sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"UE, BCE e FMI: 30 mil funcionários públicos gregos precisam ser demitidos" 30.09.11



Os inspetores internacionais que analisam em Atenas as políticas de austeridade do governo grego insistem na redução do número de funcionários públicos como uma das medidas para conter o déficit. Após a retomada na quinta-feira das reuniões, paralisadas desde o dia 2 de setembro, vários jornais gregos se referiram nesta sexta-feira ao pedido dos representantes da "troika" - formado pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - pela diminuição da enorme Administração grega. Segundo o jornal Eznos e algumas emissoras de televisão, a "troika" exige que a Grécia demita imediatamente 3% do total de 900 mil funcionários públicos, o que permitiria economizar 1,5 bilhão de euros até 2012. O compromisso com a União Europeia e o FMI é de reduzir em 30% o número de funcionários até 2015. O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, convocou o Conselho de Ministros no domingo para analisar o projeto de colocar 30 mil funcionários na "reserva" durante um ano, período no qual receberiam 60% do salário, sendo demitidos em seguida, a não ser que o governo possa contratá-los novamente. Esse projeto encontrou dificuldades legais e constitucionais, além da oposição dos sindicatos e de boa parte da classe política. Os inspetores internacionais também não estão contentes com a falta de resposta das 151 empresas e organismo públicos aos quais o Governo solicitou uma lista com 10% dos empregados que possam ser cortados. Os inspetores também analisarão os orçamentos estatais para 2012, que serão tramitados pelo Parlamento a partir de segunda-feira e espera-se que sejam votados no final de outubro. O objetivo é reduzir o déficit ainda este ano em até 7,5%, até chegar a 3% em 2014. O relatório final da "troika" será concluído somente quando a Grécia receber o sexto lance do resgate aprovado em 2010, avaliado em 8 bilhões de euros, e que o país espera que seja entregue em 13 de outubro em uma reunião extraordinária do Eurogrupo.

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