qual se mostram pertinentes os pleitos", disse o juiz em seu pedido. "Patente a necessidade-utilidade e a pertinência da quebra dos sigilos bancário e fiscal de Adilson Primo", destaca o juiz. Ele irá investigar se as contas mantidas em Luxemburgo por Primo têm relação com o pagamento de propinas.
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