terça-feira, 25 de junho de 2013

Troika chega a Lisboa com a reforma do Estado como prioridade 25/06/2013




Técnicos da troika aterrissam nesta segunda-feira em Lisboa para começar os trabalhos prévios à oitava avaliação do resgate a Portugal, marcada sobretudo pela ambiciosa reforma do Estado que os organismos internacionais exigem do país. A missão oficial da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional só começará no próximo dia 15 de julho, embora nestas três semanas se espera "antecipar algum trabalho", segundo informou o próprio Ministério das Finanças português. Em cima da mesa está a reforma do Estado que Portugal deve realizar a pedido da troika, e que incluirá ajustes que permitam uma economia permanente de 4,7 bilhões de euros no gasto público, equivalente a 3% do PIB do país. Estas medidas têm que entrar em vigor entre 2013 e 2014, e embora algumas delas já tenham sido aprovadas, muitas das verbas que serão reduzidas ainda faltam ser processadas. O Governo português, de sinal conservador, já antecipou que esta reforma afetará o quadro de funcionários públicos e o sistema de previdência, embora falte concretizar em que termos. Portugal atravessa hoje a considerada como pior crise de sua história recente, acumula três anos consecutivos de recessão (2011, 2012 e 2013) e o desemprego disparou neste período até rondar os 18%. A aliança conservadora que preside o Executivo defende sua gestão pela melhora da imagem do país frente aos mercados, o que lhe permitiu diminuir os juros exigidos pelos investidores para comprar seus títulos de dívida, e se mostra confiante em que o crescimento voltará no próximo ano.

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