Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Presidente venezuelano comemorou o ingresso do seu país no Mercosul, avisou que isso terá “ressonância geopolítica” e deixou claro que falará grosso com o atual governo paraguaio, que estaria causando “grande dano” à América Latina
Em sua entrevista, o presidente venezuelano considerou ainda a decisão como uma “lição de política para os enclaves autoritários, que são herdeiros de ditaduras políticas”, num claro recado endereçado ao Paraguai. Eram justamente os parlamentares paraguaios que vinham vetando o ingresso da Venezuela no Mercosul – e a decisão de aceitar o país de Chávez ocorreu no mesmo dia em que o Paraguai foi suspenso do bloco. “Essa trava do Congresso paraguaio vinha causando grande dano à América Latina e ao próprio Paraguai”, disse o presidente venezuelano. Ele afirmou que vinha lutando há vários anos, mas enfrentava barreiras colocadas por “enclaves autoritários”.
Chávez destacou ainda que o ingresso do seu país no bloco terá grande ressonância geopolítica. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, membro da Opep e próxima a regimes como os de Teerã, de Mahmoud Ahmadinejad, e da Síria. O país também tem sido um dos principais compradores de armas da Rússia nos últimos anos.
O ingresso definitivo da Venezuela ocorrerá no dia 31 de julho, num encontro do Mercosul no Rio de Janeiro. “Adotamos de comum acordo esta decisão, que nos honra e que é também uma grande responsabilidade”, disse a presidente argentina Cristina Kirchner, ao anunciá-la.
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