Ponto mais polêmico da histórica
votação que abriu o setor portuário, a emenda que propunha a renovação
automática das concessões dos atuais terminais, rotulada pelo deputado
Anthony Garotinho (PR-RJ) como "Tio Patinhas", acaba de ser vetada pela
presidente Dilma Rousseff. "Foi tudo o que eu pedi e era tudo o que eu
esperava da presidente Dilma", diz Garotinho; "uma vitória do Brasil e
uma derrota dos lobistas que frequentam o plenário do Congresso"; autor
da proposta, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já articula a derrubada
do veto presidencial no plenário
247 - Aprovada pelo Congresso
Nacional numa votação histórica, que varou madrugadas e provocou
acalorados debates no plenário, a Medida Provisória dos Portos acaba de
ser modificada em seu ponto mais polêmico pela presidente Dilma
Rousseff. Ela decidiu vetar a emenda que garantia renovação automática
das concessões dos atuais terminais.
Rotulada como "emenda Tio Patinhas" pelo deputado Anthony
Garotinho (PR-RJ), que denunciou a atuação de lobistas atuais dos
terminais no plenário do Congresso, essa proposta havia sido apresentada
inicialmente pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Foi uma vitória do
Brasil e uma derrota dos lobistas", disse o deputado Garotinho, que é
líder do PR. "A derrubada dessa emenda foi tudo o que eu pedi e era o
que eu esperava da presidente Dilma".
Agora, ele teme que o grupo liderado por Cunha tente
derrubar o veto da presidente Dilma pelo plenário do Congresso. "Já
existe uma movimentação nessa direção, mas vamos continuar lutando".
Em linhas gerais, a MP dos Portos permitiu a entrada de
novos atores, como os grupos Odebrecht, Hamburg Sud e EBX, no mercado
portuário – o que deve estimular a concorrência. A medida foi contestada
pela Força Sindical, que apontou o enfraquecimento dos direitos
trabalhistas, e por parlamentares situados à esquerda, como o senador
Roberto Requião (PMDB-PR), que condenam a privatização do setor.
Cunha foi acusado por Garotinho de defender os interesses
de grupos privados que atuam no setor, como Libra e Opportunity, por
Garotinho e decidiu representar contra o líder do PR no Conselho de
Ética da Câmara dos Deputados. "Isso não me preocupa e o veto da
presidente Dilma demonstra quem tinha razão", diz Garotinho.
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