Do Correio do Brasil
Mensalão tucano terá Barroso como relator no STF
O ministro Roberto Barroso, recém-empossado no Supremo Tribunal
Federal (STF), será o relator da Ação Penal (AP) 536 - conhecida como
"mensalão tucano" - que segue sem julgamento desde a sua abertura, em
2009, após investigação de atos ilícitos cometidos durante a campanha do
atual senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo do Estado.
Personagem central da AP 470, no
julgamento conhecido como ' mensalão ', o publicitário Marcos Valério se
distingue também como coordenador do esquema de financiamento irregular
-com recursos públicos e doações privadas ilegais -à campanha de
reeleição em 1998 do então governador mineiro e atual senador Eduardo
Azeredo (PSDB).
O
processo envolve, ainda cinco pessoas ligadas à Cemig (estatal de
energia mineira), quatro à Comig (estatal de infra-estrutura mineira,
atual Codemig), uma à Copasa (estatal de saneamento mineira) e dois à
gráfica Graffar, que teriam desviado recursos da Cemig para a campanha
de Azeredo.
Em denúncia apresentada dia 20 de
novembro de 2007 ao Supremo Tribunal Federal, o Procurador Geral da
República denunciou que o esquema criminoso, que veio a ser chamado pela
imprensa de "mensalão tucano", foi "a origem e o laboratório" do
'mensalão'.
Barroso,
que assumiu a cadeira que era de Ayres Brito, aposentado
compulsoriamente ao completar 70 anos, substituirá o ministro Joaquim
Barbosa, presidente do STF, na relatoria do "mensalão tucano". O
constitucionalista Roberto Barroso foi nomeado pela presidenta Dilma
Rousseff e sua posse foi prestigiada, na véspera, por mais de 1,5 mil
convidados e autoridades dos Três Poderes.
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