1930 - Imprensa francesa. Santos Dumont ao lado de um cão de corrida
Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
DIÁRIO DO OCUPA BRASIL link
domingo, 2 de outubro de 2011
Renalt/Nissan quer dobrar participação no mercado brasileiro até 2016 o1/10/2011
O Brasil atualmente é o terceiro maior mercado para a Renault no mundo, e pode chegar à segunda posição este ano, perdendo apenas para a França
BRASÍLIA - O presidente mundial da Renault/Nissan, Carlos Ghosn, afirmou nesse sábado, dia 1º, que as companhias pretendem dobrar sua participação conjunta no mercado brasileiro até 2016, chegando a 13%. Segundo ele, as empresas têm 10% do mercado mundial, mas no Brasil a fatia de marcado atual é de cerca de 6,5%.
Após encontro com a presidente Dilma Rousseff para anunciar investimentos na ampliação da fábrica da Renault no Paraná e a construção de uma planta da Nissan no Estado do Rio de Janeiro, Ghosn acrescentou que as companhias também pretendem aumentar o porcentual de conteúdo nacional nos veículos das duas marcas. "Nós consideramos o Brasil um dos mercados mais estratégicos em desenvolvimento de quantidade, mas também de tecnologia", afirmou o executivo.
Atualmente, a Renault tem 5,5% do mercado nacional, enquanto a Nissan possui 1%. De acordo com Ghosn, o objetivo é levar a Renault para um patamar acima de 8% e a Nissan para mais de 5%. "Pretendemos investir no desenvolvimento tecnológico não só do flex fuel, mas também de carros elétricos e híbridos. Temos liderança em termos de desenvolvimento do carro elétrico a nível mundial", concluiu.
Ghosn garantiu que a lucratividade dessas montadoras no Brasil não apresenta nenhum porcentual "excepcional" ante a média obtida pelo grupo nos demais países em que atua. Segundo ele, as margens da Nissan, inclusive, estão abaixo da média, enquanto as da Renault, um pouco acima, mas "nada significativo". "O Brasil é um País atrativo para investimentos, mas não acho que nenhuma montadora está obtendo uma lucratividade muito alta ante Rússia, China e Índia", disse, citando os demais países dos Brics como referência.
Ele acrescentou que o Brasil atualmente é o terceiro maior mercado para a Renault no mundo, e pode chegar à segunda posição este ano, perdendo apenas para a França. Para a Nissan, porém, o País ainda figura apenas como um mercado em potencial. "O objetivo é manter o Brasil como mercado estratégico para Renault, mas também permitir que Nissan contribua mais para desenvolvimento do mercado brasileiro", disse o executivo.
Mercado automotivo
O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que as companhias estão sintonizadas com o que deve ser a relação do Brasil com as montadoras automotivas. "Queremos aqueles que vêm para ficar, para gerar emprego. Para disputar o mercado, mas gerando desenvolvimento, emprego e tecnologia", afirmou Mercadante durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
As empresas vão investir nos Estados do Paraná e do Rio de Janeiro. "São investimentos de grande porte, que mostram o potencial do mercado brasileiro, que é hoje um dos principais da indústria automotiva internacional", considerou o ministro. Segundo ele, os investimentos no Brasil revelam a tendência de mercado que o País representa.
"O presidente da Renault/Nissan (Carlos Ghosn) disse que o Brasil tem hoje 250 veículos para cada mil habitantes. Na União Europeia, essa relação é de 580 por mil habitantes e, nos Estados Unidos, de 800", comparou. "Olhando as condições macroeconômicas do País, a perspectiva de vendas de veículos é muito promissora", acrescentou, salientando que o mercado hoje conta com 3,8 milhões de automóveis. "Não só o posicionamento no mercado internacional, mas a perspectiva de crescimento a médio prazo é absolutamente promissora."
A presidente pediu ao ministro um estudo sobre a viabilidade da participação de carros elétricos na matriz de transporte brasileira. "Ainda não há decisão de governo". Ele lembrou, no entanto, que Itaipu já vem fazendo alguns estudos.
O ministro salientou que essas empresas são líderes mundiais nesse novo segmento de veículos e que a China começa a entrar forte nessa nova condução. "Nossa matriz energética é renovável e o etanol é um êxito como fonte de energia. O carro elétrico ajuda a reduzir emissões nas cidades, mas depende da fonte de energia utilizada. Quem utiliza carvão, acaba emitindo mais carbono", comparou o ministro. Ele acrescentou que o Brasil está "ampliando fortemente" sua matriz energética e eólica.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, destacou que o Brasil hoje é o quarto maior mercado consumidor de automóveis do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos, China e Japão. "Acredito que os investimentos são uma relação de valor recíproco: uma grande marca de um lado e do outro, a grande marca Brasil."
Mais de 1 bilhão de pessoas já acessam internet do celular, diz Google 01/10/2011
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DA EFE
Cerca de 1 bilhão de pessoas já acessam a internet desde seus telefones celulares, ou seja, 20% das cinco bilhões que têm um aparelho em todo o mundo, segundo um estudo do Google. O relatório da companhia americana também destaca que o momento em que os usuários mais utilizam a conexão à internet é quando estão em casa (93% dos participantes da pesquisa) ou se deslocando (76% das respostas).
Os consumidores usam seus smartphones sobretudo para fazer buscas na rede (91% dos casos), para utilizar aplicativos (84%) e checar seus e-mails (81%).
Dos usuários, 43% afirmaram que acessam todos os dias as redes sociais através de seus celulares e 20% asseguraram que diariamente veem vídeos nestes dispositivos.
Milhares marcham em Portugal contra plano de austeridade 01/10/2011
Meu comentário:Austeridade, sinônimo de roubar a povo portugues.A mesma quadrilha da crise.
São os primeiros protestos de peso desde que um governo de centro-direita assumiu o poder em Portugal, em junho.
O maior sindicato, o CGTP, que organizou as manifestações, pediu por mais protestos e uma ação trabalhista na semana de 20 a 27 de outubro "contra a pobreza e a injustiça e contra a agressão do Fundo Monetário Internacional".
O líder do CGTP, Manuel Carvalho da Silva, disse que 130 mil pessoas participaram da marcha em Lisboa, onde os manifestantes lotaram a Avenida Liberdade. A polícia não quis dar uma estimativa do tamanho da multidão.
O imposto sobre as contas de energia e gás aumentou para 23% no sábado, ante 6%, para ajudar a conter o déficit orçamentário.
Portugal tenta evitar o destino da Grécia, onde uma crise da dívida deixou o país à beira da bancarrota.
Ao contrário da Grécia e de outros países europeus que vêm sendo cenários de protestos violentos contra medidas de austeridade, as manifestações em Portugal costumam ser pacíficas, e a de hoje não foi exceção.
Da Silva não chegou a pedir uma greve geral como a que o país testemunhou em novembro passado.
MAIS IMPOSTOS
Sob os termos do pacote de resgate de 78 bilhões de euros (US$ 104 bilhões), Portugal precisa aumentar os impostos, cortar os gastos, aplicar reformas estruturais, principalmente no mercado de trabalho, e privatizar propriedades estatais para reduzir o déficit orçamentário.
Estima-se que as medidas provocarão uma recessão profunda neste e no próximo ano, e um aumento no desemprego do atual nível de mais de 12%, que já é o maior em três décadas.
"Quando analisamos os primeiros 100 dias do novo governo, é uma desgraça. A direita e a extrema direita não têm solução para os problemas do país, nenhum desenvolvimento econômico", disse Carvalho da Silva aos manifestantes.
"Quando eles atacam nossos direitos, quando a pobreza e a injustiça estão crescendo, então nossa luta tem que ser generalizada, tem que ser a luta de todos".
A coalizão do governo de centro-direita assumiu em junho, apoiada por uma sólida maioria parlamentar depois do colapso da administração socialista. O novo governo prometeu atender a qualquer custo as metas impostas para o déficit de orçamento do pacote.
Os sindicatos reagiram à tentativa inicial de austeridade no ano passado com uma greve geral, mas desde então recorreram a greves setoriais menores.
Analistas dizem que os conflitos sociais podem se intensificar a medida em que os impostos mais altos surgirem e conforme avançam as privatizações em empresas como a operadora de energia REN e a companhia aérea TAP.
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DA REUTERS, EM LISBOA
Dezenas de milhares de pessoas marcharam em Lisboa e no Porto neste sábado para protestar contra medidas de austeridade impostas sob os termos de um pacote de resgate do FMI (Fundo Monetário Internacional) e da União Europeia. São os primeiros protestos de peso desde que um governo de centro-direita assumiu o poder em Portugal, em junho.
O maior sindicato, o CGTP, que organizou as manifestações, pediu por mais protestos e uma ação trabalhista na semana de 20 a 27 de outubro "contra a pobreza e a injustiça e contra a agressão do Fundo Monetário Internacional".
O líder do CGTP, Manuel Carvalho da Silva, disse que 130 mil pessoas participaram da marcha em Lisboa, onde os manifestantes lotaram a Avenida Liberdade. A polícia não quis dar uma estimativa do tamanho da multidão.
O imposto sobre as contas de energia e gás aumentou para 23% no sábado, ante 6%, para ajudar a conter o déficit orçamentário.
Portugal tenta evitar o destino da Grécia, onde uma crise da dívida deixou o país à beira da bancarrota.
Ao contrário da Grécia e de outros países europeus que vêm sendo cenários de protestos violentos contra medidas de austeridade, as manifestações em Portugal costumam ser pacíficas, e a de hoje não foi exceção.
Da Silva não chegou a pedir uma greve geral como a que o país testemunhou em novembro passado.
Tiago Petinga/Efe | ||
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Manifestantes durante protesto contra medidas de austeridade em Portugal |
Sob os termos do pacote de resgate de 78 bilhões de euros (US$ 104 bilhões), Portugal precisa aumentar os impostos, cortar os gastos, aplicar reformas estruturais, principalmente no mercado de trabalho, e privatizar propriedades estatais para reduzir o déficit orçamentário.
Estima-se que as medidas provocarão uma recessão profunda neste e no próximo ano, e um aumento no desemprego do atual nível de mais de 12%, que já é o maior em três décadas.
"Quando analisamos os primeiros 100 dias do novo governo, é uma desgraça. A direita e a extrema direita não têm solução para os problemas do país, nenhum desenvolvimento econômico", disse Carvalho da Silva aos manifestantes.
"Quando eles atacam nossos direitos, quando a pobreza e a injustiça estão crescendo, então nossa luta tem que ser generalizada, tem que ser a luta de todos".
A coalizão do governo de centro-direita assumiu em junho, apoiada por uma sólida maioria parlamentar depois do colapso da administração socialista. O novo governo prometeu atender a qualquer custo as metas impostas para o déficit de orçamento do pacote.
Os sindicatos reagiram à tentativa inicial de austeridade no ano passado com uma greve geral, mas desde então recorreram a greves setoriais menores.
Analistas dizem que os conflitos sociais podem se intensificar a medida em que os impostos mais altos surgirem e conforme avançam as privatizações em empresas como a operadora de energia REN e a companhia aérea TAP.
Polícia prende mais de 700 em protesto contra Wall Street em NY 01/10/2011
Mais de 700 manifestantes foram presos na tarde deste sábado durante protesto contra Wall Street.
As prisões ocorreram após os manifestantes bloquearem pistas da ponte do Brooklyn em uma marcha que, de acordo com a polícia, não tinha autorização para ocorrer.
Um policial afirmou que as prisões ocorreram após as pessoas desobedecerem ordens para manterem-se na calçada para pedestres, sem invadir a pista para automóveis.
Testemunhas descreveram a cena na ponte como caótica, com um "mar de policiais" cercando os manifestantes usando uma tela laranja.
Alguns tentaram fugir assim que a polícia começou a algemar os participantes do protesto. Ao todo, foram necessários três ônibus para retirar os detidos da ponte, disseram os organizadores da marcha.
O protesto partiu do Zucotti Park, no centro de Manhattan, onde membros do grupo se comprometeram a passar o inverno.
CRISE
Os manifestantes protestavam contra execuções hipotecárias e desemprego --reflexos da crise de 2008--, além do que classificaram como tratamento injusto das minorias, incluindo os muçulmanos.
O documentarista Michael Moore e a atriz Susan Sarandon visitaram o acampamento para apoiar o movimento.
O grupo também ganhou apoio de uma federação de professores e do sindicato dos trabalhadores de transporte, que tem 38.000 membros.
Protestos semelhantes estão surgindo em outras cidades, incluindo Boston, Chicago e São Francisco.
WASHINGTON
Um grupo de ativistas se reuniu neste sábado em Washington para levar à capital americana os protestos contra Wall Street.
"Pedimos a detenção do presidente do Federal Reserve [Banco Central dos EUA], Ben Bernanke, por todo dinheiro que ele usou dos cidadãos para salvar os bancos", disse à Efe um veterano ativista que usou um codinome para se identificar.
As manifestações demonstram a insatisfação de grupos importantes para a reeleição de Barack Obama: jovens, minorias, sindicatos e mulheres.
Em São Francisco, centenas de pessoas também se uniram ao movimento, chamado de Occupy Wall Street, e protestaram em frente aos escritórios de uma filial do Chase Bank. Seis pessoas foram detidas.
As prisões ocorreram após os manifestantes bloquearem pistas da ponte do Brooklyn em uma marcha que, de acordo com a polícia, não tinha autorização para ocorrer.
Um policial afirmou que as prisões ocorreram após as pessoas desobedecerem ordens para manterem-se na calçada para pedestres, sem invadir a pista para automóveis.
Testemunhas descreveram a cena na ponte como caótica, com um "mar de policiais" cercando os manifestantes usando uma tela laranja.
Alguns tentaram fugir assim que a polícia começou a algemar os participantes do protesto. Ao todo, foram necessários três ônibus para retirar os detidos da ponte, disseram os organizadores da marcha.
O protesto partiu do Zucotti Park, no centro de Manhattan, onde membros do grupo se comprometeram a passar o inverno.
Mario Tama/Getty Images/France Presse | ||
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Polícia prende manifestantes que invadiram pista de automóveis durante protesto contra Wall Street em Nova York |
Os manifestantes protestavam contra execuções hipotecárias e desemprego --reflexos da crise de 2008--, além do que classificaram como tratamento injusto das minorias, incluindo os muçulmanos.
O documentarista Michael Moore e a atriz Susan Sarandon visitaram o acampamento para apoiar o movimento.
O grupo também ganhou apoio de uma federação de professores e do sindicato dos trabalhadores de transporte, que tem 38.000 membros.
Protestos semelhantes estão surgindo em outras cidades, incluindo Boston, Chicago e São Francisco.
WASHINGTON
Um grupo de ativistas se reuniu neste sábado em Washington para levar à capital americana os protestos contra Wall Street.
"Pedimos a detenção do presidente do Federal Reserve [Banco Central dos EUA], Ben Bernanke, por todo dinheiro que ele usou dos cidadãos para salvar os bancos", disse à Efe um veterano ativista que usou um codinome para se identificar.
As manifestações demonstram a insatisfação de grupos importantes para a reeleição de Barack Obama: jovens, minorias, sindicatos e mulheres.
Em São Francisco, centenas de pessoas também se uniram ao movimento, chamado de Occupy Wall Street, e protestaram em frente aos escritórios de uma filial do Chase Bank. Seis pessoas foram detidas.
sábado, 1 de outubro de 2011
Governo não vai combater crise arrochando salários, afirma Dilma 30/09/2011
A presidente da República, Dilma Roussef, afirmou nesta sexta-feira, 30, que o governo brasileiro não planeja descarregar sobre as costas da classe trabalhadora o ônus da crise, numa alusão ao que vem acontecendo em países europeus como Grécia, Portugal e Espanha.
"Nós não vamos nem achatar salário, nem precarizar mercado de trabalho ou manipular a taxa de juros" para enfrentar a crise internacional proveniente dos países desenvolvidos, prometeu a presidente.
Vergados sob a crise da dívida e submetidos à ditadura do FMI, Grécia, Irlanda e Portugal estão adotando receitas de ajuste fiscal que impõem sacrifícios inéditos à classe trabalhadora, com cortes de emprego, salários e benefícios. Em vez de animar a economia, os pacotes aprofundaram a crise e geraram revoltas entre os trabalhadores e trabalhadoras.
“Com coragem e com ousadia nós vamos atuar de forma defensiva (…). Nós queremos competir e nós queremos garantir que a nossa competitividade real não seja manchada por mecanismos informais de redução da nossa competitividade, sejam cambiais, financeiras e de qualquer tipo”, afirmou a presidente.
Segundo Dilma, o Brasil está em melhores condições para enfrentar a crise do que em 2008, pois tem reservas superiores a US$ 350 bilhões e, ainda, "US$ 420 bilhões em depósitos compulsórios”, enquanto governos de outros países já gastaram praticamente toda a munição e continuam no pântano, com elevado nível de desemprego e baixo crescimento. “Mas não achamos que somos uma ilha isolada, sabemos que a instabilidade financeira tem grande potencial de contágio", ressalvou Dilma.
Protecionismo
Para Dilma, a piora no cenário da economia em países desenvolvidos é normalmente acompanhada por aumento no protecionismo dos mercados - fato que está no radar do governo brasileiro. "Estamos alertas, porque sabemos que a diminuição do ritmo nas economias é acompanhada por um acirramento do protecionismo", disse a presidente durante evento em São Paulo.
Ela defendeu as parcerias público-privadas como forma de modernizar a infraestrutura do Brasil sem fazer com que outros setores paguem o preço, ponderando que não se deve esperar que o problema seja resolvido em 10 anos. "Acreditamos que esta forma é a mais correta, a mais produtiva e a mais barata”.
Papel do Estado
A presidente assegurou que o Estado nacional tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico, especialmente quando se trata de investimentos em infra-estrutura. Numa referência às duas “décadas perdidas” (1980 e 1990), lembrou que o país ficou “20 anos sem investir [no setor]. Ou melhor, investimos um pouco, mas muito menos do que era preciso investir", salientou.
Dilma afirmou que o Brasil precisa construir aeroportos não apenas para eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas para criar uma capacidade sistemática de produção. "Vamos fazer concessões de aeroportos tendo no horizonte o ano de 2041. É para este ano que vamos orientar as concessões de aeroportos. Em outros, 2031", disse a presidente.
Serviços de qualidade
Ela também se referiu à necessidade do setor público prestar serviços de qualidade, uma demanda que cresce na medida em que o país consegue ume melhor distribuição da renda, já que a baixa qualidade dos serviços públicos é incompatível com a melhoria da renda dos cidadãos.
Enfatizou o programa de construção de milhares de creches e pré-escolas, bem como o esforço para formação profissional dos jovens e dos trabalhadores. O Brasil deve, em sua opinião, continuar com o crescimento sustentável da economia e a garantia mobilidade social e intensificar de forma mais sistemática “o debate sobre o nosso projeto de nação”.
Industrialização
Numa crítica velada à política neoliberal de desindustrialização adotada pelos tucanos, a presidente lembrou no governo Lula “puxamos a indústria naval pelo cabelo, ela tinha desaparecido em 2003”, embora seja uma indústria fundamental. “Este país não pode ser um produtor só de matéria-prima, tem de ser um país industrial”, proclamou.
Dilma não se furtou a falar dos juros. “Graças ao nosso compromisso de robustez fiscal, estamos dando espaço para que o Banco Central, diante da crise, possa realizar uma cautelosa e responsável redução da taxa básica de juros”, disse a uma plateia de empresários e executivos que participam de um fórum promovido pela revista Exame nesta sexta, 30, em São Paulo.
Da Redação, com agências
Amy Goodman: Os 99% que ocuparam Wall Street 30/09/2011
Se dois mil ativistas do movimento conservador Tea party se manifestassem em Wall Street, provavelmente haveria a mesma quantidade de jornalistas cobrindo o acontecimento. Duas mil pessoas ocuparam de fato Wall Street no sábado.
Por Amy Goodman, no Democracy Now!
Não levavam cartazes do Tea party, nem a bandeira de Gadsden com a serpente em espiral junto à ameaça “Não te metas comigo”. Mas sua mensagem era clara: “Somos os 99% da população que não toleram mais a cobiça e a corrupção do 1% restante”, diziam.
Ali estava uma maioria de jovens protestando contra a especulação praticamente incontrolável de Wall Street, que provocou a crise financeira mundial.
Um dos multimilionários mais conhecidos de Nova York, o prefeito Michael Bloomberg, comentou sobre o momento que vivemos: “Muitos jovens saem da universidade e não encontram trabalho. Foi isso que aconteceu no Cairo e em Madrid. Não queremos este tipo de distúrbio aqui”. Distúrbio? A Primavera Árabe e os protestos na Europa se trataram disso?
É provável que, para desilusão do prefeito Bloomberg, o que aconteceu no Egito e na Europa seja justamente o que inspirou muitas pessoas a ocupar Wall Street. Em comunicado recente, a coalizão de organizações que protestam em Nova York informou: “No sábado, realizamos uma assembléia geral com duas mil pessoas. Na segunda-feira, às 20h, ainda estávamos ocupando a praça, apesar da presença policial constante. Estamos construindo o mundo que queremos, tomando por base a necessidade humana e a sustentabilidade, no lugar da cobiça das empresas”.
Falando de Tea Party, o governador do Texas, Rick Perry, tem provocado polêmica durante os debates presidenciais republicanos com sua declaração de que o elogiado sistema de previdência social dos Estados Unidos é “uma estafa do tipo Ponzi”. Charles Ponzi se dedicou a fraudar milhares de pessoas em 1920 com a promessa enganosa de que receberiam enormes ganhos a partir de investimentos. Uma típica estafa Ponzi consiste em tomar o dinheiro de vário investidores e os pagar com o dinheiro de novos investidores, em vez de pagar a partir de ganhos reais. O sistema de previdência social dos Estados Unidos é de fato sério: tem um fundo confiável de mais de 2,6 bilhões de dólares. A verdadeira estafa que ameaça o povo estadunidense é a insaciável ganância dos bancos de Wall Street.
Entrevistei um dos organizadores do protesto Ocupemos Wall Street. David Graeber é professor em Goldsmiths, Universidade de Londres, e é autor de vários livros. Sua obra mais recente é Dívida: os primeiros 5.000 anos. Graeber assinala que, em meio à crise financeira de 2008, renegociaram-se dívidas enormes de bancos. No entanto, pouquíssimas hipotecas receberam o mesmo tratamento. Graeber disse: “As dívidas entre os mais ricos ou entre governos sempre podem ser renegociadas e, de fato, sempre foi assim na história mundial. Não estão gravadas em pedras. Em termos gerais, quando os pobres têm dívidas com os ricos, automaticamente as dívidas se convertem em uma obrigação sagrada, mais importante do que qualquer outra coisa. A idéia de renegociá-las é impensável”.
O presidente Barack Obama recentemente propôs um plano de criação de emprego e maiores esforços para reduzir o déficit público. Uma das propostas é o chamado “imposto aos milionários”, que conta com o apoio do multimilionário e partidário de Obama Warren Buffet. Os republicanos denominaram o imposto de “guerra de classes”.
Graeber explica: “Durante os últimos 30 anos vimos os mais ricos de nossa sociedade liderarem uma guerra política contra todos os demais, e esta é considerada a mais recente disputa, uma medida totalmente disfuncional do ponto de vista político e econômico. Esse é o motivo pelo qual os jovens simplesmente abandonaram qualquer idéia de recorrer aos políticos. Todos sabemos o que acontecerá. Os impostos de Obama são uma espécie de simulação com caráter populista, que todos sabem que será rechaçado. Na realidade, o que provavelmente vai acontecer é que haverá mais cortes nos serviços sociais”.
Lá fora, na manhã fria de quarta-feira, os manifestantes iniciaram o quarto dia de protestos com uma marcha em meio à forte presença policial. Fizeram soar a campanhia de abertura da “bolsa do povo” às 9h30, exatamente na mesma hora que soa a campanhia da Bolsa de Nova York. Enquanto os banqueiros continuam seguros dentro de seus bancos resgatados, lá fora, a polícia prende manifestantes. Em um mundo justo, com uma economia justa, caberia perguntar: quem deveria estar passando frio lá fora? Quem deveria ser preso?
Fonte: Estratégia & Análise. Traduzido a partir do espanhol traduzido para o português por Rafael Cavalcanti Barreto
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