Estados Unidos, Canadá e membros da União Europeia alegam que a crise econômica inviabiliza a iniciativa. Os países do G77+China insistem na proposta. Presidenta Dilma Rousseff defendeu ontem (13) que “nós não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão”. O fundo foi proposto pelo G77+China, o grupo de países em desenvolvimento que inclui o Brasil e previa angariar US$ 30 bilhões, a partir de 2013.
Najla Passos (*)
A proposta de criação do fundo para
financiar ações de desenvolvimento sustentável nos países mais pobres
corre o risco de não ser incluída no relatório final da Rio+20, por
causa da pressão contrária de países industrializados, como os Estados
Unidos, o Canadá e membros da União Europeia. O motivo alegado para a
resistência é a crise econômica, que afeta as maiores economias do
globo. O fundo foi proposto pelo G77+China, o grupo de países em
desenvolvimento que inclui o Brasil e previa angariar US$ 30 bilhões, já
a partir de 2013.
Apesar de reconhecer a existência de um forte movimento de retração, o secretário-executivo da delegação brasileira, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, afirmou, nesta quinta (14), que o quadro ainda pode ser revertido. “Não há rechaço de uma ou de outra [parte negociadora]. Vamos buscar a melhor condição possível. É fundamental que cada ação corresponda a meios de financiamento ou indicações para que isso seja possível”, disse.
Na abertura do Pavilhão Brasil, na quarta (13), a presidenta Dilma Rousseff chamou os chefes de estado de todo mundo à responsabilidade. “Nós não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico. Pelo contrário, nós consideramos que um posicionamento pró crescer, incluir, preservar e conservar é parte intrínseca de uma concepção de desenvolvimento e, sobretudo, diante das crises, é necessário que tenhamos a consciência que não tem desenvolvimento possível feito na base de ajustes que só prejudicam pessoas, de ajustes que só prejudicam a preservação do meio ambiente ou da biodiversidade”, afirmou.
Ritmo lento
A seis dias do encontro dos 115 chefes de estado e de governos na Rio+20, as negociações para o documento final preocupam os organizadores, já que apenas um quarto do documento está fechado. Há divergências em relação a vários pontos, além do financiamento das metas propostas. O principal obstáculo se refere à definição dos chamados Objetivos do Milênio, que deverão ser adotados pelos países signatários, a partir de 2015.
Nesta quinta (14), um dos principais negociadores, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Rio+20, Nikhil Seth, admitiu que as articulações avançam em ritmo mais lento do que o esperado, mas pediu que o mundo observe os aspectos positivos já fechados nas reuniões.
De acordo com ele, já há um importante consenso, por exemplo, quanto à inclusão do combate à forme e à pobreza entre as metas prioritárias. Seth destaca, também, a importância do texto principal incluir, pela primeira vez, ações específicas voltadas para as mulheres e indígenas. “Tudo isso dá um arcabouço muito bom à medida que se avança na elaboração do documento”, disse.
(*) Com informações da Agência Estado
Apesar de reconhecer a existência de um forte movimento de retração, o secretário-executivo da delegação brasileira, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, afirmou, nesta quinta (14), que o quadro ainda pode ser revertido. “Não há rechaço de uma ou de outra [parte negociadora]. Vamos buscar a melhor condição possível. É fundamental que cada ação corresponda a meios de financiamento ou indicações para que isso seja possível”, disse.
Na abertura do Pavilhão Brasil, na quarta (13), a presidenta Dilma Rousseff chamou os chefes de estado de todo mundo à responsabilidade. “Nós não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico. Pelo contrário, nós consideramos que um posicionamento pró crescer, incluir, preservar e conservar é parte intrínseca de uma concepção de desenvolvimento e, sobretudo, diante das crises, é necessário que tenhamos a consciência que não tem desenvolvimento possível feito na base de ajustes que só prejudicam pessoas, de ajustes que só prejudicam a preservação do meio ambiente ou da biodiversidade”, afirmou.
Ritmo lento
A seis dias do encontro dos 115 chefes de estado e de governos na Rio+20, as negociações para o documento final preocupam os organizadores, já que apenas um quarto do documento está fechado. Há divergências em relação a vários pontos, além do financiamento das metas propostas. O principal obstáculo se refere à definição dos chamados Objetivos do Milênio, que deverão ser adotados pelos países signatários, a partir de 2015.
Nesta quinta (14), um dos principais negociadores, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Rio+20, Nikhil Seth, admitiu que as articulações avançam em ritmo mais lento do que o esperado, mas pediu que o mundo observe os aspectos positivos já fechados nas reuniões.
De acordo com ele, já há um importante consenso, por exemplo, quanto à inclusão do combate à forme e à pobreza entre as metas prioritárias. Seth destaca, também, a importância do texto principal incluir, pela primeira vez, ações específicas voltadas para as mulheres e indígenas. “Tudo isso dá um arcabouço muito bom à medida que se avança na elaboração do documento”, disse.
(*) Com informações da Agência Estado
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