Para o órgão, há indícios de que o ex-secretário praticou três crimes: peculato apropriação, compra de votos e improbidade administrativa. Brollo chegou a se afastar do cargo por 80 dias para coordenar a campanha do candidato, mas as práticas foram flagradas antes que ele saísse do posto. Depois do afastamento, ele continuou a usar funcionários e a estrutura da pasta, organizando até reuniões dentro do prédio da Secretaria, em função da campanha eleitoral.
"Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que constam na apuração de pelo menos 3.500 páginas, mostram indícios de práticas criminosas como fraudes em licitações, contratação de funcionários fantasmas, desvio de recursos e equipamentos do poder municipal e uso de cargo público para o favorecimento de particulares. Em 2012, o esquema teria alimentado o caixa de campanhas eleitorais", explica a reportagem do portal UOL.
Em uma das conversas interceptadas pela Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), ocorrida em 26 de junho de 2012, um interlocutor não identificado se queixa a Brollo sobre Fiedler, que havia questionado a aprovação de R$ 1,4 milhão na Câmara Municipal para a compra de vacinas contra a gripe A. Para o vereador, não teria como distribuí-las. Sobre o assunto, Brollo respondeu que "o povo tem que se foder".
Outras ligações flagram o ex-prefeito Kleinubing ordenando a Brollo que criasse um documento falso para simular um processo de dispensa de licitação. Seu interesse era que a empresa municipal URB recebesse R$ 30 milhões do Badesc, Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina. A verba seria usada para executar obras de pavimentação em Blumenau, mas os projetos sequer estavam prontos. O então prefeito ordenou para seu secretário que os inventasse. Hoje presidente do Badesc, Kleinubing nega as acusações.
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