terça-feira, 2 de agosto de 2011

Japonesa compra controle da Schincariol por R$ 4 bilhões

 
(Asegunda-feira, 1 de agosto de 2011 atualizada às 21h04)
A cervejaria japonesa Kirin acaba de confirmar no Japão a compra do controle da Schincariol por R$ 4 bilhões.
Os japoneses compraram o controle da Aladre-Schinni, que pertencia aos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol.
A família brasileira, entretanto, permanecerá na operação da cervejaria.
A proposta da Kirin foi maior que a oferecida pela Heineken, que já estava em negociação para comprar a Schin, a s segunda maior fabricante de cervejas do Brasil.
A Kirin tem operações no Japão, China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Cingapura e Filipinas, além de negócios na Oceania.
Em 2010, o grupo vendeu US$ 28 bilhões.
Já a Schincariol tem 13 unidades de produção no País, com mais de 10 mil funcionários.
No ano passado, a companhia teve receita bruta de R$ 6 bilhões.
Estiveram envolvidos na operação Mattos Filho e BTG Pactual pelo lado da Schin e Tozzini Freire e Citi pela Kirin. 


http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/2011/08/01/japonesa-compra-controle-da-schincariol-por-r-4-bilhoes/

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Exportações do Brasil para os EUA sobem 46,8% em julho

Segundo MDIC, principais aumentos ocorrem nas exportações de motores para veículos, petróleo, equipamentos de terraplanagem e siderúrgicos

01 de agosto de 2011 | 17h 11

Iuri Dantas, da Agência Estado
BRASÍLIA - As exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 46,8% no mês de julho na comparação com o mesmo mês de 2010, passando de US$ 1,58 bilhão para US$ 2,22 bilhões. A informação foi dada nesta segunda-feira, 1º, pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, durante entrevista sobre os números da balança comercial brasileira de julho.

Segundo ela, esse movimento das exportações para os EUA será monitorado, porque esse é um mercado que o Brasil tem "muito carinho". A secretária destacou que houve aumento principalmente nas exportações de motores para veículos, petróleo, equipamentos de terraplanagem e siderúrgicos.
Com relação ao total exportado (US$ 22,252 bilhões) e importado (US$ 19,117 bilhões) pelo Brasil no mês de julho, a secretária disse que os valores são recordes para o mês. O saldo comercial de julho, positivo em US$ 3,135 bilhões, também é o maior dos últimos três anos para meses de julho. Apesar do bom desempenho das exportações, a secretária disse que o ministério não vai rever agora a meta de exportação para o ano. O governo vai acompanhar o desdobramento do cenário internacional nas próximas semanas antes de anunciar qualquer mudança. A meta de exportação continua em US$ 245 bilhões para o ano de 2011.
Aço
A secretária do MDIC informou ainda que, nos primeiros sete meses do ano, houve recorde de exportação de aço, com aumento de 35%. As vendas externas de aço passaram de 4,8 milhões de toneladas no mesmo período de 2010 para 6,5 milhões de toneladas no período de janeiro a julho de 2011. Ao mesmo tempo, houve uma queda nas importações de aço praticamente no mesmo patamar. Foi verificada uma queda de 36% nas compras de aço nos primeiros sete meses do ano - de 3,2 milhões de toneladas no período janeiro-julho de 2010 para 2,1 milhões de toneladas em igual período de 2011.

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,exportacoes-do-brasil-para-os-eua-sobem-46-8-em-julho,not_78203,0.htm

Chinesa JAC vai investir US$ 600 mi em montadora no Brasil

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TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
01/08/2011 - 16h19
Atualizado às 17h13.
A montadora chinesa JAC Motors anunciou nesta segunda-feira a construção de uma fábrica no país, com investimentos de US$ 600 milhões e capacidade de produção de 100 mil unidades por ano.


O evento conta com a presença do vice-presidente mundial da companhia, Dai Maofang. A empresa começou a atuar no país em 18 de março deste ano, trazida pelo empresário brasileiro Sérgio Habib, com a abertura de 46 concessionárias em 28 cidades brasileiras.
A fábrica deve ser concluída em 2014 e operar em dois turnos, gerando 3.500 empregos diretos.
Habib disse que ainda não definiu o Estado, mas será "possivelmente em um local onde já há uma montadora" operando devido aos fornecedores já instalados. Atualmente há montadoras operando em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul, além de um projeto para instalação em Pernambuco. Em Manaus (AM) há um polo de produção de motocicletas.
O modelo que será fabricado no Brasil não está à venda no país agora, mas terá valor abaixo de RS 40 mil. "Será uma família de carros com a mesma plataforma", afirmou Habib.
"Vamos chegar muito rapidamente a 3% do mercado brasileiro", completou. A montadora já ocupa a 13ª colocação no ranking de automóveis, com 0,67% de participação nos licenciamentos no acumulado do primeiro semestre (8.565), segundo a Fenabrave (federação das concessionárias).
A composição societária vai se dividir entre a SHC, de Habib, e a JAC, com maior participação da empresa brasileira, mas o percentual exato não foi informado.
"Vamos estudar várias formas de financiamento. O BNDES com certeza é uma opção", disse Habib.
ESTRATÉGIA
A estratégia da JAC ao chegar ao Brasil, em março, incluiu R$ 140 milhões de investimento em marketing, seis anos de garantia para os carros e o apresentador Fausto Silva como garoto-propaganda da marca. Os modelos J3 e J3 Turin tiveram 242 alterações para se adaptar ao consumidor brasileiro.
Outra chinesa, a Lifan, e a empresa brasileira Effa já assinaram um acordo para a construção de uma montadora no Brasil com capacidade para 10 mil unidades por ano. O investimento previsto é de US$ 100 milhões.
Antes disso, a planta da também chinesa Chery deve ser inaugurada em Jacareí, no interior de São Paulo, com investimentos de US$ 400 milhões. As obras começam neste ano e devem ser concluídas em 2013. A projeção é produzir 150 mil unidades anualmente.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/952762-chinesa-jac-vai-investir-us-600-mi-em-montadora-no-brasil.shtml

Astrônomos descobrem moléculas de oxigênio no espaço profundo


DE SÃO PAULO
01/08/2011 - 14h48 Astrônomos confirmaram, pela primeira vez, a existência de moléculas de oxigênio no espaço profundo. Elas se encontram na área da nebulosa Órion, a aproximadamente 1.500 anos-luz da Terra.
Átomos individuais de oxigênio são comuns no espaço, principalmente em torno de conglomerados de estrelas.
O ineditismo da descoberta atual, de autoria do Observatório Espacial Herschel, é ter detectado moléculas de oxigênio que são praticamente 20% semelhantes às existentes na Terra.
Os cientistas estimam que o oxigênio estaria dentro de gelo e, ao ser aquecido pelas estrelas, liberou água que se converteu, depois, em moléculas de oxigênio.
"O Universo ainda guarda muitas surpresas", comentou o cientista Paul Goldsmith, do Jet (Laboratório de Propulsão a Jato), que publicou os resultados do estudo na revista especializada "Astrophysical Journal".
"O gás de oxigênio foi descoberto por volta de 1770, mas levamos mais de 230 anos para finalmente afirmar, com certeza, que essa simples molécula existe no espaço", disse Goldsmith.
Com o achado, os pesquisadores vão dar seguimento à procura de moléculas de oxigênio em outras regiões de formação de estrelas como é a Órion.


Nasa
Telescópio espacial Herschel descobriu moléculas de oxigênio em uma nuvem de gás e poeira de nebulosa
Telescópio espacial Herschel descobriu moléculas de oxigênio em uma nuvem de gás e poeira de nebulosa


http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/952700-astronomos-descobrem-moleculas-de-oxigenio-no-espaco-profundo.shtml

Em outubro, mundo chegará a 7 bilhões de habitantes

Estudo da ONU aponta que taxa de natalidade ainda continua alta em países como a Índia

31 de julho de 2011 | 17h 05

Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
No dia 31 de outubro deste ano, em algum lugar da Índia, um parto marcará um ponto crítico na história do planeta: com esse nascimento, o mundo passará a ter 7 bilhões de habitantes. A projeção foi feita pela ONU e, apesar de a data ser apenas uma estimativa e o país apenas uma probabilidade, a realidade é que o ano terminará com um novo marco em termos demográfico que promete aprofundar os desafios sociais e ambientais.
A explosão da população mundial calculada pela ONU está sendo publicada nesta semana pelo jornal Science, em um estudo que mostra que avanços médicos, vacinas mais eficientes, proliferação do uso de antibióticos e um relativo avanço no acesso à saúde permitiram uma elevação na expectativa de vida nos países em desenvolvimento.
Mas, ao mesmo tempo que isso ocorre, a taxa de natalidade desses países ainda é elevada. O resultado não é outro senão a explosão demográfica dessas sociedades.
A escolha da Índia para representar o nascimento da pessoa que marcará os 7 bilhões de habitantes não ocorre por acaso. O país de fato faz avanços na área médica. Mas, sem um controle populacional, passará a China em poucos anos em termos de população. A ONU ainda está convencida de que, diante das taxas de natalidade dos países em desenvolvimento, são eles os responsáveis por ter promovido a elevação da população mundial em 1 bilhão de pessoas em apenas doze anos. Em 1999, o mundo somava seus 6 bilhões de habitantes.
Segundo o estudo, a primeira vez que o planeta registrou 1 bilhão de pessoas foi em torno de 1800. Para chegar a 2 bilhões de pessoas, o mundo precisou de mais 125 anos. Mas, apenas nos últimos 50 anos, a população mundial passou de 3 bilhões para 7 bilhões. Os números de 2011 serão duas vezes maior que a população do planeta em 1960.
O pico da expansão de fato ocorreu nos anos 70, quando o mundo crescia cerca de 2% ao ano. Hoje, essa taxa caiu para 1%. Mas, segundo o estudo, a expansão continuará e ocorrerá nos países mais pobres. Até 2050, o mundo terá 9,3 bilhões de pessoas, das quais 97% do crescimento ocorrerá nas regiões mais pobres.
Os Estados Unidos, em quatro décadas, serão os únicos representantes dos países ricos entre as dez maiores sociedades do mundo. De acordo com o estudo, haverá uma estagnação no crescimento populacional de Europa, Japão e demais países ricos.
"Nos anos 60 e 70, tivemos um boom populacional ", explicou David Bloom, economia da universidade Harvard, que liderou o estudo ao lado da ONU. " O que vemos agora é uma série de mini-booms nas áreas mais frágeis do planeta ", disse. Para ele, a questão da pobreza e desigualdade que virão com o aumento da população nessas áreas promete desestabilizar regiões inteiras.

Ler noticia completa em, pontos de vistas dos quais discordo ferreamente.

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,em-outubro--mundo-chegara-a-7-bilhoes-de-habitantes,752492,0.htm

Empresa brasileira vai desenvolver motores para carros elétricos

Com informações do BNDES - 31/07/2011
O BNDES anunciou um financiamento para o desenvolvimento de motores elétricos inovadores, a serem fabricados pela WEG S/A.
Os motores seguirão duas rotas tecnológicas: a de tração elétrica híbrida e a de tração puramente elétrica.
Entre as tecnologias inovadoras, estão o desenvolvimento de um sistema de tração mais leve, compacto e eficiente em comparação aos já existentes, e de um novo sistema de refrigeração que permita a redução de peso e aumento da confiabilidade dos motores
A empresa receberá apoio do BNDES no valor de R$ 7,5 milhões, equivalentes a 62,3% do investimento total, de R$ 12 milhões.
Veículos elétricos
Entre os méritos do projeto, apontados pelo BNDES como justificativa para o financiamento, está o alto potencial de crescimento do mercado de veículos elétricos, com demanda nacional em nichos específicos.
Além disso, os sistemas de tração elétrica são uma alternativa ao uso de motores a combustão, sobretudo porque trazem menos impacto ao meio ambiente e são mais eficientes.
Boa parte da atual ineficiência energética do motor de combustão vem da geração de calor. Estima-se que apenas 15% da energia potencial de um combustível em um automóvel seja efetivamente utilizada para movimentá-lo.
Já os veículos elétricos apresentam rendimento mínimo do motor de 40%.
Tipos de veículos elétricos
Há, atualmente, duas categorias de veículos elétricos: híbridos e puramente elétricos.
Os híbridos são assim chamados por combinarem um motor de combustão interna com um gerador, uma bateria e um ou mais motores elétricos. Nesses veículos, o motor a combustão é menor e menos potente que nos veículos convencionais, reduzindo o consumo de combustível e o volume de emissões.
Os veículos puramente elétricos não possuem motor a combustão. São integralmente movidos por energia elétrica, seja provida por baterias, por células de combustível, por placas fotovoltaicas (energia solar) ou ligados à rede elétrica, como os trólebus. A maioria dos lançamentos das grandes montadoras tem-se concentrado em veículos à bateria.
Por ser um fabricante brasileiro de geradores e motores elétricos, a WEG pode contribuir para o desenvolvimento de uma indústria nacional de veículos elétricos.
O desenvolvimento será realizado prioritariamente na sede da empresa, em Jaraguá do Sul (SC), mas também poderá ser executado por parceiros tecnológicos, como consultores, universidades ou institutos de pesquisa.
A conclusão do projeto está prevista para dezembro de 2013.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=empresa-brasileira-motores-carros-eletricos&id=030175110731

Crise do capitalismo

Acordo sobre a dívida dos EUA prevê corte de US$ 1 trilhão

A crise americana está longe de ser resolvida. Contudo, o Congresso dos Estados Unidos votará nesta segunda-feira (1º) um acordo preliminar entre republicanos e democratas que determina cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública norte-americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões. O governo está ameaçado de ter dificuldades para honrar parte da dívida.

1 de Agosto de 2011 - 8h56
O acordo, anunciado pelo presidente norte-americano, Barak Obama, neste domingo (31) à noite, pretende encerrar meses de disputas entre os dois principais partidos e tirar o país da rota do que poderia ser um calote sem precedentes. Segundo Obama, o acordo permitirá "evitar o default [suspensão de pagamentos] e encerrar a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos". O presidente afirmou que este acordo vai reduzir em cerca de US$ 1 trilhão os gastos nos próximos dez anos.

Os investidores impulsionavam as ações e vendiam ativos mais seguros nesta segunda-feira, apostando que o acordo de último minuto em Washington significará que a economia dos Estados Unidos evitará o calote. Existe a possibilidade, porém, de que agências de classificação de risco rebaixem os Treasuries (títulos da dívida americana), tirando-os da nota "AAA", medida que pode ter impacto sobre os valores de uma série de outros ativos.

Os mercados também digeriam dados que indicaram um crescimento estagnante na economia global, com a atividade industrial chinesa desacelerando e a produção manufatureira reduzida na zona do euro.

O pacote deve passar sem dificuldades pelo Senado, mas deve enfrentar resistências na Câmara de Representantes, pois os republicanos, que são oposição, disseram-se insatisfeitos com o que foi negociado ontem.

O acordo preliminar eleva o teto da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões, em cerca de US$ 2 trilhões, permitindo que o governo tome novos empréstimos e continue financiando sua dívida até, pelo menos, 2013.

Uma das principais exigências dos democratas é que o novo prazo para revisão do teto não caia no ano eleitoral de 2012. A contrapartida exigida pelos republicanos prevê cortes no déficit público que podem chegar a US$ 2,4 trilhões ao longo da próxima década.

Segundo as negociações, esses cortes seriam feitos em duas etapas e poderiam exigir a criação de um comitê no Congresso que seria responsável por propor as áreas de onde sairiam os recursos. Em um primeiro momento, os cortes para os próximos dez anos ficariam em torno de US$ 900 bilhões. O volume adicional de cortes ainda precisa ser determinado.

O acordo afasta o risco de suspensão imediata de pagamentos da dívida, mas não descarta que a avaliação dos títulos da dívida pública americana seja revista para abaixo do atual patamar de nota máxima. O mercado aguarda que as três principais agências de risco se pronunciem sobre o conteúdo do que foi negociado.

Obama não entrou em detalhes sobre os números do plano, mas assegurou que os cortes de gastos colocarão as despesas domésticas no "nível mais baixo anual desde que Dwight Eisenhower era presidente" (1953-1961), mas "a um nível que nos permitirá fazer investimentos necessários para criar emprego, em setores como o educativo ou o de pesquisa".

Nos próximos meses, o presidente vai continuar comunicando aos legisladores seus argumentos em defesa de um "plano equilibrado", que acabe acrescentando retoques ao acordo atual para "finalizar o trabalho".

Situação crítica

No último dia 16 de maio, os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público – de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões). Na ocasião, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente, mas só pode continuar dessa forma até a meia-noite de terça-feira.

Segundo levantamentos do governo, o país não teria mais dinheiro disponível para honrar seus compromissos no próximo dia 2 de agosto. Líderes empresariais e financeiros advertiram que o não cumprimento dos pagamentos se traduziria em consequências catastróficas para a frágil economia americana, que ainda luta com um persistente desemprego de 9,2% na esteira da crise global de 2008.

Por duas vezes ao longo do último mês, autoridades da China, que é a maior credora dos EUA, pediram maior responsabilidade do império com os investidores externos. Os norte-americanos já impuseram aos estrangeiros uma redução unilateral no valor dos seus ativos em dólar (e do passivo estadunidense) através da política de desvalorização da sua moeda por meio da emissão de mais de US$ 2 trilhões.

Qualquer que seja a saída para o impasse, a situação da economia continuará crítica nos EUA, na Europa e, por extensão, no mundo. A tesoura sobre os gastos públicos num momento de alto desemprego e estagnação da produção nos dois lados do Atlântico vai alimentar a crise, impedir a recuperação e, quem sabe, jogar o mundo numa nova recessão. Sem a possibilidade de recorrer ao déficit fiscal para estimular a economia, é bem provável que o Federal Reserve retome a política de emissões, jogando mais lenha no fogo da guerra cambial e da inflação.

A crise surpreende muitos observadores, assume uma aparência surrealista e arranha a reputação dos títulos do Tesouro norte-americano, até ontem considerados como os mais seguros do mundo.

O tamanho dos débitos que assustam o mundo reflete o crescente parasitismo dos EUA, que será forçado a restringir o consumismo, e evidencia a irracionalidade da atual ordem econômica internacional, fundada na liderança estadunidense e no padrão dólar.

Seria muito bom para a humanidade se o déficit fosse reduzido com um corte profundo das despesas militares, o fim das guerras imperialistas no Oriente Médio e a retirada das bases (mais de 800) que o império mantém pelo mundo. Mas não é isto que está no horizonte sombrio da economia política internacional.

Da Redação com informações de agências
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=160156&id_secao=9