Do iG
Apesar de defender o sistema atual, o secretário de Transportes da
cidade diz "estar aberto" para ouvir outros cenários. "Temos vários
modelos que poderiam ser analisados"
Imagine a cidade de São Paulo com o
serviço público de ônibus estatizado. Embora soe improvável para
muitos, essa proposta já chegou à mesa do secretário municipal dos
Transportes, Jilmar Tatto, assim como outra, que prevê uma mescla entre o
sistema atual, de concessão à iniciativa privada, e a estatização total
dos coletivos.
Tatto defende o modelo em vigência,
mas diz "estar aberto" para ouvir outros cenários. "Temos vários
modelos que poderiam ser analisados", disse nesta segunda-feira, em
seminário sobre a integração dos transportes na Universidade de São
Paulo (USP).
"A cidade está no momento propício para debater tudo, todo o sistema
de transporte. Eu tenho convicção de que, da maneira como está
organizado em cima da lei existente, é possível melhorar o sistema (em
vigor)."
Atualmente, a gestão Fernando Haddad (PT) está em processo de renovar
os contratos com as empresas e cooperativas de ônibus da capital. Os
acordos, que foram assinados uma década atrás, na gestão da também
petista Marta Suplicy, vencem em meados do próximo mês.
O custo da nova licitação, que vale por até 15 anos, é de R$ 46,3
bilhões - o maior da história. A prefeitura já chegou a prorrogar o
prazo da consulta pública desse processo, que ganhou destaque nos
últimos dias com o debate em torno da qualidade do transporte público,
suscitada pelos recentes protestos.
Segundo Tatto, o modelo da estatização transformaria motoristas e
cobradores em funcionários públicos. "Tem um outro (cenário) em que a
garagem e os funcionários ficam com os operadores (empresários)." Por
sua vez, a prefeitura compraria e seria dona dos ônibus - uma frota de
cerca de 15 mil veículos.
"E tem o modelo que fala da tarifa zero. Do ponto de vista de custo,
você tira de imediato o cobrador e toda essa parafernália do validador,
tira a catraca", explica o secretário. Nesse contexto, o custo público
seria de aproximadamente R$ 4,5 bilhões para manter o sistema. As
informações são do jornalO Estado de S. Paulo .
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