Os  riscos de um desemprego prolongado estão crescendo nos países do G-20,  grupo dos 20 países mais desenvolvidos e em desenvolvimento, ao mesmo  tempo em que a atividade econômica desacelera, mostrou um estudo da  Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização para a  Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentado nesta  segunda-feira em Paris. O estudo indica que os países do G-20 perderam  20 milhões de empregos com a crise financeira de 2008 e se arriscam a  perder mais 20 milhões até o fim de 2012."Estamos muito preocupados com o  que estamos vendo nos números", disse Stefano Scarpetta, chefe de  análise de empregos na OCDE, logo antes de uma reunião de dois dias que  ocorrerá na capital francesa com os ministros do Trabalho dos 20 países.  "O emprego e as políticas sociais deveriam estar no centro de uma  política de combate à situação atual".A recente expansão do emprego no  G-20 é insuficiente para
  compensar os 20 milhões de empregos perdidos na crise econômica de  2008, disse Scarpetta. O emprego cresceu 1%, mas é necessária uma  expansão anual de pelo menos 1,3% para suprir a falta de 20 milhões de  empregos nos países do G-20 até 2015. Scarpetta disse que a situação  tende a piorar com a atual desaceleração da economia."Ser a taxa de  emprego crescer 0,8% até o final de 2012, agora uma possibilidade bem  presente, então a falta de empregos crescerá em mais 20 milhões de  postos de trabalho para um total de 40 milhões nos países do G-20",  disse o relatório da OIT e da OCDE."Isso não é apenas sobre negócios.  Nós temos uma situação pela frente onde as tensões sociais vão aumentar.  Isso é uma questão para o G-20 porque quando as tensões sociais crescem  em um país elas têm implicações em outro", disse Scarpetta.O estudo  indica que 200 milhões de pessoas estão desempregadas atua
lmente  no mundo, o que quase alcança a pior marca, atingida durante a Grande  Depressão que começou a partir de 1929.Na página da OIT, o relatório  indica que a situação melhorou em alguns países do G-20, como o Brasil e  a Alemanha, mas o desemprego permanece muito alto em outros, como a  Espanha, onde supera 20% da força de trabalho."A performance dos  mercados de trabalho foi muito diferente de país a país. Enquanto alguns  países, como Brasil, Alemanha e Indonésia, tiveram um forte crescimento  no emprego e significativas quedas na taxa de desemprego, outros como  Argentina, Austrália e a Federação Russa mostraram pouco ou nenhum  crescimento no emprego, e outro grupo de países e regiões ainda têm uma  persistente taxa alta de desemprego, como a Espanha, Estados Unidos,  Reino Unido, África do Sul e União Europeia.As informações são da Dow Jones.
Nenhum comentário:
Postar um comentário