quarta-feira, 6 de junho de 2012

Escritor de ficção científica Ray Bradbury morre aos 91 anos 06/06/2012

Cena do filme "Fahrenheit 451", de François Truffaut, adaptado da obra de Ray Bradbury.
Cena do filme "Fahrenheit 451", de François Truffaut, adaptado da obra de Ray Bradbury.
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RFI
O escritor norte-americano Ray Bradbury, verdadeira lenda da ficção científica, faleceu aos 91 anos de idade, anunciou sua família nesta quarta-feira. Autor de "Crônicas Marcianas" e "Farenheit 451", sua obra expressa a preocupação com a sobrevivência espiritual da humanidade diante do materialismo da sociedade contemporânea.

Adaptado para o cinema em 1966 pelo diretor francês François Truffaut, "Fahrenheit 451" (1953), inspirado pelas queimas de livrosde autores judeus organizadas pelos nazistas, evocava os perigos da censura e do controle das ideias em um mundo totalitário.
Já um outro de seus clássicos, "Crônicas Marcianas" (1950), alerta para os riscos de desumanização diante do avanço inexorável da ciência. Foi com esse livro que Bradbury se tornou célebre como autor de histórias de ficção científica.
Escritor prolífico, Ray Bradbury publicou quase 600 contos e trinta romances. Ele também escreveu várias peças de teatro e roteiros para o cinema, como "Moby Dick" (1956) para o diretor norte-americano John Huston, e para a televisão, em particular para as séries "Além da Imaginação" e "Alfred Hithcock Apresenta".
Nascido no dia 22 de agosto de 1920 em Waukegan (Illinois, norte dos Estados Unidos), Raymond Douglas Bradbury descobre a literatura aos 7 anos de idade graças aos contos de Edgar Allan Poe. Aos 14 anos ele se muda para Los Angeles com sua família e aos 17 sua novela "Script" é publicada em uma revista de ficção científica.
Vítima de um derrame em 1999, ele continuou a trabalhar ditando seus textos a uma das quatro filhas que teve com sua esposa Marguerite, falecida em 2003 após 56 anos de casamento.
"Na vida, assim como na literatura, é preciso agir por paixão: as pessoas percebem que você é honesto e perdoam muita coisas", dizia Bradbury.

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