Apesar do recrudescimento da crise internacional, o Brasil deverá continuar sendo um dos principais destinos para o capital estrangeiro sob a forma de investimentos diretos (IED), de acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) junto a agentes internacionais. Segundo dados do chamado Monitor da Percepção Internacional do Brasil, o indicador que mede a tendência do País em receber esses recursos passou de 35 pontos positivos em maio para 43 pontos em agosto.
Segundo o Ipea, para 70% dos entrevistados, o Brasil estará entre os cinco maiores destinos de IED no mundo nos próximos 12 meses.
Na pesquisa anterior, essa resposta havia sido dada por apenas 56% dos consultados. Em 2010, o Brasil ocupou exatamente o quinto lugar nesse ranking, ficando atrás apenas dos
1) Estados Unidos,
2) China,
3) Hong Kong
4)Bélgica.
Na semana passada, o diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Mendes, estimou que o ingresso de recursos estrangeiros nessa conta deve chegar à quantia recorde de US$ 70 bilhões em 2011. A estimativa oficial da autoridade monetária - que deve ser revisada no fim deste mês - ainda é de US$ 55 bilhões. Se confirmada, a nova cifra representará um salto de 44,5% em relação ao resultado do ano passado.
A pesquisa também mostra uma melhora da avaliação dos agentes internacionais em relação à condução da política econômica do País. O indicador, que estava positivo em 5 pontos em maio deste ano, passou para 20 pontos em agosto. O movimento reverteu a tendência de declínio nesse índice que vinha sendo registrada desde outubro do ano passado.
Da mesma forma, o indicador que mede a avaliação sobre a inflação chegou à neutralidade (zero pontos) após ter ficado negativo em 24 pontos na pesquisa anterior. Já as perspectivas sobre o crescimento do PIB caíram de 44 pontos para 30 pontos positivos. Segundo o Ipea, 40% do entrevistados esperam uma expansão da economia brasileira abaixo de 3,6%. Ontem, o FMI revisou de 4,1% para 3,8% a estimativa de crescimento do País em 2011, mas a previsão oficial do governo ainda é de 4,5%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário