terça-feira, 17 de junho de 2014

MCMV completa cinco anos com 3,4 milhões de unidades contratadas 17/06/2014



O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) comemora cinco anos em 2014 e nesse período contratou 3,4 milhões de unidades, beneficiando mais de seis milhões de pessoas. Os números consolidam o programa como a maior política pública habitacional da história do Brasil.




A dimensão do Programa atraiu interesse de vários países do mundo, que têm buscado informações sobre o Minha Casa, Minha Vida.

Até final de abril, programa entregou 1,7 milhões de casas. A meta do governo, segundo o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, é chegar a dois milhões de unidades entregues até o final de 2014 e com investimentos da ordem de R$234 bilhões.

“A dimensão que o Programa ganhou foi tamanha que, nos últimos cinco anos, representantes de várias partes do mundo têm buscado informações sobre o Minha Casa, Minha Vida”, afirmou José Urbano. Entre os países que tem demonstrado interesse pelo programa, ele citou México, Colômbia, Peru, países africanos de língua portuguesa, árabes e Egito.

Urbano afirma que as representações estrangeiras querem informações sobre a grande capacidade do programa de expandir a atividade econômica do país, envolvendo mão de obra empregada na construção civil. Ele também ressalta que o programa propicia um aumento da atividade da indústria de cimento e de cerâmica.

Produção imobiliária

O Minha Casa, Minha Vida é um programa voltado para famílias de três faixas de renda – até R$ 1,6 mil (Faixa 1), entre R$ 1,6 mil e R$ 3,275 mil (Faixa 2) e de R$ 3.275,01 mil a R$ 5 mil mensais. No caso da faixa 1, a prestação da casa não deve ultrapassar 5% da renda do beneficiário, com valor mínimo de R$ 25, pelo período de 10 anos. O subsídio na concessão deste imóvel é bancado com recursos do Orçamento Geral da União (OGU).

“Se você fizer as contas, o subsídio poderá passar de 90% do preço do imóvel”, calcula o vice-presidente. Segundo ele, o subsídio é uma questão de prioridade do governo alinhada a política habitacional. “O Minha Casa, Minha vida é viável e vai continuar”.

Na avaliação do vice-presidente, se o Estado não participar de alguma forma da produção imobiliária, a população de baixa renda não consegue uma moradia. Ele também destaca benefícios indiretos à classe média e alta com o barateamento de custos da construção civil.

Fonte: Blog do Planalto

domingo, 15 de junho de 2014

Militantes do PSDB recebem R$ 25 para participar da convenção tucana 15/06/2014


'Reencontro com consigo mesmo' ,prometido por Aécio Neves, falha na convenção tucana e pobre da periferia de São Paulo tiram fotos com boneco de papelão.Ônibus vieram do interior, da Grande São Paulo e de Minas; jovens disseram ter ganho R$ 25 para participar do evento

Os organizadores da convenção do PSDB que escolheu   o candidato Aécio Neves (PSDB- MG)  dizem que algumas milhares de pessoas estiveram no  evento realizado neste sábado, no Expo Center Norte, em São Paulo.  Porém, a maioria  afirmaram  à reportagem do jornal O Estado de São Paulo  terem recebido dinheiro para comparecer ao ato. Cada um levou R$ 25 para casa

A maioria da plateia foi arrumada por líderes políticos regionais e veio de ônibus fretados. Um grupo de Minas chegou ao ato agitando um boneco gigante do ex-presidente Tancredo Neves, avô de Aécio.
 Segundo informações do Estadão, moradoras na Grande São Paulo, disseram que ainda não têm título de eleitor e que cada uma recebeu R$ 25 pela presença. 

De acordo com a reportagem, três amigos de Belo Horizonte, do bairro de Barreiro, na periferia da capital e principal colégio eleitoral da cidade, são amigos do filho de uma militante. Indagados se receberam dinheiro, responderam, que sim e disse que ganharam “lanche” também.

Na plateia da convenção tucana estavam os dois últimos candidatos do PSDB à Presidência, Serra (2002 e 2010) e Alckmin (2006), cujas campanhas procuraram esconder FHC.

No discurso, Aécio Neves diz que promoverá 'reencontro do Brasil consigo mesmo'. Enquanto Paulinho da Força, discursava: "Chegou numa situação que o povo não vaia mais, esculhamba! ...

PSDB se firma como partido da elite: Abraços e fotos, só com boneco de papelão de Aécio

O que mais chamou atenção na convenção tucana não foram os ataques raivosos dirigido a presidenta Dilma e PT. Foi o fato de, no final  do evento, Aécio Neves,  ter se afastado da "militância". Aécio,  Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Paulinho (da Força Sindical) e Geraldo Alckmin, foram para uma sala bater papo, enquanto o pessoal pobre, pago a R$ 25, que saíram  da periferia de São Paulo para participar do evento, tiravam fotos com alguns dos vários  bonecos  de papelão de Aécio Neves espalhados em um grande salão

Aécio não passa de um "sinhôzinho" das Gerais. Ligado às mais arcaicas oligarquias, nunca foi às ruas, nunca se posicionou ao lado do povo

Ah, sim... Essa é Dilma, com o povo...Você já viu algum politico do PSDB sendo abraçado assim, pelo povo?
Essa é Dilma, tirando fotos com o povo

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/06/militancia-do-psdb-recebem-r-25-para.html

sábado, 14 de junho de 2014

Maria da Conceição Tavares: “Resistir para avançar. O resto é arrocho” 14/06/2014




Conceição entrevistada por Saul Leblon  

(texto editado pelo pessoal da Vila Vudu [1])

“Mas não gosto de dar entrevista. Não quero engrossar o coro de lamentação dos intelectuais”.  
Graaaaaaaaaaande Conceição! Imbatível Conceição!


Essa é uma crise que estreita o campo de manobra, ao invés de ampliá-lo, como aconteceu em 29. Sim, você tem a comprovação empírica do fracasso neoliberal, mas são eles que persistem e dão as cartas no xadrez global. Vivemos um colapso do neoliberalismo sob o tacão dos neoliberais: a pasmaceira política aqui é reflexo desse paradoxo.

Maria da Conceição Tavares
Cautelosa, quase reticente em falar de economia, “numa hora em que tem tanta gente falando bobagem”, Maria da Conceição Tavares, a decana dos economistas brasileiros, voz sempre ouvida com atenção quando o horizonte se anuvia, como agora, rejeita as soluções miraculosas oferecidas na praça para destravar os nós do crescimento brasileiro.

A campanha eleitoral antecipada na queda de braço em torno da Copa do Mundo exacerbou a divisão do país em duas visões de futuro, diz Conceição, cautelosa:

“Uma valoriza os avanços obtidos na construção da democracia social nos últimos doze anos. Não considera o caminho concluído, mas é o que está sendo construído.

A outra, majoritariamente abraçada pelo conservadorismo e pelas empresas-imprensa equipara o resultado desse percurso a uma montanha desordenada de escombros. Um Brasil aos cacos. Propõe-se a saneá-lo de forma radical. Em primeiro lugar, esse “começar de novo” retiraria o país das mãos do “populismo petista”, em outubro próximo. Para entregá-lo em seguida a quem entende do ramo: os mercados e suas receitas de “contração expansiva”, que combinam arrocho salarial e fiscal com fastígio dos fluxos de capital sem lei”.

Na conversa com Carta Maior, Conceição avança com cuidado, escolhendo as palavras ao transpor o limite que havia se imposto de não mexer nesse ambiente conflagrado.

“A situação é muito delicada, por conta do encavalamento de gargalos econômicos e disputa eleitoral”, admite. “Mas o fato é que o projeto Dilmista em curso é o mais adequado à sociedade brasileira”.

“Avanços sociais, emprego, salário e crédito para manter a atividade – não para puxar, me entenda, mas para manter o nível de atividade. São doze anos de estirão por essa via, agora é manter, enquanto se avança no investimento em infraestrutura, que vai puxar o novo ciclo. É o que tem que ser feito. E está sendo feito”. E prossegue:

“A maior dificuldade reside justamente nisso. Não há muito mais o que inventar. Essas coisas mirabolantes que se puxam da cabeça, como se a crise fosse uma coisa mental e não uma luta social, não fazem sentido e arriscam pôr tudo a perder”.

Quem fala entende de crise

Conceição nasceu em abril de 1930, seis meses depois da “Quinta-feira Negra”, de outubro de 1929, quando as bolsas reduziram a pó e pânico todo um ciclo capitalista de riqueza especulativa.

“O que se passa é distinto de tudo aquilo” – dizia ela em entrevista a Carta Maior no calor dos acontecimentos da desordem neoliberal, em 2011.

Aquele entendimento pioneiro é reiterado hoje quase com as mesmas palavras, agora endossadas pelos fatos em curso.

“Essa é uma crise que estreita o campo de manobra , ao invés de ampliá-lo, como em 29. Sim, você tem a comprovação empírica do fracasso neoliberal, mas são eles que persistem e dão as cartas no xadrez global.

Vivemos um colapso do neoliberalismo sob o tacão dos neoliberais: a pasmaceira política aqui é reflexo desse paradoxo”.

A professora de reconhecida bagagem intelectual, em geral prefere não avançar na reflexão política e ideológica. Mas tem feito concessões diante do cenário de areia movediça no qual a bússola política parece ter perdido a capacidade de mediar o cipoal econômico (leia ao final desta nota trechos de um artigo de Maria da Conceição , “A era das distopias”, publicado originalmente na revista Insight Inteligência).

Preocupa-a a ansiedade que a crispação política injeta no quadro econômico.

“Os partidos estão desengonçados, os movimentos sociais fracionados, os sindicatos aquém do espaço que lhes cabe. Essa pulverização incentiva soluções redentoras” – avisa, com um misto de preocupação e revolta. Pensa um pouco e atira:

“Uns querem milagre social, outros arrocho fiscal” – e repete a disjunção, satisfeita com a síntese extraída à força do denso nevoeiro. – “E ambos estão desastradamente equivocados!”.

A crítica aberta alveja, de um lado, movimentos avulsos que se comportam às vezes como clientes da sociedade e não como corresponsáveis pela arquitetura da emancipação da sociedade. De outro lado, alveja a pregação ortodoxa (a agenda tucana para outubro de 2014).

“Uns querem milagre; outros, arrocho” – repete. E nesse corredor estreito, elege a resistência histórica como o chão pelo qual vale a pena lutar nesse momento.

“Lula está certo. No geral, ele está certo” – diz. – “Lula é pessoa sensata, ao contrário de muitos economistas visionários que estão à procura de um novo modelo; ele sabe que uma conquista histórica não se pode perder”.

“Se não há inflação de demanda (e não há), então por que arrochar o crédito?” – Como o ex-presidente perguntou em evento recente no Rio Grande do Sul, diante de autoridades da área econômica do governo.

Conceição o ampara.

“A inflação de alimentos tem origem na seca, não na exacerbação da demanda. O custo da energia, idem. Do lado externo, o dólar baixo que desestabiliza o setor externo da economia é um reflexo da fraca recuperação mundial. Vamos negociar um novo modelo com o clima, ou com o Fed ?” – detona.

Sem mudar o tom de voz, a economista debulha e esfarela os grãos das receitas alternativas: “Vamos fazer arrocho fiscal? Arrocho quem faz são eles! Não recomendo mexer em modelo algum. O que devemos é sustentar o nível de atividade e avançar no investimento em infraestrutura, com forte aporte estatal” – e, aí, já está completamente à vontade, sem compromisso com a decisão de não discutir a luta pelo desenvolvimento brasileiro “porque é luta que passa por momento delicado”.

Conceição não acredita que o país possa recuperar integralmente o espaço que a indústria brasileira perdeu para a concorrência internacional. Mas preconiza uma revitalização em novas bases. Injetando nervos e musculatura à capacidade competitiva, com dose combinada de desvalorização cambial e redução do juro. “Não agora. No próximo governo, quando a inflação climática tiver perdido o ímpeto”.

A reinvenção do sistema industrial conta, no seu entender, com uma alavanca fortemente apoiada em três pontos de chão firme: mercado de massa, pré-sal e grandes projetos de infraestrutura. E encoraja: “Não é coisa pouca”.

O ceticismo dos que enxergam uma contradição insolúvel num capitalismo que bordeja a fronteira do pleno emprego não ofusca seu campo de visão.

O emprego, o salário e o crédito ordenam a ótica histórica dessa economista que modulou a filiação keynesiana pela chave da esquerda: formam trunfos da luta pela democracia social, não obstáculos.

Os pilares dessa construção híbrida constatam que o pleno emprego no capitalismo enseja ganhos salariais acima do incremento de produtividade.

Uma dissociação que resultaria em desequilíbrios esgotantes, circunscrevendo a história em uma espécie de empreitada de Sísifo: luta-se para gerar empregos até que, uma vez criados, eles se tornam disfuncionais e têm de ser destruídos. Pelo bem do sistema. E ai de quem não os destruir.

O “populismo petista” está entre os que resistem. A um custo alto para a economia.

Em miúdos e graúdos, a fatura assumiria a forma de uma inflação ascendente, com retração do investimento produtivo em proveito da especulação rentista – que se beneficia da alta dos juros inerente à tensão inflacionária do conjunto.

É o diagnóstico híbrido que se dissemina. Mas que Conceição rejeita: a ideia de sistema econômico intrinsecamente avesso ao pleno emprego é estranha a essa economista.

“Como assim... se o que tivemos nos trinta anos do pós-guerra foi exatamente pleno emprego, com estabilidade, direitos e crescimento?” – Conceição pergunta.

O que existe hoje, no entender dela, é um pouco mais complexo e enervado de história, do que uma fórmula fechada em si.

A desregulação financeira – que se explica em parte por erros, rendições e derrotas da esquerda mundial – catalisou e fortaleceu interesses contrários a um desenho de desenvolvimento comprometido com a maior convergência da riqueza e das oportunidades.

“Aceitá-la como inexorável explica o funeral da socialdemocracia europeia” – diz Conceição.

Mas não significa que não se possa – “Deve-se!”, ela já retruca – reinventar o espaço de um desenvolvimento cuja finalidade seja gerar empregos, salários, qualidade de vida e direitos. Esse espaço morreu na Europa hoje.

“Mas está vivo no Brasil e em partes da América Latina” – lembra essa portuguesa que escolheu como sua pátria a luta pelo desenvolvimento com justiça social.

De dentro dessa pátria, Conceição encara as adversidades à sua volta e endossa a intuição de Lula e o destemor de Dilma com uma palavra tantas vezes pertinente em sua vida: resistir, resistir, resistir.

“Resistir para avançar. O resto é arrocho”.

A seguir, trecho de artigo de Maria da Conceição Tavares, publicado originalmente na revista Insight Inteligência.


As pessoas estão perdidas, não sabem como se guiar do ponto de vista político, econômico. E com isso a história parece que não se move. O futuro fica ilegível, amorfo.

Na verdade, se o PIB é “pibinho” ou não, qual o problema? Vai ser 2%, 3% ou 4%? O problema é ter emprego. Para mim, os critérios clássicos são: emprego, salário mínimo e ascensão social das bases.  

Desde o século 18, os movimentos políticos, sociais e econômicos deixaram de se orientar pela ideia de tradição, substituindo-a pela de um futuro diferente e melhor. Eles acreditavam que a história tinha um sentido, um objetivo, uma utopia: criar uma sociedade mais livre e mais igualitária.

A busca da liberdade pautou o século XIX: liberdade do indivíduo, política e econômica, representada pela Revolução Francesa. Depois, no século XX, vieram o marxismo e a promessa do reino da igualdade, representada pela Revolução Russa. Foi também em nome da igualdade que se construiu o Estado do Bem-estar, como alternativa ao socialismo.

O planejamento era ideia inseparável dessa visão de mundo. Democratização, planificação, esse é o século XX. As pessoas acreditavam que o futuro estava destinado a isso. E orientavam-se politicamente em função da reconstrução do mundo. Mas essa orientação histórica rumo à liberdade e à igualdade, elaborada no Iluminismo, acabou no final do século XX.

Acho difícil saber para onde vamos. Não dá para dizer se o resultado do que está ocorrendo será positivo ou negativo, à luz do que se conheceu até aqui. O que ocorre hoje pode ser uma transição ou um apodrecimento. Transição não sei para quê, porque não há utopia prévia. Você podia falar em transição para o socialismo no século XVIII ou XIX, porque estavam lá as manifestações e as utopias prévias. Mas, agora, transição para o socialismo quer dizer o quê?

Tudo bem, pode ser que seja um viés reformista da minha geração... Eu sou uma adolescente do século XX e me identifico muito com ele, a favor do que era bom, e contra o que era ruim. Por outro lado, não vejo causas que sirvam para agregar de forma propositiva tantos interesses fracionados. Ninguém sabe como reagir, se não há conceito e pensamento, organizados a partir de uma utopia. Acho que esta sensação de impotência, de não se ver ninguém pensando diferente, deriva daí.

Diga-me um autor relevante que não esteja pensando dessa maneira, prostrado pela falta de alternativas? Não há ousadia em nada, pelo menos do ponto de vista do pensar. Ninguém na academia está falando nada muito diferente. Por isso, não gosto de dar entrevista, não quero engrossar o coro de lamentação dos intelectuais. Pode ser que eu já esteja ultrapassada, que esteja velha. Mas é como eu estou vendo. De qualquer forma, esse ciclo vai passar. Torcemos para que ele não seja longo.



Comentário da Chica Fuza, tradutora (mal-humorada) da Vila Vudu: Tivemos de dar uma ajeitada/editada, para o texto da entrevista ficar compreensível. Que loucura é essa, agora, de o jornalista-entrevistador querer aparecer MAIS que o/a entrevistado/a? Que saaaaaco! “Martelete midiático” foi a Conceição que disse? Ou foi o entrevistador? Só de ter de perguntar, já se vê que merda a Carta Maior fez dessa SENSACIONAL entrevista. Imprensa-empresa não é “martelete”: é chibata, é tronco, é pelourinho. E não é “midiático”: é comercial, visa ao lucro, não à informação ou à verdade. A imprensa-empresa é a peste: tem de ser erradicada, tem de ser extinta... “Martelete midiático” sóssifô a mãe do jornalista. Sinceramente.




quarta-feira, 11 de junho de 2014

As mentiras dos EUA tornam-se mais e mais audaciosas... 11/06/2014



6/6/2014, [*] Paul Craig Roberts − Institute for Political Economy
The Lies Grow More Audacious
Traduzido por mberublue





G7 - Obama e seus "poodles" adestrados

Se por acaso ainda houvesse alguma dúvida de que os líderes do ocidente vivem em um mundo de faz-de-conta fantasioso elaborado a partir de suas mentiras, a reunião do G-7 e a celebração do 70º aniversário do desembarque na Normandia acabou com a dúvida.

As besteiras que foram gritadas nessas ocasiões bastam para explicitar quem é quem. Obama, com seu “poodle”, Cameron, ao lado, descreveu o desembarque da Normandia em 06 de junho de 1944 como sendo “a maior força de liberação que o mundo já conheceu” e fez com que os Estados Unidos e a Grã Bretanha ficassem com todo o crédito da derrota de Hitler. Nem a mais leve menção sobre a União Soviética e o Exército Vermelho, que por três anos, ainda antes do desembarque da Normandia já estavam lutando e derrotando a Wehrmacht.

A derrota alemã na IIª Guerra Mundial aconteceu na batalha de Stalingrado, que foi travada no espaço de tempo entre 23 de agosto de 1942 até 03 de fevereiro de 1943, quando a maioria dos remanescentes do poderoso Sexto Exército Alemão se rendeu, incluindo 22 generais.

A verdadeira maior força de invasão já montada no planeta Terra foi a que invadiu a Rússia, através de uma frente de batalha de mil e seiscentos quilômetros. Três milhões de soldados alemães de primeira linha; 7.500 unidades de artilharia, 19 divisões Panzer com 3.000 tanques e 2.500 aviões deslocaram-se pela Rússia por 14 meses.

Em junho de 1944, três anos depois, restava bem pouco dessa força. O Exército Vermelho a tinha mastigado. Quando os assim chamados “aliados” (um termo que aparentemente exclui a Rússia) chegaram à França, enfrentaram bem pouca resistência. As melhores forças que ainda restavam para Hitler estavam engajadas no front russo, que desabava dia após dia, conforme o Exército Vermelho se aproximava de Berlim.


Exército Vermelho da URSS na IIa. Grande Guerra

O Exército Vermelho venceu a Alemanha. Americanos e britânicos só se arriscaram depois que a Wehrmacht estava exausta e em farrapos e podia oferecer fraca resistência. Stalin acreditava que Washington e Londres ficaram na espera até o último minuto, deixando a maior parte do trabalho de derrotar a Alemanha com a Rússia.

Cineastas de Hollywood e escritores de best-sellers, naturalmente, enterraram os fatos bem fundo. Os americanos produziram todo o tipo de filme, como “Uma ponte longe demais”, que retratam acontecimentos pontuais e insignificantes, mesmo sendo heróicos, como pontos de virada da guerra. Não obstante, os fatos reais são claríssimos. A guerra foi vencida no front oriental pela Rússia. Filmes de Hollywood são divertidos, mas não passam de nonsense.

A Rússia mais uma vez está sendo escanteada pela “comunidade internacional” porque os planos de Obama para se apoderar da Ucrânia e expulsar a Rússia de suas bases no Mar Negro deram com os burros n’água. A Criméia tem sido parte da Rússia por mais tempo que a existência dos Estados Unidos. Khrushchev, um ucraniano, anexou a Criméia à República Socialista da Ucrânia em 1954 quando Rússia e Ucrânia faziam parte do mesmo país.

Quando o governo ucraniano, fantoche de e imposto por Washington declarou que estava por abolir o uso da língua russa e mandaria prender ucranianos que tivessem dupla cidadania Ucraniana/Russa, e ao mesmo tempo começou a derrubar memoriais de guerra russos que foram consagrados à libertação da Ucrânia dos nazistas alemães, o povo da Criméia usou a câmara de votação e a urna para primeiro, se dissociar da Ucrânia declarando a própria independência e em seguida, para reunificar-se à pátria mãe.

Washington, assim como outros países do G-7, que seguem caninamente as ordens de Washington descreveram este ato de autodeterminação, que em nada se difere do ato de autodeterminação declarado pelas colônias britânicas na América, como se fosse um caso de “invasão e anexação pela Rússia”. Outros esforços semelhantes de separação de Kiev estão em curso em diversos territórios que hoje compreendem o leste e o sul da Ucrânia. Washington tem equiparado o esforço de autodeterminação no leste ucraniano a “terrorismo” e encorajou seus fantoches em Kiev a usar violência militar contra manifestantes civis. A razão de chamar os manifestantes de “terroristas” é dar o OK para matá-los.



Gerald Celente

É muito esquisito para qualquer pessoa descobrir que o presidente dos Estados Unidos e os líderes dos estados da Europa ocidental declaram publicamente mentiras tão descaradas sobre o mundo. Há historiadores no mundo. O mundo tem pessoas esclarecidas com conhecimentos bem maiores que excedem de muito a mídia convencional também conhecida como Ministério da Propaganda Política, ou, como Gerald Celente a chama, “a presstituta”. Seja lá como a chamamos, a mídia ocidental é uma coleção de putas bem pagas. Eles mentem por dinheiro, por convites para jantares festivos, e convites para grandes contratos com bons honorários para escrever livros com enormes adiantamentos.


Eu sei. Eles tentaram me recrutar.

Observe a forma restrita pela qual Washington define a “comunidade mundial”. A “comunidade mundial” consiste no G-7 o Grupo dos Sete. É isto. Sete países formam a chamada “comunidade mundial”, a qual, na visão de Washington, é composta de seis países e do fantoche de Washington, o Japão. A “comunidade mundial” é feita dos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália e Japão. Todos os outros 190 paises não fazem parte da “comunidade mundial” de Washington. Pela doutrina neocon, sequer fazem parte da humanidade.

Toda a “comunidade mundial” não possui a população de apenas um dos países dela excluídos. Você pode escolher entre China e Índia. Não fiz os cálculos, mas provavelmente a massa terrestre da Rússia ultrapassa o total da massa terrestre da “comunidade mundial”.

Então, que diabos é essa “comunidade mundial”?

O conjunto dos países vassalos dos Estados Unidos forma a “comunidade mundial”. Alemanha, Inglaterra e França foram importantes no cenário do século XX. Suas histórias são objeto de estudos nas universidades. O padrão de vida de sua população é decente, embora não para todos. Seu passado é a razão de sua importância atual. Com efeito, estes países foram impulsionados pela história, ou pelo menos, pela história se tornaram importantes para o ocidente. O Japão, atualmente mero apêndice de Washington sonha tornar-se “ocidental”. É impressionante como pode um povo orgulhoso e guerreiro como o japonês anular-se até o nada.

Bom. Como finalmente parei de gargalhar com a presumida desimportância da Rússia na derrota de Hitler, podemos retornar para a reunião do G-7. Desta vez o Grande Acontecimento da reunião foi a exclusão da Rússia, encolhendo o G-8 para tornar-se o G-7.


Bandeiras do G7 (ex G8) em Bruxelas, -4/6/2014

É a primeira vez em 17 anos que a Rússia não tem permissão para participar da reunião do grupo do qual faz parte. Por quê?

A Rússia está sendo punida. Está sendo isolada dos sete países que o Idiota da Casa Branca houve por bem dizer que constituem a “comunidade mundial”.

Obama está bravo porque seu Conselho de Segurança Nacional e os idiotas que nomeou para o Departamento de Estado e para a ONU não têm educação ou conhecimentos suficientes para saber que a maior parte da Ucrânia consiste de antigas províncias russas habitadas por russos. Os imbecis ignorantes que Obama nomeou acharam que poderiam tomar a Criméia, expulsar a Rússia, tirando seu acesso ao Mediterrâneo, o que a tornaria incapaz de manter sua base naval em Tartur, na Síria, facilitando a invasão da Síria por Washington.

A Crimeia tem sido parte da Rússia desde que a Rússia finalizou a reconquista dos tártaros. Eu me recordo da etnia Tártara ou Tartarlar, quando de minha visita a Timur, ao túmulo de Tamerlão, o Grande, em Samarkande (cidade do Uzbequistão. O nome quer dizer “cidade de pedra” – NT) há 53 anos. A cidade de Tamerlane atualmente foi convertida em um centro turístico. 53 anos atrás eu vi um lugar desolado e em ruínas, com árvores crescendo por cima do topo dos minaretes.

Com o fracasso do plano de Obama de tomar a Ucrânia falhou, como se tornou comum em outros planos seus, os porta vozes de Washington para interesses privados resolveram aproveitar a oportunidade para demonizar Putin e a Rússia e restaurar a Guerra Fria. Obama e seus fantoches, ou vassalos, do Grupo dos 7, usaram a ocasião para ameaçar a Rússia com sanções reais, já que as sanções de fancaria da atual propaganda política não surtiram efeito. De acordo com Obama e seu poodle Cameron, Putin deve, sabe-se lá porque, evitar que a população russa da Ucrânia oriental proteste contra a subserviência a um governo neofacista em Kiev, apoiado por Washington e outros.



Poroshenko, o oligarca corrupto da Ucrânia

Supostamente Putin deveria abraçar fraternamente o oligarca, antigo ministro do governo derrubado pelo golpe patrocinado por Washington e colocado no cargo por falsos votos nos quais a participação da população votante da Ucrânia não passou de pequeno percentual do total. Putin deveria ainda beijar o oligarca corrupto nas duas faces, pagar as contas de gás natural da Ucrânia e esquecer todos os seus débitos. Adicionalmente, a Rússia em tese deveria repudiar o povo da Crimeia, rever sua adição à Federação russa e entregá-los aos assassinos do Pravy Sektor (Setor da Direita – partido ucraniano neonazista – [NT]) para que sejam eliminados como vingança pela vitória russa contra a Alemanha nazista, pela qual muitos ucranianos ocidentais lutaram. Em troca de tudo isso, a OTAN e Washington colocarão muitas bases de mísseis nas fronteiras russas como forma de proteger a Europa de mísseis balísticos intercontinentais iranianos que não existem.

Deveria ser então um jogo de ganha-ganha para a Rússia...

O regime de Obama, usando suas muito bem pagas ONGs acabou por derrubar um governo democraticamente eleito, um governo que não era mais corrupto que qualquer outro da Europa ocidental, oriental ou que Washington.

Na Inglaterra, França, Alemanha e Itália, os idiotas que as comandam estão sacudindo seus punhos fechados na direção da Rússia, ameaçando com mais sanções, desta vez reais. Será que esses dementes realmente querem que seu próprio fornecimento de energia seja cortado? Não há perspectiva, apesar da propaganda política enganosa, de que Washington possa suprir a energia de que a indústria alemã depende, ou a da qual dependem os europeus para não congelar no próximo inverno.

Eventuais sanções contra a Rússia destruirão a Europa e terão pouco ou nenhum efeito sobre a Rússia. Esta já se movimenta, juntamente com China e o restante dos BRICS, para fora do mecanismo de pagamento em dólares.

Na realidade o que o Bobo da Casa Branca, o neoconizado Conselho de Segurança Nacional, a mídia presstituta e o Congresso estão a fazer é apoiar e dar suporte às suas políticas com base apenas na presunção e na arrogância, o que está levando os Estados Unidos para o abismo.




Vocês escrevem o que dizemos
OBRIGADO, IMPRENSA CORPORATIVA
Nós não poderíamos controlar o POVO sem você
Mensagem do Ministério de Segurança Interna

Um abismo assim é como um buraco negro. Você não consegue sair dele.

As mentiras de Washington são tão claramente flagrantes e transparentes que Washington está destruindo a própria credibilidade. Considere, por exemplo, o caso da espionagem levada a efeito pela NSA. Documentos revelados por Snowden e Greenwald tornam bem claro que Washington não apenas espionou líderes governamentais e o povo comum, mas também empresas estrangeiras com o fito de privilegiar interesses comerciais e financeiros dos Estados Unidos. Nunca foi colocado em dúvida que os EUA roubam segredos comerciais chineses. Washington não apenas nega que os documentos apresentados provem alguma coisa, como posa de vítima e acusa cinco cidadãos chineses de espionar empresas norte americanas.

Estas acusações descabidas e sensacionalistas têm apenas uma finalidade: propaganda política manipulada. De qualquer outra forma que se olhe, as acusações são totalmente sem sentido, se não simplesmente falsas. Claro que a China nem pensa em entregar cinco de seus cidadãos para gáudio dos mentirosos em Washington, mas é uma oportunidade de ouro para a mídia presstituta desviar os holofotes da NSA e assestá-los na China, que vem a calhar para substituir a NSA como vilã.

Por que o Brasil, a China, a Alemanha e outros países espionados não emitem mandados de prisão contra os altos oficiais da NSA, contra Obama e contra os membros do Comitê de Fiscalização do Congresso? Por que permitem que os Estados Unidos sempre ataquem primeiro com sua propaganda manipulada para controlar as explicações?


Bowe Bergdhal

O povo dos Estados Unidos é muito suscetível à manipulação política dos fatos. Parecem mesmo gostar disso. Pense no ódio instigado até agora contra o sargento Bowe Bergdahl, um soldado dos EUA recentemente libertado pelo Talibã em uma troca de prisioneiros. A comemoração que se realizaria em sua cidade natal festejando a sua libertação foi cancelada por causa da sede de sangue desencadeada pelo ódio com o qual a mídia presstituta atacou Bergdahl. A engenharia do ódio erguida pela mídia contra Bergdahl tem feito acontecer uma enxurrada de ameaças contra a cidade de Hailey, Idaho.

Mas afinal de contas, em que se baseiam os ataques contra Bergdahl? Aparentemente, a resposta é que Bergdahl, como a estrela do futebol americano Pat Tillman, que recusou um contrato de 3,6 milhões de dólares para se unir aos rangers do exército e entrar em combate pela liberdade no Afeganistão, adquiriu um monte de dúvidas sobre a guerra. Originalmente, a morte de Pat Tillman foi atribuída a uma ação heroica e ao fogo inimigo. Depois, verificou-se que Tillman foi abatido por “fogo amigo”. Muitas pessoas concluíram que ele foi abatido porque o governo não precisa de um herói esportivo falando mal da guerra. Como agora Bergdahl está fora do alcance da batalha e do fogo amigo, ele tem que ser abatido pela imprensa, exatamente como a Rússia, China, Irã, Putin, Assad, o povo da Crimeia e a população de língua russa na Ucrânia.

Nenhuma única virtude moral tem sido cultivada nos EUA, mas o cultivo do ódio e o ódio vão bem, obrigado.



[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da Reaganomics. Ex-editor e colunista do Wall Street Journal,Business Week e Scripps Howard News Service. Testemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch e no Information Clearing House, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, com pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.

http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/06/as-mentiras-dos-eua-tornam-se-mais-e.html

terça-feira, 10 de junho de 2014

Em rede nacional, Dilma defende Copa e pede união 10/06/2014





Leia, abaixo, a íntegra do pronunciamento

Minhas amigas e meus amigos,

A partir desta quinta-feira, os olhos e os corações do mundo estarão voltados para o Brasil, acompanhando a maior Copa da história.

Pelo menos 3 bilhões de pessoas vão se deixar fascinar pela arte das 32 melhores seleções de futebol do planeta.

Para o Brasil, sediar a Copa do Mundo é motivo de satisfação, de alegria e de orgulho.

Em nome do povo brasileiro, saúdo a todos que estão chegando para esta que será, também, a Copa pela paz e contra o racismo;

a Copa pela inclusão e contra todas as formas de violência e preconceito;

a Copa da tolerância, da diversidade, do diálogo e do entendimento.

A Seleção Brasileira é a única que disputou todas as Copas do Mundo realizadas até hoje.

Em todos os países, sempre fomos muito bem recebidos.

Vamos retribuir, agora, a generosidade com que sempre fomos tratados, recebendo calorosamente quem nos visita.

Tenho certeza de que, nas 12 cidades-sede, os visitantes irão conviver com um povo alegre, generoso e hospitaleiro, e se impressionar com um país cheio de belezas naturais e que luta, dia a dia, para se tornar menos desigual.

Amigos de todo o mundo: cheguem em paz!
O Brasil, como o Cristo Redentor, está de braços abertos para acolher todos vocês.

Brasileiras e Brasileiros,

Para qualquer país, organizar uma Copa é como disputar uma partida suada - e muitas vezes sofrida.

Com direito a prorrogação e disputa nos pênaltis.

Mas o resultado e a celebração final valem o esforço.

O Brasil venceu os principais obstáculos e está preparado para a Copa, dentro e fora do campo.

Para que esta vitória seja ainda mais completa é fundamental que todos os brasileiros tenham uma noção correta de tudo que aconteceu.

Uma visão sem falso triunfalismo, mas também sem derrotismo ou distorções.

Como se diz na linguagem do futebol: treino é treino, jogo é jogo.

No jogo, que começa agora, os pessimistas já entram perdendo.

Foram derrotados pela capacidade de trabalho e a determinação do povo brasileiro, que não desiste nunca.

Os pessimistas diziam que não teríamos Copa porque não teríamos estádios.

Os estádios estão aí, prontos.

Diziam que não teríamos Copa porque não teríamos aeroportos.

Praticamente, dobramos a capacidade dos nossos aeroportos.

Eles estão prontos para atender quem vier nos visitar; prontos para dar conforto a milhões de brasileiros.

Chegaram a dizer que iria haver racionamento de energia. Quero garantir a vocês: não haverá falta de luz na Copa, nem depois dela.

O nosso sistema elétrico é robusto, é seguro, pois trabalhamos muito para isso.

Chegaram também ao ridículo de prever uma epidemia de dengue na Copa em pleno inverno, no Brasil!

Além das grandes obras físicas e da infraestrutura, estamos entregando um sistema de segurança capaz de proteger a todos, capaz de garantir o direito da imensa maioria dos brasileiros e dos nossos visitantes que querem assistir os jogos da Copa.

Estamos entregando, também, um moderno sistema de comunicação e transmissão que reúne o que há de mais avançado em tecnologia, incluindo redes de fibra ótica e equipamentos de última geração, em todas as 12 sedes.

Minhas amigas e meus amigos,

A Copa apressou obras e serviços que já estavam previstos no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.

Construímos, ampliamos ou reformamos aeroportos, portos, avenidas, viadutos, pontes, vias de trânsito rápido e avançados sistemas de transporte público.

Fizemos isso, em primeiro lugar, para os brasileiros.

Tenho repetido que os aeroportos, os metrôs, os BRTs e os estádios, não voltarão na mala dos turistas.

Ficarão aqui, beneficiando a todos nós.

Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda vida.

Os novos aeroportos não eram necessários apenas para receber os turistas na Copa.

Com o aumento do emprego e da renda, o número de passageiros mais que triplicou nos últimos dez anos: de 33milhões em 2003, saltamos para 113 milhões de passageiros no ano passado, e devemos chegar a 200 milhões em 2020.

Por isso, precisávamos modernizar nossos aeroportos para, acima de tudo, melhorar o dia-a-dia dos brasileiros que,cada vez mais, viajam de avião.

Agora também temos estádios modernos e confortáveis, de Norte a Sul do país, à altura do nosso futebol e dos nossostorcedores.

Além de servir ao futebol, serão estádios multiuso: vão funcionar também, como centros comerciais, de negócios e de lazer, e palcos de shows e festas populares.

Minhas amigas e meus amigos,

Tem gente que alega que os recursos da Copa deveriam ter sido aplicados na saúde e na educação.

Escuto e respeito essas opiniões, mas não concordo com elas. Trata-se de um falso dilema.

Só para ficar em uma comparação: os investimentos nos estádios, construídos em parte com financiamento dos bancos públicos federais, e em parte com recursos dos governos estaduais e das empresas privadas, somaram 8 bilhões de reais.

Desde 2010, quando começaram as obras dos estádios, até 2013, o governo federal, os estados e municípios investiram cerca de 1 trilhão e 700 bilhões de reais em educação e saúde. Repito, 1 trilhão e 700 bilhões de reais.

Ou seja : no mesmo período, o valor investido em educação e saúde no Brasil é 212 vezes maior que o valor investido nos estádios.

Vale lembrar, ainda, que os orçamentos da saúde e da educação estão entre os que mais cresceram no meu governo.

É preciso olhar os dois lados da moeda.

A Copa não representa apenas gastos, ela traz também receitas para o país.

É fator de desenvolvimento econômico e social.

Gera negócios, injeta bilhões de reais na economia, cria empregos.

De uma coisa não tenham dúvida: as contas da Copa estão sendo analisadas, minuciosamente, pelos órgãos de fiscalização.
Se ficar provada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos com o máximo rigor.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil que recebe esta Copa é muito diferente daquele país que, em 1950, recebeu sua primeira Copa.

Hoje, somos a 7ª economia do planeta e líderes, no mundo, em diversos setores da produção industrial e do agronegócio.

Nos últimos anos, nosso país promoveu um dos mais exitosos processos de distribuição de renda, de aumento do nível de emprego e de inclusão social.

Reduzimos a desigualdade em níveis impressionantes, levando, em uma década, 42 milhões de pessoas à classe média e retirando 36 milhões de brasileiros da miséria.

Somos também um país que, embora tenha passado há poucas décadas por uma ditadura, tem hoje uma democracia jovem, dinâmica e pujante.

Desfrutamos da mais absoluta liberdade e convivemos com manifestações populares e reivindicações que nos ajudam a aperfeiçoar, cada vez mais, nossas instituições democráticas.

Instituições que nos respaldam tanto para garantir a liberdade de manifestação como para coibir excessos e radicalismos de qualquer espécie.

Meus queridos jogadores e querida Comissão Técnica,

Debaixo da camisa verde-amarela, vocês materializam um poderoso patrimônio do povo brasileiro.

A Seleção representa a nacionalidade. Está acima de governos, de partidos e de interesses de qualquer grupo.

Por isso, vocês merecem que um dos legados desta Copa seja, também, a modernização da nossa estrutura do futebol e das relações que regem nosso esporte.

O Brasil precisa retribuir a vocês, e a todos os desportistas, tudo o que vocês têm feito por nosso povo e por nosso país.

O povo brasileiro ama e confia em sua Seleção.

Estamos todos juntos para o que der e vier.

Viva a Paz!
Viva a Copa!
Viva o Brasil!

Obrigada e Boa Noite.