sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Brasil aguardará ONU para se posicionar sobre a Líbia

 


Em visita a Sofia, capital da Bulgária, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, reiterou nesta setxa-feira (2) que aguarda definição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) de quem será o representante legítimo do povo líbio. O Brasil, assim como vários países árabes e africanos, não reconhece o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio – comandado pela oposição – como responsável pelo governo provisório no país e deve seguir a indicação da ONU.

2 de Setembro de 2011 - 18h43 Patriota ressaltou ainda que a presidenta Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretendem neste mês, em Nova York, promover uma reunião com líderes da comunidade internacional para debater exclusivamente a situação na Líbia. Até lá, o Brasil manterá a posicionamento de não reconhecer a oposição como responsável pelo governo de transição líbio.

"Consideramos que não é necessário nos pronunciar nesta etapa. Acreditamos que a próxima Assembleia Geral da ONU vai decidir quem é o legítimo representante da Líbia nos fóruns internacionais”, disse Patriota, que passa o dia em reuniões com autoridades búlgaras e depois viaja para a Rússia. A sessão da Assembleia Geral ONU vai ocorrer no próximo dia 18.
Em seguida, o chanceler ressaltou que o Brasil, apesar de não considerar um representante legítimo para os líbios, reconhece o “CNT como um interlocutor nesse processo”. “A principal mensagem que se refere à conferência nesta etapa é insistir em um cessar-fogo imediato, em um calendário de transição na Líbia e na realização de eleições.”

Acompanhamento da ONU

Depois da reunião com o chanceler búlgaro, Nikolai Mladenov, Patriota recomendou que todo o processo envolvendo a Líbia seja acompanhado de perto pelas autoridades das Nações Unidas. “A ONU deve vigiar a situação tanto antes quanto depois do cessar das hostilidades”, disse ele. A oposição líbia promete promover eleições presidenciais no país em até 20 meses, caso assumam o poder.

Nessa quinta-feira (1º), na Conferência de Paris, o embaixador extraordinário do Brasil para o Oriente Médio, Cesário Melantonio Neto, representou o governo brasileiro. Para o Brasil, é fundamental garantir o apoio às aspirações do povo líbio por liberdade e assegurar que o processo político e econômico do país seja conduzido pelos próprios líbios, sem ingerência externa. Também é essencial que a oposição garanta que representa o povo líbio como um todo e não apenas uma parte da sociedade.

Solidariedade pós-conflito

De acordo com o Itamaraty, a comunidade internacional deve colaborar com a Líbia nas medidas adotadas depois de encerrado o conflito na região, especialmente as entidades regionais, como a Liga dos Estados Árabes e a União Africana.

No começo do ano, o Brasil publicou decreto ratificando a decisão da ONU de impor restrições à Líbia, envolvendo o embargo de armas, o congelamento de bens e limitações de viagens de autoridades ligadas ao líder líbio Muammar Khadafi ao exterior. Mas tradicionalmente o Brasil é contrário à adoção de sanções.

Fonte: Agência Brasil

"Montadora dos EUA anuncia fábrica no Paraná" 02.09.11


A montadora norte-americana de caminhões Paccar anunciou ontem que irá construir uma fábrica no Paraná, com investimento de US$ 200 milhões (cerca de R$ 317 milhões).Será a primeira unidade da empresa na América do Sul, que é a segunda maior montadora de caminhões dos EUA.A fábrica começa a ser construída ainda neste ano, em Ponta Grossa, e os primeiros veículos devem ficar prontos em 2013. O foco da empresa, segundo nota oficial, é o mercado interno e o Mercosul.Até 2020, a montadora pretende dominar 10% do mercado brasileiro de caminhões médios e pesados, segundo o presidente da Paccar, Mark Pigott.Outros quatro Estados disputavam o investimento: São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.No Paraná, a indústria ganhou dilação do prazo para recolhimento do ICMS.

"PIB do Brasil cresce acima dos países ricos em 2011" 02.09.11


O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2011 coloca o Brasil em posição favorável em relação às maiores economias do mundo --que vivem períodos de crescimentos pífios, ou mesmo variações negativas, desde a eclosão da crise mundial em 2008.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB brasileiro cresceu 0,8% no segundo trimestre deste ano, ante alta de 1,2% no trimestre imediatamente anterior (dado revisado).O crescimento deste período ainda é influenciado pelo aquecimento da economia em 2010, pautada por uma política monetária de estímulo ao consumo --com uma série de subsídios e isenções de impostos iniciada no pós-crise. Enquanto a maioria das economias desenvolvidas ainda engatinhava na recuperação, o Brasil registrou no ano passado o maior crescimento desde 1986, chegando a 7,5%. Em 2009, no entanto, a variação da economia brasileira foi negativa.No entanto, é importante ressaltar que houve uma desaceleração na relação trimestral, influenciada pela contenção do crédito, do câmbio valorizado, de juros maiores e da consequente freada da indústria provocada por esses fatores.Nos Estados Unidos, a economia registrou alta de 0,3% número inicialmente divulgado, de 1,9%, fortemente revisado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Essa revisão para baixo não era esperada por analistas.A mudança nos números é atribuída principalmente a uma redução maior do que a prevista anteriormente nos gastos do governo, tanto em nível estadual quanto local. Em 2009, o PIB do país registrou retração de 2,4%.Na União Europeia, que enfrenta problemas graças ao alto endividamento público de alguns de seus países-membros, a expansão foi de 0,2% no segundo trimestre, mesma variação do PIB da zona do euro (grupo de 17 países do bloco que usam o euro como moeda única).Entre os principais países do bloco, a Alemanha registrou variação positiva, porém baixa no período, alta de apenas 0,1% no segundo trimestre, ante alta de 1,3% no primeiro trimestre.A Grécia, que passa por uma crise fiscal e recebeu por duas vezes ajuda financeira da UE e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para conter seus deficit, registrou quedas sucessivas no PIB e não tem divulgado os números, de acordo com a Eurostat, a agência de estatísticas da Europa.O Japão, que vive um momento de deflação e estouro da dívida pública, também registrou deficit, de 0,3% no segundo trimestre, ante recuo de 0,9% no trimestre anterior.A China registrou crescimento de 2,2% no segundo trimestre, ante alta de 2,1%. O PIB do maior parceiro comercial do Brasil cresceu 9,5% entre abril e junho em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo números oficiais. A alta afastou temores de uma desaceleração forte da segunda maior economia mundial em decorrência de uma série de medidas para conter a inflação.

"Brasil ocupa espaço deixado por EUA na América do Sul" 02.09.11


Brasil é 'primeiro contrapeso real aos EUA no Ocidente'
http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=306819
O Brasil tem ocupado o espaço deixado pelos Estados Unidos na América do Sul, diz artigo publicado nesta sexta-feira na revista britânica "The Economist", embora os americanos mantenham "influência e interesse vital na região".O texto analisa as relações entre os Estados Unidos e a América Latina e conclui que a política americana para a região tem sido prejudicada pelas disputas domésticas no Congresso americano e aberto espaço para outros atores. "O Brasil com frequência tem maior peso em grande parte da América do Sul", diz.O texto lembra que no início do mandato, o presidente Barack Obama prometeu "uma nova era de parceria" entre as Américas. Mas o fato de Obama ter de lidar com "outras prioridades, tanto no exterior quanto em casa, e eventos na região, como o golpe de Honduras (...), reavivaram velhos debates", diz a "Economist".A revista menciona que em julho, a oposição republicana suspendeu o financiamento dos EUA para a OEA (Organização dos Estados Americanos). "Os conservadores não gostaram (da atitude) do secretário-geral da
OEA, o social-democrata chileno José Miguel Insulza".Inzulza irritou os americanos por suspender Honduras da OEA logo após a derrubada do presidente Manuel Zelaya e por defender a volta de Cuba à organização. Embora a OEA "não inspire muita confiança em Washington", trata-se do único grupo que inclui os EUA, enquanto outros exclusivamente latinos proliferaram nos últimos anos.A "Economist" também cita os TLCs (tratados de livre comércio) firmados entre os EUA com a Colômbia e o Panamá, que aguardam aprovação do Congresso americano. "Assuntos que importam muito à América Latina --drogras, migração, comércio e Cuba - são hoje determinadas pela política doméstica" dos EUA, diz.A insatisfação ficou explícita na declaração do presidente do México, Felipe Calderón, que disse que os EUA também eram "responsáveis" pelo atentado de narcotraficantes que deixou 52 mortos em um cassino no país. O governo mexicano cobrou dos vizinhos maior controle no comércio de armas."Enquanto os EUA são restringidos por disputas domésticas, a América Latina está mudando rapidamente. Uma década de crescimento econômico, comércio pulsante com a China, democracias mais fortes e o advento de governos de centro-esquerda têm ajudado a fazer a região mais assertiva", diz."Em nenhum lugar isso é mais verdadeiro que no Brasil", diz a "Economist", ressaltando, no entanto, a relação "distante e desconfiada" entre os dois países, citando a tentativa fracassado de Brasília de mediar a crise nuclear do Irã (sem apoio americano). A boa relação de Obama com Dilma Rousseff, no entanto, pode "construir laços mais estreitos" entre ambos, diz a revista.

EUA lideram vendas de carros em julho; Brasil fica em 4º lugar

No ano, porém, a China está na liderança do ranking global, com quase 8 milhões de unidades 

02 de setembro de 2011 | 12h 04

SÃO PAULO -

Em Julho

1) Os Estados Unidos lideraram as vendas de automóveis em julho, com crescimento de 0,9% sobre igual período de 2010 e 1.059.541 unidades vendidas.

2)  China, com crescimento de 7,5% e 993.316 unidades.

3) Japão (369.820 unidades vendidas em julho e queda de 23,5% na comparação com julho de 2010),

4) Brasil (287.934 unidades e alta de 0,9%)

5)  Alemanha (279.755, alta de 10,6%). Os dados são da consultoria Jato Dynamics do Brasil.

Durante o ano:


1)China está na liderança, com 7.946.092 unidades de janeiro a julho, um avanço de 7,1% com relação ao mesmo período de 2010.

2) Estados Unidos aparecem na segunda posição, com 7.392.418 unidades, uma alta de 10,9%.

3) Japão (2.273.595 unidades e queda de 27,2%)
4)Alemanha (2.011.078 unidades e alta de 11,0%).
5) O Brasil está em quinto lugar, com 1.925.925 unidades e alta de 8,2%,

Consumo das famílias cresce pelo 31º mês seguido

02/09/2011 - 14h41
 
CIRILO JUNIOR
DO RIO
Um dos pilares de sustentação da economia nos últimos anos, o consumo das famílias cresceu pelo 31º mês consecutivo, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De abril a junho, o indicador cresceu 5,5% na comparação com o segundo trimestre de 2010, influenciado pela elevação de 6,5% da massa salarial real e do crescimento de 18,6% nas operações de crédito para pessoas físicas.


O consumo das famílias, no entanto, desacelerou, a exemplo do restante da economia, conforme os números relativos ao PIB (Produto Interno Bruto), divulgado nesta sexta-feira (2).
O desempenho no segundo trimestre foi o menos significativo desde o terceiro trimestre de 2009. Naquele período, o consumo das famílias avançara 4,3%.
"O consumo das famílias segue em ritmo crescente, e está absorvendo as importações", comentou a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
No acumulado do ano, o consumo das famílias cresceu 5,7%, na comparação com o intervalo de janeiro a junho de 2010.
Ao mesmo tempo, o instituto mediu que o consumo das administrações públicas subiu 2,5% no segundo trimestre, em relação a período correspondente no ano passado. Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de 1,2%. No primeiro semestre, o indicador avançou 2,3%.
PIB
Sob impacto da contenção do crédito, do câmbio valorizado, de juros maiores e da consequente freada da indústria provocada por esses fatores, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou expansão de 0,8% no segundo trimestre deste ano na comparação livre de influências sazonais com o primeiro trimestre.
De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor da indústria teve o pior desempenho desde a crise econômica mundial, no fim da década passada. O setor cresceu 1,7% no segundo trimestre de 2011 em comparação a intervalo de tempo correspondente em 2010.
Com a indústria afetada pela importação de máquinas e equipamentos, o setor de serviços impulsionou a economia brasileira, se observada a ótica da oferta.
Dos setores produtivos, o setor de serviços foi o que mais cresceu no segundo trimestre, com alta de 3,4% ante igual período no ano passado, segundo o IBGE.

Economia  cresce 0,8% no 2º trimestre, diz IBGE

02/09/2011  
CIRILO JUNIOR
PEDRO SOARES
DO RIO
Atualizado às 09h03.
Sob impacto da contenção do crédito, do câmbio valorizado, de juros maiores e da consequente freada da indústria provocada por esses fatores, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou expansão de 0,8% no segundo trimestre deste ano na comparação livre de influências sazonais com o primeiro trimestre. Naquele período, a economia havia crescido a um ritmo mais acelerado --1,2% segundo o dado revisado. O PIB representou, em valores correntes, R$ 1,021 trilhão.
Em relação ao segundo trimestre de 2010, o PIB cresceu 3,1%. Já no acumulado dos últimos quatro trimestres, houve expansão de 4,7% --o indicador mostra como seria o desempenho da economia em 12 meses, se o ano se encerasse em junho.


No primeiro semestre, por sua vez, o PIB, que mede a produção de bens e serviços (inclusive os públicos como saúde e educação) de um país em um determinado intervalo de tempo, avançou 3,6% na comparação com o mesmo período de 2010.
Setor mais dinâmico da economia e que sente primeiro os reflexos das medidas para segurar o consumo e os investimentos, a indústria subiu 0,2% ante o primeiro trimestre --havia tido alta de 2,2% nos três primeiros meses do ano. Já os serviços, setor de maior peso na economia (cerca de 60%), registraram expansão de 0,8%. O PIB da agropecuária caiu 0,1%.
Na comparação com o segundo trimestre de 2010, a indústria teve alta de 1,7%. No caso de serviços, houve crescimento de 3,4%. O PIB da agropecuária ficou estável no período.
Sob a ótica da demanda --ou seja, dos setores que consomem os bens produzidos por indústria ou agropecuária ou os serviços prestados por empresas e setor público--, o consumo das famílias sustentou o PIB, apoiado no emprego e na renda em alta. Cresceu 1,0% na comparação com o primeiro trimestre --no período, havia tido crescimento de 0,6%. Em relação ao segundo trimestre de 2010, houve avanço de 5,5%.
Já os investimentos na economia (em construção civil e máquinas e equipamentos, sinalizados pelo indicador de formação bruta de capital fixo) cresceram num ritmo maior, com 1,7% na comparação com o primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre de 2010, houve alta de 5,9%.
A taxa de investimentos representou 17,8% do PIB no segundo trimestre.
Diante da prevista desaceleração do PIB no segundo trimestre, economistas já esperam um desempenho pior do PIB neste ano, na casa dos 3,5%. Em 2010, a economia brasileira cresceu 7,5%.