Soldado libanês patrulha as ruas de Trípoli na segunda-feira, 27 de maio de 2013.
Os dois foguetes que caíram neste domingo em território libanês atingiram áreas na periferia de Beirute, região que o Hezbollah domina. Segundo o Exército, os foguetes atingiram uma concessionária de automóveis e um edifício residencial. O presidente do Líbano, Michel Sleiman, e diversos políticos denunciaram o incidente, e o classificaram como “ato de sabotagem”, uma tentativa de desestabilizar o país e fazer com que partidos opostos entrem em conflito em território libanês. O Hezbollah também descobriu durante o fim de semana um explosivo que foi neutralizado antes de provocar uma tragédia num bairro xiita populoso de Beirute. Uma série de incidentes relacionados com a crise na Síria têm ocorrido no país vizinho, mas as autoridades libanesas ainda desconhecem os responsáveis por tais atentados.
Muitos libaneses apóiam e acreditam na vitória do Hezbollah e do regime na Síria, principalmente depois que os combatentes do Hezbollah se juntaram às tropas de Assad, dominando grande parte da cidade de Qusair, uma das regiões mais disputadas da Síria. Outros libaneses criticaram Nasrallah pela sua participação na guerra síria, por ter um preço alto. Porém, diante do mundo árabe, houve uma transformação. Nasrallah que era considerado o líder mais popular pela sua luta travada com Israel, agora combate em território sírio contra rebeldes de vários países árabes, defendendo o regime aliado.
Os libaneses estão preocupados com o contágio da guerra síria. O que compromete ainda mais a estabilidade do país é a entrada de membros da Frente al-Nusra, aliados da Al-Qaeda, no Líbano.
O governo libanês torce para que a conferência internacional de paz para a Síria, proposta pelos Estados Unidos e a Rússia, atualmente em preparação, dê resultados. A conferência pode acontecer em junho, em Genebra.
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