terça-feira, 1 de novembro de 2011

Imigração cresce 50% em 6 meses 01/11/2011



Do G1

Total de estrangeiros regulares no Brasil aumenta em 50%, diz governo

Ministério da Justiça somou 1,466 milhão de estrangeiros no país em junho.
Governo atribui alta ao bom momento econômico do Brasil.

O número de estrangeiros regularizados que vivem no Brasil registrou alta de 50% em junho deste ano na comparação com o total verificado no fim do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Justiça.
Em junho deste ano, o Departamento de Polícia Federal contabilizou o total de 1,466 milhão de estrangeiros regulares. No fim de 2010, o número era de 961 mil, segundo o governo.
Em nota, o Ministério do Justiça atribui a alta em razão do crescimento econômico do Brasil.
"Mais pessoas buscam aqui seu novo lar e a esperança. Devemos lembrar também que temos tradição e vocação em receber bem, sem xenofobia, e os migrantes sempre foram muito importantes em nossa história e para a construção do Brasil", diz o secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, conforme o governo.
O Ministério da Justiça informa ainda que a maioria dos que vivem no Brasil hoje são de origem "portuguesa, boliviana, chinesa e paraguaia". Atualmente, há 328.856 portugueses, 50.640 bolivianos, 35.265 chineses e 17.604 paraguaios.
Na avaliação da diretora do Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, Izaura Miranda, a lei da anistia migratória, de 2009, beneficiou para o aumento da regularização de estragneiros no Brasil.
"O objetivo da regularização dos estrangeiros foi proporcionar uma vida mais digna àqueles que aqui se encontravam de forma irregular, à margem de seus direitos fundamentais", afirmou Izaura Miranda, conforme nota do ministério.
Ainda de acordo com o Ministério da Justiça, estima-se que 2 milhões de brasileiros vivam no exterior. Em 2005, o número era de 4 milhões.

Brasil tem melhor qualidade do desenvolvimento 01/10/2011

Da Agência Brasil

Índice do Ipea que mede distribuição dos frutos do progresso cresce em agosto, mas continua na faixa de instabilidade

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O resultado do Índice de Qualidade do Desenvolvimento brasileiro (IQD) apresentou aumento em agosto pelo quarto mês consecutivo, tendo alcançado 282,94 pontos. O estudo foi divulgado hoje (1º) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e revela que dois dos índices que o formam cresceram no mês analisado, com exceção do índice qualidade do bem-estar, que, apesar de estável, está na faixa de pontos considerada boa.
do IQD registrados em agosto continuam distantes da área classificada como ótima, permanecendo na área de instabilidade do desenvolvimento, apesar de maiores do que o índice apresentado entre março de 2007 e abril de 2008. Nesse período, os países emergentes, como o Brasil, ainda não sofriam os efeitos da crise financeira internacional, que, na época, já começava a atingir os países ricos. Formam o IQD três componentes: o índice de qualidade do crescimento, o índice de qualidade da inserção externa e o índice de qualidade do bem-estar. Entre os dados analisados para a composição dos índices, estão, por exemplo, se a produção de bens de consumo duráveis cresce mais do que a de bens de consumo não duráveis; se há redução de focos de queimadas; se a exportação de bens manufaturados cresce em relação ao total vendido no exterior; se há elevação dos termos de troca; se há queda da taxa de desemprego e da desigualdade de renda, dentre outros.
O subíndice qualidade do crescimento voltou a subir em agosto, após uma pequena queda no mês anterior. O resultado deve-se principalmente ao desempenho superior da produção, tanto de bens de capital em relação aos bens de consumo, como de bens de consumo duráveis em relação aos bens de consumo não duráveis. O índice ainda permanece na área classificada como instável, com 277,91 pontos.
Após uma estagnação em julho, o índice de qualidade da inserção externa também voltou a subir, retomando a trajetória de recuperação e atingindo os mesmos 243,24 pontos apresentados no início de 2010. Apesar disso, o subíndice ainda permanece na área classificada como instável. O aumento do mês de agosto, além das contribuições dos termos de troca e das reservas internacionais, contou com o desempenho do investimento direto estrangeiro, que representou quase a totalidade do investimento estrangeiro total no país em agosto.
Já o índice de qualidade do bem-estar manteve-se estável em agosto, registrando 342,59 pontos, e, portanto, permanece na área classificada como boa. Essa estabilidade deve-se, em parte, à manutenção da taxa de desemprego e da proporção de trabalhadores formalizados no mercado de trabalho, de acordo com o Ipea.
O IQD é uma pesquisa mensal realizada pelo Ipea que analisa se o desenvolvimento vivido pelo país contempla os requisitos de crescimento econômico com a distribuição dos frutos do progresso. Também aponta se esse movimento tende a se sustentar no tempo. As fontes utilizadas são a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o balanço de pagamentos feito pelo Banco Central; os dados sobre queimadas e emissão de carbono do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); e estudos do próprio Ipea e da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Itaú Unibanco lucra R$ 10,9 bi no ano, alta de 15,9% 01/11/2011

A carteira de empréstimo terminou setembro em R$ 382 bilhões


SÃO PAULO - O Itaú Unibanco registrou lucro líquido R$ 10,9 bilhões nos primeiros nove meses do ano, alta de 15,9% ante igual período do ano passado. Os ganhos foram puxados pela operações de crédito, que cresceram 22,7% em 12 meses. A carteira de empréstimo terminou setembro em R$ 382 bilhões, de acordo com balanço divulgado na manhã de hoje.
O banco encerrou setembro com ativos totais de R$ 836,9 bilhões, crescimento de 22,5% em 12 meses. O patrimônio líquido ficou em R$ 68,2 bilhões, alta de 19,1%.
No terceiro trimestre deste ano, o Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 3,807 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre, houve alta de 5,6%. Em 12 meses, o resultado cresceu 25%. A carteira de crédito, que cresceu 22,7% em 12 meses, teve expansão de 6,1% na comparação com o segundo trimestre deste ano.
A alta do dólar no terceiro trimestre acabou puxando o crescimento da carteira de crédito do Itaú Unibanco. A razão é que o banco tinha, no final de setembro, uma parcela de R$ 61,4 bilhões do total dos seus ativos de crédito denominados ou indexados a moedas estrangeiras. Assim, a desvalorização do real em relação a essas moedas contribuiu para o crescimento do saldo total das operações ao final do terceiro trimestre, informa o banco em sua demonstração financeira.
O impacto da alta do dólar está refletido, segundo o Itaú, principalmente no aumento de 23,3% na carteira de crédito das operações no Chile, Uruguai, Paraguai e Argentina, bem como no acréscimo de 9% da carteira de grandes empresas.
Desconsiderando a variação cambial ocorrida entre o terceiro e o segundo trimestres, o crescimento do saldo total da carteira de crédito teria sido de 3,5% nos meses de julho a setembro. Com o dólar, o aumento foi de 6,1%. O crescimento anual da carteira, que ficou em 22,8%, teria sido de 21,3% sem o efeito do dólar, explica o banco.
O crédito imobiliário manteve o posto de segmento que mais cresce entre as diversas linhas de crédito do Itaú Unibanco. Em 12 meses, a expansão foi de 80% na carteira, que fechou setembro em R$ 12,6 bilhões.
A carteira de pessoa física cresceu 21% no terceiro trimestre em relação a igual período de 2010 e 4% ante o segundo trimestre. Além do financiamento imobiliário, outro destaque foi o crédito pessoal, com expansão de 43% na comparação anual.
No segmento de pessoa jurídica, a expansão anual foi de 22% e sobre o segundo trimestre, de 6,2%. O destaque ficou com os empréstimos para grandes empresas, com expansão de 9% no trimestre e 24% no ano.
Resultado recorrente
O banco também divulgou lucro recorrente de R$ 3,940 bilhões no terceiro trimestre. A diferença entre este ganho e o resultado contábil se deve a provisões para causas na Justiça questionando reajustes de planos econômicos do passado e avaliação do investimento mantido pelo Itaú no Banco Português de Investimento pelo valor de mercado de suas ações em 30 de setembro de 2011.

13º salário injetará R$ 118 bi na economia até dezembro, diz Dieese 01/11/2011

O pagamento do 13º terceiro salário aos trabalhadores brasileiros deve injetar até dezembro cerca de R$ 118 bilhões na economia, valor 15,6% maior do que o estimado para o ano passado (R$ 102 bilhões), segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A quantia representa 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) e será paga a cerca de 78 milhões de brasileiros. A conta considera os trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados.
O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2011 é cerca de 5,4% superior ao observado em 2010. Desse total, 29,7 milhões são aposentados ou pensionistas (38,1% do total).
Os trabalhadores com carteira assinada, 48,3 milhões de pessoas, correspondem a 61,9% do total. E os empregados domésticos (formais com carteira de trabalho) somam 2,4 milhões, ou 3,1% do total. Cerca de outras 1 milhão de pessoas (1,2% do total) são aposentados e beneficiários de pensão da União.
Do montante a ser pago a título de 13º, cerca de 20% dos R$ 118 bilhões, pouco mais de R$ 34 bilhões serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$ 84 bilhões, ou 71% do total, irão para os empregados formalizados, incluindo os domésticos.
Não são levados em consideração dos ganhos dos autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho. Também não é considerado, pelo levantamento, o adiantamento da primeira parcela do 13º salário ao longo do ano.
POR REGIÃO
A região Sudeste é a que deve concentrar a maior parte da quantia que será injetada na economia (51,3%) porque possui a maior parte de trabalhadores, aposentados e pensionistas do país. Outros 15,4% devem ficar na região Sul e 15,19% na região nordeste. As regiões centro-oeste e norte devem ficar com 8,6% e 4,6% do valor, respectivamente.
Segundo o estudo do Dieese, a média recebida no país é de R$ 1.445. Já o maior valor médio para o 13º salário, levando-se em conta todos os beneficiados (trabalhadores, aposentados e pensionistas), deve ser pago em Brasília, e chegar ao ao valor de R$ 3.193 (ante R$ 2.850, em 2010). O menor, de R$ 974 (ante R$ 830, em 2010), deve ser pago no Maranhão.
A economia paulista deverá receber, até o final de 2011, a título de 13° salário, cerca de R$ 35,9 bilhões, aproximadamente 30,4% do total do Brasil e 59,3% da região Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,7% do PIB estadual.
POR SETOR
Os dados mostram que cerca de R$ 82 bilhões que serão pagos, até o final do ano, destinam-se a 45,9 milhões de trabalhadores formais. Desse total, 60% ficarão com empregados do setor de serviços (incluindo administração pública). Aos empregados da indústria serão destinados 21%. Os comerciários receberão 12,5% e os trabalhadores da construção civil, 4,8%. Outros 2% serão pagos aos trabalhadores da agropecuária.

Balança comercial tem superavit de US$ 2,3 bilhões em outubro 01/11/2011

Em outubro, as importações registraram média diária de US$ 989,3 milhões, recorde para qualquer mês pelos dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria. Mesmo com o recorde, o superavit total do mês passado (a diferença entre exportações e importações) foi de US$ 2,3 bilhões, melhor resultado para um mês de outubro desde 2007.
As compras de outros países totalizaram US$ 19,7 bilhões ao longo do mês, e as exportações US$ 22,1 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo governo.
Na média diária, as exportações foram de US$ 1,1 bilhão, o que determinou um saldo diário positivo em US$ 117,8 milhões.
No acumulado do ano, as vendas para outros países já totalizam US$ 212,1 bilhões, e as importações US$ 186,7 bilhões, saldo positivo em US$ 25,3 bilhões.
A corrente de comércio nos primeiros 10 meses do ano já chega a US$ 398,8 bilhões.

Internet no Brasil cresce 14% 01/11/2011

 
Por Nilva de Souza


Do UOL Tecnologia

Internet no Brasil cresce 14% em um ano e supera nº de usuários da Alemanha
Getty Images

No mês de setembro, o Brasil ultrapassou a Alemanha em número de internautas ativos
Da Redação
A internet no Brasil teve um crescimento de 14% entre setembro de 2010 e setembro de 2011, informou a pesquisa Ibope Nielsen Online nesta segunda-feira (31). Segundo o levantamento, o Brasil passou de 40,6 milhões de usuários ativos para 46,3 milhões.

De acordo com o levantamento, com o crescimento, o Brasil conseguiu superar a Alemanha em número de usuários ativos da rede, que acessam a internet ou de casa ou do trabalho. Enquanto o Brasil tem 46,3 milhões de internautas, o país europeu, em setembro de 2011, somou 46,2 milhões de usuários ativos da rede.
O Brasil também tem mais internautas que outros países desenvolvidos como França (41,2 milhões), Reino Unido (39,8 milhões), Itália (29,6 milhões) e Espanha (22,6 milhões). Em comparação, o Japão, um país bem menor geograficamente que o Brasil, soma 62,3 milhões de internautas – quase 20 milhões de usuários ativos a mais. É importante ressaltar que o estudo não considera países como China, Índia ou Coreia do Sul.
Evolução do número de usuários ativos (casa e domicílio) Países Janeiro/11 Setembro/11 Variação Estados Unidos 197.842 203.437 2,8% Japão 62.176 62.362 0,3% Brasil 42.757 46.307 8,3% Alemanha 47.025 46.256 -1,6% França 39.991 41.226 3,1% Reino Unido 40.117 39.874 -0,6% Itália 28.214 29.619 5,0% Espanha 22.573 22.671 0,4%
Segundo o Ibope Nielsen Online, as residências concentram o maior crescimento no número de usuários ativos da internet. O país passou de 31,8 milhões de casas com acesso à rede em setembro de 2010 para 37,9 milhões em setembro de 2011.
A pesquisa ainda informou que o crescimento deste ano é o maior de todos os últimos dez anos, pois o número de brasileiros que vive em um lar com computador e internet chegou a marca de 58 milhões.
Velocidade da internet
A velocidade de conexão predominante pelos usuários de residência é a que varia entre 512 Kbps a 2 Mbps. Essa faixa de usuários representa 47,8% dos acessos. Na sequência, vem o grupo de usuários que tem velocidade entre 2 Mbps e 8 Mbps e a faixa de internautas que tem conexão de 128 kbps a 512 kbps.

Programa Brasil sem Miséria desafia articulações 01/11/2011


Por Lilian Milena
 

Da Agência Dinheiro Vivo

No Brasil, cerca de 28 milhões de pessoas saíram da situação de extrema miséria na última década, e 40 milhões ingressaram na classe média. Mas ainda restam 16 milhões sobrevivendo com uma renda familiar per capita inferior a 70 reais por mês.
Segundo a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, alcançar o “núcleo duro” da pobreza tem requerido uma série de medidas complexas, muitas ainda em fase de desenvolvimento.
Convidada para abrir o 16º Fórum de Debates Brasilianas.org - O Consumidor Invisível -, realizado hoje (01), em São Paulo, Campello revelou que 60% da população de extrema pobreza se concentra no Nordeste, 85% estão nas regiões urbanizadas, 40% têm menos de 14 anos de idade e 70% são analfabetos ou possuem ensino fundamental incompleto.
A ministra destacou três mecanismos “estratégicos” que viabilizaram a saída de milhões de brasileiros da faixa da extrema pobreza, entre 2003 e 2010: a valorização real e permanente do salário mínimo; o conjunto de políticas de transferência de renda, dentre elas o Bolsa Família; e a terceira foi o aumento do crédito ao agricultor familiar, “que deu sustentação para o fortalecimento de renda”. Neste ano, o valor do crédito saltou para R$ 16 bilhões, em vista dos R$ 2,6 bilhões quando o mecanismos foi criado.
Além do crédito agrícola, que impediu maior concentração de renda no meio rural, outra contribuição foi a compra pública sistemática das produções da agricultura familiar, em especial para alimentação escolar. “Nossa meta é aumentar essa compra em até quatro vezes até o final do mandato Dilma”, completou Campello.
A ministra, que coordena o programa Brasil sem Miséria, disse que o governo percebeu que para tirar os 16 milhões de brasileiros que ainda estão em situação de miséria não adianta apenas disponibilizar renda ou serviços públicos, pois a situação dessas pessoas é de tanta fragilidáde que dificilmente reconhecem seus direitos.
Nesse sentido o Estado tem obrigação de ir até elas através de multirões, como os já realizados nos municípios da região Nordeste que faziam parte do chamado Arco do Desmatamento e, mais recentemente, nos 11 municípios que ficam em torno da construção da usina de Belo Monte. “Vi gente que, no mesmo dia, tirou certidão de nascimento, RG e se casou”, lembrou a ministra.
A ministra destacou que, no meio rural, o governo tem disponibilizado cursos de aperfeiçoamento da mão de obra. Nesse caso, o desafio tem sido encontrar pessoas locais para serem treinadas e repassar conhecimentos.
“No novo passo, temos que olhar para as regionalidades. Então, o Brasil sem Miséria está tratando de forma diferente macrorregiões, estados e municípios, por exemplo, se são mais especialistas em feijão, na caprinocultura, etc”.
Outra estratégia da ministério é a ampliação do Cadastro Único das famílias de baixa renda, para contribuir com políticas direcionadas conforme o perfil de cada grupo