terça-feira, 25 de outubro de 2011

O perfil dos escravistas 25/10/2011


Do Globo.com

Fazendeiros acusados de trabalho escravo são do Sudeste, com boa formação e ligados a partidos políticos

BRASÍLIA -A pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que pela primeira vez traçou o perfil das vítimas de trabalho escravo no Brasil, mostra quem são os fazendeiros acusados de explorar os trabalhadores nessas condições. Com base na Lista Suja do Ministério do Trabalho, entrevistas com 12 dos 66 contactados pelo organismo permitiram concluir que a maioria deles nasceu no Sudeste, mas mora nas regiões próximas às lavouras (Norte, Nordeste e Centro-Oeste). Eles têm curso superior e declararam como profissões pecuarista, agricultor, veterinário, comerciante, gerente, consultor e parlamentar. São filiados ao PMDB, PSDB e PR.
Os aliciadores (gatos) têm baixa escolaridade, idade média de 45,8 anos, são na maior parte nordestinos e vivem nas regiões Norte e Centro-Oeste.
A pesquisa, chamada "Perfil dos principais atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil", mostra ainda que Maranhão, Paraíba e Piauí são exportadores desse tipo de mão-de-obra. Segundo o levantamento, realizado a partir de depoimentos de 121 pessoas libertadas pela fiscalização do governo, entre 2006 e 2007, esses três estados foram as principais origens dos trabalhadores resgatados em Goiás (88%) e Pará (47%). No Mato Grosso e na Bahia, 95% deles eram procedentes da região.
Segundo a OIT, a agropecuária continua sendo o setor de maior concentração de trabalho escravo, sobretudo nas fazendas de cana-de-açúcar e produção de álcool, como é o caso do Pará; plantações de arroz (Mato Grosso); culturas de café, algodão e soja (Bahia); lavoura de tomate e cana (Tocantins e Maranhão).


O coordenador do projeto de combate ao trabalho escravo da OIT no Brasil, Luiz Antonio Machado, disse que a pesquisa mostrou que a dinâmica do trabalho escravo no país tem se mantido, tanto nos estados com maior ocorrência, quanto nas atividades econômicas. Ele destacou, porém, que o governo aumentou também a fiscalização nas regiões Sul e Sudeste.
O levantamento também mostrou que as desigualdades de renda e raça se reproduzem entre as vítimas do trabalho escravo: 81% são negros, oriundos das regiões Norte e Nordeste, com renda média de 1,3 salário mínimo. Do universo entrevistado, 18,3% são analfabetos e 45% têm menos de cinco anos de estudo, sendo considerados analfabetos funcionais.
Entre as recomendações para tornar as políticas de combate ao trabalho escravo mais efetivas, a OIT sugere programas de qualificação profissional e elevação da escolaridade dos trabalhadores nas áreas de maior concentração, associados ao benefício do Bolsa Família; criação de empregos nos municípios de origem e residência dos trabalhadores; e realização de programas de reforma agrária, com apoio à agricultura familiar.
Bolsa família não barra trabalho escravo
O estudo da OIT revela ainda que o benefício do Bolsa Família não tem sido suficiente evitar a ocorrência do problema. O levantamento, realizado a partir de depoimento de 121 pessoas, revela que em 67% das famílias de trabalhadores libertados, existem crianças e adolescentes, sendo que 28% delas são beneficiárias do programa.
O levantamento concluiu também que quase 60% dos trabalhadores resgatados são reincidentes e que a fiscalização do governo conseguiu libertar apenas 12,6% deles - o que revela a pouca efetividade das políticas de combate ao trabalho escravo no Brasil.
Segundo Luiz Antonio Machado, coordenador do projeto da OIT de combate ao trabalho escravo no país, o Bolsa Família ajuda a reduzir a vulnerabilidade dos trabalhadores porque melhora a alimentação das famílias, mas por si só, não evita que os chefes dessas famílias se submetam a condições degradantes de trabalho, com cerceamento de liberdade.
- O Bolsa Família é insuficiente para impedir que os trabalhadores sejam vítimas de trabalho escravo - disse Machado, defendendo que o governo desenvolva outros programas associados, como criar empregos nas localidades onde residem esses trabalhadores, ofertando cursos de qualificação.
Entre trabalhadores libertos, 85% têm baixa escolaridade
A pesquisa revelou que 85% dos trabalhadores libertados, além de baixíssima escolaridade (analfabetos e com menos de quatro anos de estudo), nunca fizeram um curso de qualificação. No entanto, 81,2% deles declararam que gostariam de fazer algum curso, principalmente os mais jovens: 95,2% dos que têm menos de 30 anos disseram ter preferência nas áreas de mecânica de automóveis, operação de máquinas, construção civil (pedreiro, encanador, pintor) e computação.
Segundo Machado, o alto índice de recorrência se deve à falta de alternativas, sobrando nas áreas rurais apenas a "empreitada". Ele disse que além da equipe de fiscalização não conseguir cobrir todo o país, é preciso que haja maior conscientização. Na maioria das vezes, o trabalhador não denuncia. Em alguns casos, eles conseguem fugir ou, depois que a empreitada acaba, são liberados sem receber pelo serviço.
A pesquisa revelou também problemas no combate ao trabalho infantil: 92,6% dos entrevistados começaram a trabalhar antes dos 16 anos de idade, em média aos 11,4 anos. Os trabalhadores foram ouvidos entre outubro de 2006 e julho de 2007. Eles foram libertados de fazendas no Pará, Bahia, Mato Grosso e Goiás

"Grupo Effa, do Uruguai, produzirá carros no Brasil" 25.10.11



O Grupo Effa, fabricante de automóveis do Uruguai e importador de carros chineses para o Brasil, anunciou hoje que espera começar a produzir veículos em sua fábrica na Zona Franca de Manaus já no ano que vem com peças nacionais em quantidade suficiente para evitar impostos mais elevados.O Grupo Effa, que vende no Brasil modelos de veículos utilitários leves de várias montadoras chinesas, já havia montado localmente carros com todas as peças importadas. O diretor de marketing do Effa, Clovis Rodrigues, disse hoje em São Paulo que o grupo está procurando fornecedores brasileiros de autopeças para que os carros possam ser montados também com pelo menos 65% de peças nacionais, evitando assim a incidência de IPI mais alto."O investimento planejado inicialmente era de US$ 50 milhões, mas o valor pode mudar", disse Rodrigues à Dow Jones. "O mercado brasileiro é repleto de surpresas, tanto do governo quanto da capacidade do consumidor", salientou.A empresa já possui uma linha de montagem na Zona Franca de Manaus. A produção própria, que deve começar na primeira metade de 2012, incluirá seus modelos de picapes, disse Rodrigues. Além das picapes, o Grupo Effa já vende furgões e caminhonetes no Brasil e é possível que esses modelos possam vir a ser fabricados no País no futuro, prosseguiu ele.

As informações são da Dow Jones.

"Investimento estrangeiro direto bate novo recorde e passa de US$ 50 bi no ano" 25.10.11




O Brasil recebeu até setembro US$ 50,451 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED), segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pelo Departamento Econômico do Banco Central (BC). É o maior valor para o período desde o início da série histórica do BC, em 1947.O montante é mais que o dobro registrado em igual período do ano passado: US$ 22,557 bilhões.
Para 2011, a expectativa é de ingressem US$ 60 bilhões, montante mais do que suficiente para financiar as despesas líquidas do país com comércio, serviços, transferências de renda (lucro, juro e salários) e transferências unilaterais.Somente em setembro deste ano, o país registrou US$ 6,326 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED), já descontadas repatriações de capital aos países de origem. É o melhor resultado para o mês desde 2004.O resultado é maior do que o verificado em agosto, quando ingressaram liquidamente US$ 5,606 bilhões.O BC esperava que, em setembro, o investimento direto líquido fosse de US$ 5 bilhões, já contabilizada uma desaceleração decorrente dos efeitos da deterioração do mercado global.O efetivamente ocorrido, portanto, ficou acima da previsão oficial.A parcela de IED relativa à aquisição de participações diretas no capital de empresas alcançou US$ 5,367 bilhões no mês, ante US$ 4,339 bilhões em agosto e US$ 3.393 em setembro de 2010. No ano, o montante chega a US$ 40,123 bilhões, ante US$ 20,278 bilhões de igual período do ano passado.Os ingressos líquidos de empréstimos feitos por empresas estrangeiras a filiais no país somaram, por sua vez, US$ 959 milhões em setembro e US$ 10,238 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Houve aceleração sobre o ingresso registrado no mesmo período de 2010, quando os créditos intercompanhias somaram US$ 2,278 bilhões de janeiro a setembro.Esse tipo de recurso, assim como as participações diretas no capital, não costumam fugir do país em momentos de corrida para o dólar e, por isso, também são classificados como IED, considerado a melhor fonte de financiamento externo.Em 12 meses, o fluxo líquido de IED já chega a US$ 76,332 bilhões, o equivalente a 3,26% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC.

População mundial atingirá 7 bilhões em 31 de outubro, diz ONU 25/10/2011

Em 2050, número deve alcançar 9,3 bilhões, dos quais 2,4 bilhões terão mais de 60 anos

BBC Brasil

A população mundial cresce em uma velocidade jamais vista e chegará a 7 bilhões em 31 de outubro, segundo a ONU. Em 2050, esse número deve alcançar 9,3 bilhões. Alguns dos fatores que contribuem para o rápido aumento populacional são a alta taxa de natalidade em alguns países e a maior longevidade da população.


Foto: AP
Em foto de 05/10/2010, bebê recém-nascido é pesado em hospital do governo em Mumbai, Índia
Hoje, 893 milhões de pessoas têm mais de 60 anos. Até a metade deste século, segundo a ONU, esse número praticamente triplicará, chegando a 2,4 bilhões. A expectativa de vida média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950.
População envelhecida
Na Grã-Bretanha, o número de pessoas com mais de 85 anos mais do que dobrou entre 1985 e 2010, para 1,4 milhão, enquanto o percentual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período, segundo estatísticas oficiais.
Aos 85 anos, Helen Moores representa essa faixa da população britânica que está crescendo. Ela vive sozinha em Londres e atribui a longevidade a uma vida ativa e de muito trabalho. "Alistei-me no Exército aos 17 anos e servi por 12 anos em diversos países: Cingapura, Hong Kong, Egito e Chipre, onde conheci meu marido, 42 anos atrás", conta.


Helen diz que hoje tem uma vida confortável, mas teme que seus netos não tenham tanta sorte. Com a população trabalhando cada vez mais antes de se aposentar, ela acha que há menos oportunidades para jovens saindo da universidade. "Preocupo-me com eles. Não sei se haverá empregos suficientes."
Baby boom
Já na Zâmbia, no sul da África, a grande questão para o governo é o altíssimo número de nascimentos. Com uma população de 13 milhões, as estimativas são de que esse número triplique até 2050 e chegue a 100 milhões até o fim do século, fazendo com que o país tenha uma das populações que mais crescem no planeta.
Enquanto a fertilidade global caiu de 5 para 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia tem 6 filhos em média. Esse também era o número de crianças que Robert e Catherine Phiri, de Lusaka, queriam ter, mas, após o nascimento do terceiro bebê, não sabem se terão condições de criar mais filhos.
Robert trabalha como agricultor e ganha menos que o salário mínimo. "É difícil comprar roupas. Todo o dinheiro é usado em comida. Compramos coisas usadas quando podemos", diz Catherine.
Ainda assim, a família tem grandes expectativas para os filhos, incluindo uma menina recém-nascida, que ainda não tem nome. "Quando ela crescer, quero que vá para a escola e universidade para nos ajudar. Temos tão pouco dinheiro e nos preocupamos com o futuro", afirma Robert.
Segundo a ONU, que divulga nesta quarta-feira um relatório sobre o Estado da População Mundial, é preciso mais planejamento e investimento nas pessoas para lidar com a crescente população mundial e suas consequências - a necessidade por mais alimentos, água e energia e a maior produção de lixo e poluição.
"Permitindo que as pessoas melhores suas próprias vidas, podemos apoiar cidades sustentáveis, que sirvam como catalisadoras para o progresso, forças de trabalho produtivas que estimulem o crescimento econômico, populações jovens que contribuam para o bem-estar das economias e sociedades, e uma geração de idosos saudáveis, que estejam ativamente envolvidos nas questões sociais e econômicas de suas comunidades."

Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo 22/10/2011

Da New Scientist - 22/10/2011
Visão crítica: Revelada a rede capitalista que domina o mundo
Este gráfico mostra as interconexões entre o grupo de 1.318 empresas transnacionais que formam o núcleo da economia mundial. O tamanho de cada ponto representa o tamanho da receita de cada uma.[Imagem: Vitali et al.]

Além das ideologias
Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos.
Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global.
A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça.
Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global.
"A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado," afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade."
Rede de controle econômico mundial
A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente.
O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global.
Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo.
O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores.
A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.
Poder econômico mundial
Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras empresas.
Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chips nos mercados de ações.
Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo.
E isso não é tudo.
Super-entidade econômica
Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas.
"Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira," diz Glattfelder.
E a maioria delas são bancos.
Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser.
Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo.
Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer.
A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente.
Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede.
As 50 primeiras das 147 empresas transnacionais super conectadas
  1. Barclays plc
  2. Capital Group Companies Inc
  3. FMR Corporation
  4. AXA
  5. State Street Corporation
  6. JP Morgan Chase & Co
  7. Legal & General Group plc
  8. Vanguard Group Inc
  9. UBS AG
  10. Merrill Lynch & Co Inc
  11. Wellington Management Co LLP
  12. Deutsche Bank AG
  13. Franklin Resources Inc
  14. Credit Suisse Group
  15. Walton Enterprises LLC
  16. Bank of New York Mellon Corp
  17. Natixis
  18. Goldman Sachs Group Inc
  19. T Rowe Price Group Inc
  20. Legg Mason Inc
  21. Morgan Stanley
  22. Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
  23. Northern Trust Corporation
  24. Société Générale
  25. Bank of America Corporation
  26. Lloyds TSB Group plc
  27. Invesco plc
  28. Allianz SE 29. TIAA
  29. Old Mutual Public Limited Company
  30. Aviva plc
  31. Schroders plc
  32. Dodge & Cox
  33. Lehman Brothers Holdings Inc*
  34. Sun Life Financial Inc
  35. Standard Life plc
  36. CNCE
  37. Nomura Holdings Inc
  38. The Depository Trust Company
  39. Massachusetts Mutual Life Insurance
  40. ING Groep NV
  41. Brandes Investment Partners LP
  42. Unicredito Italiano SPA
  43. Deposit Insurance Corporation of Japan
  44. Vereniging Aegon
  45. BNP Paribas
  46. Affiliated Managers Group Inc
  47. Resona Holdings Inc
  48. Capital Group International Inc
  49. China Petrochemical Group Company

La red capitalista que controla el mundo 25/10/2011

Andy Coghlan y Debora MacKenzie
 
New Scientist

Traducido del inglés para Rebelión por Germán Leyens

Es posible que tu navegador no permita visualizar esta imagen.Las 1.318 corporaciones transnacionales que forman el núcleo de la economía. Compañías superconectadas están en rojo, compañías muy conectadas en amarillo. El tamaño del punto representa el ingreso. ((Imagen: PLoS One)
Mientras las protestas contra el poder financiero se extienden por el mundo esta semana, la ciencia parece haber confirmado los peores temores de los manifestantes. Un análisis de las relaciones entre 43.000 corporaciones transnacionales ha identificado el grupo relativamente pequeño de compañías, en su mayoría bancos, con un poder desproporcionado sobre la economía global.
Las hipótesis del estudio han atraído algunas críticas, pero analistas de sistemas complejos contactados por New Scientist dicen que es un esfuerzo singular por desenmarañar el control sobre la economía global. Si se llevara más lejos el análisis, dicen, sería posible identificar maneras de lograr que el capitalismo global sea más estable.
La idea de que unos pocos banqueros controlen un gran trozo de la economía global podrá parecer algo nuevo para el movimiento Ocupad Wall Street de Nueva York y los manifestantes en otros sitios. Pero el estudio, hecho por un trío de teóricos de sistemas complejos en el Instituto Federal de Tecnología suizo en Zúrich, es el primero que va más allá de la ideología para identificar empíricamente una semejante red de poder. Combina la matemática utilizada desde hace tiempo para modelar sistemas naturales con datos corporativos exhaustivos para catalogar la propiedad entre las corporaciones transnacionales del mundo (TNCs, por sus siglas en inglés).
“La realidad es muy compleja, debemos separarnos del dogma, sean teorías de la conspiración o libre mercado”, dice James Glattfelder. “Nuestro análisis se basa en la realidad”.
Estudios anteriores han establecido que unas pocas TNCs poseen grandes segmentos de la economía global, pero incluían solo una cantidad limitada de compañías y omitían propiedades indirectas, por lo cual no podían decir de qué manera esto afecta a la economía global, si la hace más o menos estable, por ejemplo.
El equipo de Zúrich puede hacerlo. De Orbis, 2007, una base de datos que enumera 37 millones de compañías e inversionistas de todo el mundo, extrajo todas las 43.060 TNCs y las propiedades de acciones que las vinculan. Luego construyó un modelo de qué compañías controlaban a otras mediante redes de propiedad de acciones, combinado con los ingresos operativos de cada compañía, para representar la estructura del poder económico.
El trabajo, que será publicado en PLoS One, reveló un núcleo de 1.318 compañías con propiedades entrelazadas (vea imagen). Cada una de las 1.318 tenía vínculos con dos o más compañías diferentes, y en promedio estaban conectadas con 20. Lo que es más, aunque representaban un 20% de los ingresos operativos globales, las 1.318 parecían ser dueñas colectivamente a través de sus acciones de la mayoría de las grandes firmas más rentables y manufactureras del mundo –la economía “real”– que representa otro 60% de los ingresos globales.
Cuando el equipo desenmarañó aun más la red de propiedad, descubrió que gran parte provenía de una “súper-entidad” de 147 compañías aún más estrechamente entrelazadas –toda su propiedad en manos de otros miembros de la super-entidad- que controlan un 40% de la riqueza total de la red. “En efecto, menos de 1% de las compañías era capaz de controlar un 40% de toda la red”, dice Glattfelder. En su mayoría eran instituciones financieras. Las 20 superiores incluyen a Barclays Bank, JPMorgan Chase & Co, y The Goldman Sachs Group.
John Driffill de la Universidad de Londres, experto en macroeconomía, dice que el valor del análisis no consiste solo en ver si un pequeño grupo de personas controla la economía global, sino más bien su perspectiva sobre la estabilidad económica.
La concentración del poder no es buena o mala en sí, dice el equipo de Zúrich, pero las estrechas interconexiones del núcleo podrían serlo. Como el mundo vio en 2008, tales redes son inestables. “Si una [compañía] sufre problemas”, dice Glattfelder, “eso se propaga”.
“Es desconcertante ver hasta qué punto las cosas están conectadas”, aprueba George Sugihara de la Scripps Institution of Oceanography en La Jolla, California, experto en sistemas complejos que ha asesorado al Deutsche Bank.
Yaneer Bar-Yam, jefe del New England Complex Systems Institute (NECSI), advierte de que el análisis asume que la propiedad equivale a control, lo que no es siempre cierto. Muchas de las acciones de las compañías están en manos de administradores de fondos que pueden o no controlar lo que hacen en realidad las compañías que poseen parcialmente. El impacto de esto en la conducta del sistema, dice, requiere más análisis.
Crucialmente, al identificar la arquitectura del poder económico global, los analistas podrían ayudar a hacerlo más estable. Al descubrir los aspectos vulnerables del sistema, los economistas pueden sugerir medidas para evitar que futuros colapsos se propaguen por toda la economía. Glattfelder dice que podríamos necesitar reglas anti-trust globales, que ahora existen solo a nivel nacional, para limitar la sobre-conexión entre TNCs. Sugihara dice que el análisis sugiere una posible solución: las firmas podrían ser gravadas por excesivas interconectividad para disminuir ese riesgo.
Una cosa no es compatible con algunas de las afirmaciones de los manifestantes: es poco probable que la super-entidad sea el resultado intencional de una conspiración para gobernar el mundo. “Semejantes estructuras son de naturaleza común”, dice Sugihara.
Los recién llegados a cualquier red se conectan preferencialmente a miembros altamente conectados. Las TNCs compran acciones las unas de las otras por motivos empresariales, no por dominar el mundo. Si la capacidad de ser conectado aglomera, lo mismo sucede con la riqueza, dice Dan Braha de NECSI: en modelos similares, el dinero fluye hacia los miembros con mayores conexiones. El estudio de Zúrich, dice Sugihara, “constituye una fuerte evidencia de que las reglas simples que rigen a las TNCs conducen espontáneamente a grupos altamente conectados”. O como dice Braha: “la afirmación de Ocupad Wall Street de que 1% de la gente tiene la mayor parte de la riqueza refleja una fase lógica de la auto-organización de la economía”.
Por lo tanto, es posible que la super-entidad no sea el resultado de una conspiración. La verdadera pregunta, dice el equipo de Zúrich, es si puede ejercer un poder político concertado. Driffil piensa que 147 son demasiados para sustentar una colusión. Braha sospecha que competirán en el mercado pero actuarán juntas por intereses comunes. La resistencia a cambios a la estructura de la red puede ser un semejante interés común.
Las máximas 50 de las 147 compañías súper-conectadas:
1. Barclays plc
2. Capital Group Companies Inc
3. FMR Corporation
4. AXA
5. State Street Corporation
6. JP Morgan Chase & Co
7. Legal & General Group plc
8. Vanguard Group Inc
9. UBS AG
10. Merrill Lynch & Co Inc
11. Wellington Management Co LLP
12. Deutsche Bank AG
13. Franklin Resources Inc
14. Credit Suisse Group
15. Walton Enterprises LLC
16. Bank of New York Mellon Corp
17. Natixis
18. Goldman Sachs Group Inc
19. T Rowe Price Group Inc
20. Legg Mason Inc
21. Morgan Stanley
22. Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
23. Northern Trust Corporation
24. Société Générale
25. Bank of America Corporation
26. Lloyds TSB Group plc
27. Invesco plc
28. Allianz SE 29. TIAA
30. Old Mutual Public Limited Company
31. Aviva plc
32. Schroders plc
33. Dodge & Cox
34. Lehman Brothers Holdings Inc*
35. Sun Life Financial Inc
36. Standard Life plc
37. CNCE
38. Nomura Holdings Inc
39. The Depository Trust Company
40. Massachusetts Mutual Life Insurance
41. ING Groep NV
42. Brandes Investment Partners LP
43. Unicredito Italiano SPA
44. Deposit Insurance Corporation of Japan
45. Vereniging Aegon
46. BNP Paribas
47. Affiliated Managers Group Inc
48. Resona Holdings Inc
49. Capital Group International Inc
50. China Petrochemical Group Company
* Lehman todavía existía en la base de datos de 2007 utilizada.
Fuente: http://www.newscientist.com/article/mg21228354.500-revealed--the-capitalist-network-that-runs-the-world.html

Gastos do governo (federal) com publicidade caem 42% 25/10/2011


Do Globo.com

Gastos do governo com publicidade são 42% menores em 2011

RIO - Nos nove primeiros meses de governo Dilma, a redução de gastos com publicidade, se comparados ao mesmo período do ano passado - quando foram gastos cerca de R$ 523,4 milhões - foi de 42,6%. A previsão do Orçamento da União em 2011 é de R$ 626,4 milhões com propaganda, mas até setembro, apenas R$ 300,5 milhões foram utilizados, sendo R$ 81,2 milhões em publicidade institucional e R$ 219,3 milhões na área de utilidade pública.
Dados da ONG Contas Abertas indicam, também, que a própria Presidência da República está entre os campeões de gastos. Dos R$ 210,3 milhões disponíveis ao órgão, R$ 99 milhões já foram utilizados. Deste total gasto, R$ 42,8 milhões referem-se a restos a pagar de contratos ainda do governo Lula.
Mas se não levarmos em conta os compromissos com gestões anteriores, o Fundo Nacional de Saúde, gestor financeiro dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), assume a liderança do ranking, com R$ 66 milhões executados este ano. O valor equivale a 47,8% do montante de R$ 139,3 milhões.
Já o Ministério do Esporte, que está no centro de uma grave crise por conta de denúncias de desvio de verbas, gastou R$ 12 milhões dos R$ 44,3 milhões destinados à pasta, isso a apenas três anos para a Copa do Mundo de 2014, megaevento esportivo que será sediado no Brasil.
Gastos de quase R$ 1,8 milhão por dia
Ao traçar um paralelo com os nove primeiros meses do ano passado, a queda com gastos em comunicação publicitária foi de 39,7%. De janeiro a setembro de 2011 foram gastos R$ 185,3 milhões, já em 2010 a despesa alcançou a cifra de R$ 307,2 milhões.
O governo federal é o maior anunciante do país e aplicou R$ 649,1 milhões em anúncios publicitários durante 2010, ano de eleição em todo o país para o executivo e legislativo. O gasto revela uma média de quase R$ 1,8 milhão por dia. O aumento em ano eleitoral é outra característica constatada. Em 2006, os gastos atingiram R$ 320,9 milhões, quase R$ 122,8 milhões a mais do que em 2007, primeiro ano do segundo mandato do governo passado.
Mídia mais utilizada foi a televisão
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), de janeiro a setembro, a mídia mais utilizada foi a televisão, correspondendo a R$ 52,1 milhões dos gastos. Já o rádio ficou com a segunda maior fatia, cerca de R$ 8,7 milhões em publicidade.
O restante dos recursos gastos pela Presidência da República com publicidade nos nove primeiros meses do ano são referentes aos diversos tipos de mídias.