quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Brasil capturado para remeter lucros ao Exterior :Benayon 28/01/2016

publicado em 28 de janeiro de 2016 às 10:03



Finanças públicas – Expansão vs. Contração

por Adriano Benayon * — 18.01.2016

Há um debate, mais que secular, entre economistas ligados ao sistema financeiro, partidários do controle monetário, e os que recomendam a expansão dos meios de pagamento e do crédito, em favor da produção e do emprego.

2. Tanto as políticas monetárias de contração como as expansivas podem ser reforçadas ou atenuadas por meio da política fiscal: redução de despesas públicas e elevação ou manutenção de impostos, versus o contrário disso.

3. A maioria manifesta-se em favor de políticas anticíclicas: se a economia está em crescimento e aparecem tendências inflacionárias, seria o momento de adotar política contracionista, e, em caso de retração na atividade econômica, conviria expandir a moeda e o crédito, aumentar a despesa pública etc.

4. Os “desenvolvimentistas” e keynesianos preocupam-se com os indicadores de interesse da economia produtiva, enquanto os monetaristas visam à estabilidade do valor da moeda, ponto essencial para os que aplicam dinheiro em títulos, especialmente os de renda fixa.

5. A discussão parece-me estéril, por girar em torno apenas dessas questões, de natureza macroeconômica. Prefiro o enfoque da economia nacional, atenta à estrutura de mercado: 1) se é concentrada, oligopolizada, cartelizada, ou se abre razoável espaço à concorrência, propiciando surgirem novas empresas e tecnologias; 2) se prevalece ou não o capital nacional.

7. No caso de descentralizada e de predominantemente nacional, há campo para atender as necessidades reais da população, em lugar de a economia, como vem ocorrendo, ser manipulada pelo marketing, pelo merchandising e mais técnicas de venda, e determinada a consumir (independentemente de o quê) e a ser mera geradora de faturamento para os carteis transnacionais.

8. Essa é a situação em quase todo o mundo ocidental, sendo que no Brasil os residentes são ainda mais saqueados, dada a desindustrialização dos últimos sessenta anos, e a desnacionalização, dois fatores da enorme desigualdade nas relações de troca do comércio mundial de bens e serviços, e também de transferência vultosa de recursos ao exterior.

9. Desse modo instituiu-se estrutura microeconômica infalível para resultar em subdesenvolvimento, e agravada pela infraestrutura do modelo dependente, que desaproveita os recursos naturais do País, com sistemas de energia, transportes e comunicações ineficientes e superfaturados.

10. Essa situação doentia acarretou mais uma moléstia: a dívida pública gigantesca, criada pela composição de juros, a taxas arbitrariamente elevadas, impeditiva de investimentos públicos e privados, na dimensão requerida pelo desenvolvimento.

11. De qualquer modo, com a estrutura de mercado existente, maior investimento que o atual traria poucos benefícios à economia do País, consideração amiúde ignorada na discussão entre keynesianos e monetaristas.

12. Estes pretendem combater a inflação por meio das políticas contracionistas, potenciadas pelas taxas de juros altíssimas, impingidas pelo Banco Central. Já os desenvolvimentistas, como José Carlos Assis, consideram imperioso dinamizar a economia, abalada por declínio na produção e no emprego.

13. Assis demonstra a irrelevância da argumentação de Marcos Lisboa, segundo a qual políticas fiscais expansivas não funcionam em países com dívidas elevadas, pouca ociosidade no sistema produtivo (erroneamente, diz Lisboa, sinalizada pela alta inflação e juros altos).

14. Com razão, Assis retorque que esses juros resultam da política arbitrária do BACEN: poderiam cair muito, o que, entretanto, exigiria autoridade do governo sobre o BACEN e mudanças na Constituição (autoridade ao Tesouro para emitir moeda).

15. Assis lembra também que a ociosidade é alta e se reflete na contração do PIB, enquanto a inflação decorreria do alto grau de indexação formal e informal dos preços, sobretudo das tarifas públicas. Aduzo que ela provém muito da estrutura oligopolizada dos mercados. De fato, a capacidade ocupada está baixa: 66%.

16. Acrescenta, ainda, Assis que na União Europeia houve bons resultados da política expansiva, mas, tendo sido essa revertida, a zona do euro voltou à estagnação e a ter agravadas as condições sociais.

17. No Brasil houve boas taxas de crescimento do PIB, com a política aplicada em 2009/2010, quando o Tesouro injetou R$ 180 bilhões no BNDES, principalmente para a infraestrutura.

18. Diz, ainda, Assis, nunca ter apoiado a estúpida política de subsidiar a indústria automobilística e a linha branca, supostamente para preservar empregos, quando se estava, na realidade, subsidiando lucros remetidos para o exterior por multinacionais. E: “não se faz política fiscal micro: se tiver de funcionar, é no nível macro.”

19. Entendo que, com a presente estrutura de mercado, não há política macroeconômica alguma que possa dar certo.

* Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.



http://www.viomundo.com.br/denuncias/benayon-brasil-capturado-para-remeter-lucros-ao-exterior.html

Galeria de bandidos do FMI: vigaristas, violadores e trapaceiros 28/01/2016

por James Petras


O FMI é a principal organização monetária internacional cujo objetivo público é manter a estabilidade do sistema financeiro global através de empréstimos relacionados com propostas a promover a recuperação económica e o crescimento.

Na realidade, o FMI tem estado sob o controlo dos EUA e dos estados da Europa Ocidental e as suas políticas têm sido concebidas para aumentar a expansão, o domínio e os lucros das suas principais empresas multinacionais e instituições financeiras.

Os EUA e os estados europeus praticam uma divisão de poderes: os diretores executivos do FMI são europeus; os seus homólogos no Banco Mundial (BM) são norte-americanos.

Os diretores executivos do FMI e do BM funcionam em estreita ligação com os seus governos e, em especial, com os departamentos do Tesouro, para decidir prioridades, para decidir quais os países que vão receber empréstimos, quais as suas condições e quanto.

Os empréstimos e condições estabelecidos pelo FMI são estreitamente coordenados com o sistema bancário privado. Quando o FMI assina um acordo com um país devedor, isso é um sinal para que os grandes bancos privados emprestem, invistam e avancem com uma série de transações financeiras favoráveis. Pelo acima exposto, pode-se deduzir que o FMI desempenha o papel de comando geral para o sistema financeiro global.

O FMI abre o caminho para os principais bancos conquistarem os sistemas financeiros dos estados vulneráveis em todo o mundo.

O FMI assume o fardo de fazer todo o trabalho sujo através da sua intervenção. Isto inclui a usurpação da soberania, a exigência de privatizações e a redução das despesas sociais, dos salários e das pensões, assim como a garantia da prioridade do pagamento da dívida. O FMI atua como uma 'cortina' dos grandes bancos, desviando a crítica política e o desassossego social.

Diretores executivos como capangas

Que espécie de pessoas têm os bancos como diretores executivos do FMI? A quem confiam a tarefa de violar os direitos de soberania dum país, de empobrecer o seu povo e de corroer as suas instituições democráticas?

A lista inclui um vigarista financeiro condenado; a atual diretora, que está a ser julgada por acusações de má utilização de fundos públicos, enquanto ministra das Finanças; um violador; um defensor da diplomacia da canhoneira e o promotor do maior colapso financeiro na história de um país.

Diretores executivos do FMI em tribunal

A atual diretora executiva do FMI (julho 2011-2015), Christine Lagarde, está a ser julgada em França, por negligência quanto a um pagamento de 400 milhões de dólares ao magnata Bernard Tapie, quando era ministra das Finanças no governo do presidente Sarkozy.

O anterior diretor executivo (novembro 2007-maio 2011), Dominique Strauss-Kahn, foi forçado a demitir-se depois de ser acusado de violar uma empregada de quartos num hotel de Nova Iorque e foi posteriormente preso e julgado por proxenetismo na cidade de Lille, em França.

O seu antecessor, Rodrigo Rato (junho 2004-outubro 2007), era um banqueiro espanhol que foi preso e acusado de evasão fiscal, escondendo ?27 milhões de euros em 70 bancos ultramarinos e defraudando milhares de pequenos investidores a quem convenceu a pôr dinheiro num banco espanhol, o Bankia, que foi à falência.

O seu antecessor, alemão, Horst Kohler, demitiu-se depois de ter afirmado uma verdade inadmissível – nomeadamente, que a intervenção militar ultramarina era necessária para defender os interesses económicos alemães, como vias de comércio livre. Uma coisa é o FMI agir como instrumento dos interesses imperialistas, outra coisa é um executivo do FMI falar sobre isso publicamente!

Michel Camdessus (janeiro 1987-fevereiro 2000) foi o autor do "Consenso de Washington", a doutrina subjacente à contra-revolução neoliberal global. O seu mandato assistiu ao apoio e financiamento de alguns dos piores ditadores da época, incluindo as suas fotos com o general Suharto, o homem forte e o assassino de massas da Indonésia.

Com Camdessus, o FMI colaborou com o presidente da Argentina, Carlos Menem, na liberalização da economia, na desregulamentação dos mercados financeiros e na privatização de mais de mil empresas. As crises, que se seguiram, levaram à pior depressão da história da Argentina, com mais de 20 mil falências, 25% de desemprego e taxas de pobreza acima dos 50% em bairros da classe trabalhadora… Camdessus, posteriormente, lamentou os seus "erros políticos" em relação ao colapso da Argentina. Nunca foi preso ou acusado de crimes contra a humanidade.

Conclusão

O comportamento criminoso dos executivos do FMI não é uma anomalia nem obstáculo para a sua seleção. Pelo contrário, foram escolhidos porque refletem os valores, os interesses e o comportamento da elite financeira global: vigarices, evasão fiscal, suborno, transferências em grande escala de riqueza pública para contas privadas, são a norma para a instituição financeira. Estas qualidades adequam-se à necessidade que os banqueiros têm de confiar nos seus homólogos "sósias" no FMI.

A elite financeira internacional precisa de executivos no FMI que não hesitem em usar padrões duplos e que passem por alto as grosseiras violações dos procedimentos usuais. Por exemplo, a atual diretora executiva, Christine Lagarde, empresta 30 mil milhões de dólares ao regime fantoche na Ucrânia, apesar de a imprensa financeira descrever com grande pormenor como os oligarcas corruptos roubaram milhares de milhões, com a cumplicidade da classe política ( Financial Times, 12/21/15, pg. 7). A mesma Lagarde muda de regras quanto ao reembolso da dívida [NR] , permitindo que a Ucrânia não cumpra o pagamento da sua dívida soberana à Rússia. A mesma Lagarde insiste que o governo grego de centro-direita reduza ainda mais as pensões na Grécia, abaixo do nível de pobreza, levando a que o regime acomodatício de Alexis Tsipras apele ao FMI para se manter fora do resgate ( Financial Times, 12/21/15, pg.1).

Evidentemente, o corte selvagem dos padrões de vida, que os executivos do FMI decretam por toda a parte, não deixa de estar ligado à sua história pessoal criminosa. Violadores, vigaristas, militaristas, são as pessoas certas para dirigirem uma instituição que empobrece 99% e enriquece 1% dos super-ricos.
[NR] Ver O colapso da ordem financeira global começa dia 21

O original encontra-se em petras.lahaine.org/?p=2069 . Tradução de Margarida Ferreira.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/





http://resistir.info/petras/petras_25dez15_p.html

¿Quién pagará por la debacle capitalista mundial que se viene? 28/01/2016



Basem Tajeldine y Laila Tajeldine
Rebelión


Muchos estudiosos se equivocan cuando afirman que la actual crisis económica que sacude a los centros capitalistas mundiales occidentales (entiéndase Estados Unidos, Unión Europea) afecta a todos los sectores sociales por igual, ricos y pobres, y al sistema en su totalidad, lo que generará las condiciones para una revolución social en aquellos países. Sin embargo, la realidad es otra. Si bien existe una crisis estructural del capitalismo global, todos los datos recogidos por reconocidas agencias de estudios económicos indican que la burguesía consolida su dominio haciendo pagar a los trabajadores de sus países y a la periferia capitalista el desastre provocado por el sistema.

En investigaciones publicadas por los diarios La Jornada, la Agencia AP, también recogida por el Correo del Orinoco, se destaca datos alarmantes que están haciendo temblar a las economías centrales.

El artículo menciona que los mercados bursátiles del mundo han tenido en el mes de enero "el peor inicio de año desde la gran depresión de finales de los años 20 del siglo pasado". En sólo tres semanas las pérdidas en las diferentes plazas rozan 8 billones (millones de millones) de dólares, destrucción de riqueza que, comparativamente, equivale a la mitad del valor de la economía de Estados Unidos. Datos para llorar.

Continúa el artículo manifestando que:

"La tendencia de los mercados financieros en días recientes, marcada por un desplome de los precios del petróleo y otras materias primas; la devaluación de las monedas de países emergentes frente al dólar y la desaceleración de la economía china, cuyo crecimiento de 6.9 por ciento en 2015 fue el más bajo en 25 años, avivó temores de que la economía global se encamine a una recesión, cuando todavía no ha superado en su totalidad los efectos de la iniciada en 2009, expusieron analistas.

En medio del creciente clima pesimista que inunda los mercados financieros, se perdieron cerca de 7.8 billones de dólares del valor de las acciones en las tres semanas anteriores al 21 de enero, señaló Bank of América Merrill Lynch (BAML).

"No descartamos una recesión el próximo año. Habrá problemas y nos preocupa la falta de municiones políticas para lidiar con un impacto de envergadura", dijeron Ethan Harris y Emanuella Enenajor en una nota del Ba nco de In versión, uno de los más importantes de Wall Street.

David Buik, analista del B anco de I nversión Panmure Gordon, apuntó que la "carnicería financiera" en los mercados de valores en las primeras semanas del año marcó el peor inicio desde 1928.

La Bolsa Mexicana de Valores registra una pérdida de 3.16 por ciento, mientras el índice Bovespa de la bolsa de Sao Paulo, la mayor de América Latina, agrupa una baja de más , de 8 por ciento y se encuentra en s u nivel más bajo desde marzo de 2009.

En Londres el índice Ftse 100 perdió 9.11 por ciento hasta el pasado miércoles, cuando se desplomaron los mercados globales, con lo que las bolsas europeas se ubicaron en niveles mínimos en 15 meses". [1]

Según ha revelado una investigación de la agencia “Economía para el 1 % de Oxfam” solo 62 personas más ricas del mundo poseen la misma cantidad de dinero que la mitad de la población mundial [2] Otros informes indican que la desigualdades continuarán en ascenso, devorando especialmente a la clase media de los países desarrollados. La cruel realidad es el mantenimiento de esta lógica de acumulación desmedida, de éxito de las élites.

El economista y Premio Nobel en el 2008, Paul Krugman, escribía en el Periódico “The New York Times” que la desigualdad afecta los niveles de “productividad” [3], y más allá de proponer soluciones radicales a la pobreza creciente en EE.UU., lo que realmente importa para el economista es la posibilidad que ofrece el sistema para “redistribuir” una pequeña parte de las riquezas capturadas por las élites por medio de impuestos, lo que podría elevar la productividad, haciendo más rico a los ricos, pero sin afectar tanto a los pobres. Un total absurdo.

El economista Krugman es consciente de lo inevitable de la desigualdad, porque la naturaleza del sistema la reproduce. Sin embargo, en su artículo se limita a criticar “los excesos” del capitalismo y a proponer sólo mayores impuestos a los ricos, por lo que recuerda el período de mayor crecimiento y avance tecnológico más rápido en los Estados Unidos se dio durante los cincuenta y los sesenta, cuando "los impuestos eran mucho más elevados para quienes disponían de mayores ingresos y la desigualdad era mucho menor en comparación con la época actual" escribe en el mismo artículo.

La desigualdad es precisamente la afirmación del dominio de la burguesía: su poder y victoria sobre el resto de las clases. La crisis, como ha sido una constante en la historia, la pagaron, la pagan y la seguirán pagando los trabajadores de los centros capitalistas con políticas destinadas a reducir sus salarios, la flexibilización laboral y el fin de los programas asistencialistas. Pero también la pagarán los trabajadores de la periferia capitalista con la desestabilización y el derrocamiento de gobiernos progresistas y revolucionarios y las guerras imperialistas, a fin de colocar esos territorios y recursos a sus insaciables disposiciones. De ésta manera, la burguesía pretende lograr su objetivo de someter y controlar a toda la humanidad por medio de la enajenación del trabajador, competencia por escasos empleos, la represión y las guerras.

Frente a ello existe una maquinaria mundial encargada de invisibilizar esta realidad que afecta cada vez a más personas en el mundo, achacando la responsabilidad a “malas decisiones económicas” y desviando su vez la atención en asuntos de seguridad “lucha contra el terrorismo”, que al final responden a fortalecer la hegemonía burguesa y el sistema económico imperante.

Solo un pueblo consciente y organizado será capaz de revertir las medidas que vayan su detrimento, para ello se hace necesario la toma del poder por el proletariado, única garantía de seguridad social. La crisis sistémica solo confirma lo que la humanidad nos pide a gritos, la necesidad de cambiar el modelo económico y productivo de desarrollo desigual, expoliador e inequitativo, y sustituirlo por otro, justo, de control de los medios de producción y distribución social equitativa.

Fuentes:

[1] Nueva crisis global. http://www.correodelorinoco.gob.ve/politica/bolsas-globales-tienen-peor-inicio-ano-pierden-8-billones-dolares/

[2] Investigación de “Economía para el 1 % de Oxfam”. http://www.oxfam.org/es/sala-de-prensa/notas-de-prensa/2016-01-18/62-personas-poseen-la-misma-riqueza-que-la-mitad-de-la

[3] Artículo de Paul Krugman. http://mobile.nytimes.com/2016/01/15/universal/es/opinion-paul-krugman-es-necesaria-tanta-desigualdad.html?referer=



http://www.rebelion.org/noticia.php?id=208282



Rebelión ha publicado este artículo con el permiso de las autoras mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.



quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Análisis de la "clase de Davos" ¿A quién representa realmente el Foro Económico Mundial? 27/01/2016



TNI




Según el Foro Económico Mundial (WEF), 2.500 personas, entre las cuales 40 jefes de Estado, asistirán al encuentro anual en Davos del 20 al 23 de enero de 2016. El Foro afirma que su misión consiste en “mejorar el estado del mundo” y en “desarrollar agendas globales, regionales e industriales” [1].

¿A quién dice representar el Foro Económico Mundial?

El Foro Económico Mundial (WEF) afirma que es “responsable ante todos los sectores de la sociedad”, dedicándose a “combinar y armonizar lo mejor de muchos tipos de entidades, tanto del sector público como privado, organizaciones internacionales e instituciones académicas”.

Sin embargo, las propias estadísticas del WEF sobre la asistencia a Davos en 2015 ponen de manifiesto que el encuentro se halla dominado por hombres (83%), procedentes fundamentalmente de Europa y los Estados Unidos (75%) [2].

Por otro lado, su base de miembros permanentes la conforman exclusivamente 1.000 de las mayores empresas del mundo, la mayor parte de las cuales tiene una facturación anual de más de 5.000 millones de dólares. Análisis del TNI: la junta directiva del Foro Económico Mundial

Para entender mejor el Foro Económico Mundial (WEF), el TNI ha realizado un análisis de las 24 personas que integran su junta directiva con el fin de determinar si este grupo, al que se le ha encomendado proteger “la misión y los valores” del Foro, es realmente representativo y responsable ante la sociedad.

Nuestro análisis revela que:
Solo 6 de los 24 integrantes de la junta directiva son mujeres (25%).
16 son de Norteamérica y Europa (67%). Ninguno de los miembros de la junta procede de África.
La mitad de la junta (12) está compuesta por directivos empresariales. Sin embargo, si se repasan sus carreras, 16 cuentan con experiencia en grandes empresas (67%).
22 de los 24 integrantes de la junta fueron a la universidad en los Estados Unidos o Europa; de estos, 10 fueron a la misma universidad: Harvard.
Solo uno de sus miembros puede decirse que represente a la sociedad civil (Peter Maurer, de la Cruz Roja). En la junta no participa ningún representante de sindicatos, entidades del sector público, grupos de derechos humanos, organizaciones campesinas o indígenas, estudiantes ni jóvenes.

Si se examina con mayor detalle la trayectoria de algunos de los miembros de la junta, también se constata una alta incidencia de un estrecho pensamiento ideológico y de conflictos de interés. Varios de ellos son directivos de grandes empresas con un largo historial de abusos sociales y ambientales, lo cual siembra dudas sobre la supuesta misión de la junta de “promover una verdadera ciudadanía global”.
Peter Brabeck-Letmathe, presidente de Nestlé, es conocido por tildar el derecho humano al agua de posición “extrema”. Nestlé tiene un controvertido historial en ámbitos como el embotellamiento de agua, la comercialización de sustitutos de la leche materna y el trabajo infantil en plantaciones de cacao en Costa de Marfil.
Christine Lagarde, directora general del Fondo Monetario Internacional (FMI), está actualmente acusada por los tribunales franceses de “negligencia” por su papel en un acuerdo de arbitraje de 403 millones de euros cerrado en 2008 a favor del empresario Bernard Tapie.
Mukhesh Ambani, presidente de Reliance Industries, es conocido por ser el hombre más rico de la India. Tiene una casa valorada en mil millones de dólares, con 27 pisos, para una familia de seis personas, en un país en el que el 40% de los niños y niñas padecen desnutrición.
Heiko Takenaka, director del Instituto de Investigación para la Seguridad Global de la Universidad de Keio, en Japón, ha enfrentado una importante controversia política por su plan de privatización de los servicios postales y por alternar su permiso de residencia entre Japón y los Estados Unidos para evitar pagar los impuestos sobre la renta.


> Ver infografía sobre la junta directiva del Foro Económico Mundial: http://davosclass.tni.org/es ¿Por qué esto es importante?

Al Foro Económico Mundial (WEF) le gusta presentarse como un actor preocupado por la situación del mundo, consternado por la desigualdad creciente y comprometido con la construcción de una globalización progresiva. Sin embargo, el hecho de que sus propias estructuras de gobierno estén dominadas por los oligarcas y los directivos empresariales más ricos del mundo, empecinados en minimizar las regulaciones para maximizar las ganancias de sus empresas, plantea serias dudas sobre los intereses a los que sirven realmente.

Susan George, politóloga, activista y presidenta de la junta del TNI, llama a estas élites “la clase de Davos”, una clase de “individuos resueltos, poderosos y educados” que, “pese a los agradables modales y la bien entallada ropa de sus miembros, es depredadora” [3].

El verdadero problema no solo está en que “la clase de Davos” tenga ocasión de reunirse y elaborar sus estrategias, sino más bien en que impulsen agendas globales que sirven en gran medida a sus propios intereses económicos y que inciden de forma desproporcionada en los sectores pobres, sin ningún tipo de responsabilidad democrática.

Existen pruebas de que los debates en el WEF han impulsado la negociación de nuevos acuerdos de libre comercio que han propiciado la pérdida de empleos y un tremendo auge en las demandas de empresas contra Estados; facilitado la formación del G-20 que integró a algunos pequeños actores en la formulación de políticas globales pero que sigue excluyendo a la gran mayoría de países; y proporcionaron un foro en el que los bancos cabildearon con éxito para limitar la debida regulación de la industria financiera tras la crisis mundial [4].

Foro Económico Mundial: ¿el futuro de la gobernanza global?

El Foro Económico Mundial (WEF) también ha dejado claro que se considera a sí mismo un modelo de cómo debería gobernarse el mundo, promoviendo activamente su Iniciativa de Rediseño Global, que aboga por pasar de una gobernanza multilateral, basada en la toma de decisiones de cada Estado, a una gobernanza de múltiples partes interesadas, en que las grandes empresas tendrían un papel mucho más destacado y se convertirían, en efecto, en una suerte de ciudadanos globales [5]. Este proceso ya está en marcha, como atestigua la emergencia de cada vez más foros autodesignados como el Foro Mundial del Agua, el Consejo de Administración del Mar (MSC) o la Corporación de Internet para la Asignación de Nombres y Números (ICANN).

La junta directiva del Foro Económico Mundial refleja, en cierto sentido, una idea de cómo desea que funcione el mundo: un mundo dirigido por un pequeño grupo de directivos empresariales, hombres en su mayoría, con la misma educación y visión ideológica, y con la comparsa de diversos actores no empresariales para dar a sus acciones una pátina de legitimidad.

http://davosclass.tni.org/es

1. http://www.weforum.org/about/world-economic-forum


2. http://www.weforum.org/agenda/2015/01/infographic-who-is-at-davos-2015


3. https://www.tni.org/en/node/11327


4. https://www.tni.org/en/article/world-economic-forum-history-and-analysis


5. https://www.tni.org/es/art%C3%ADculo/caballo-de-troya-las-transnacionale...

Fuente: https://www.tni.org/es/publicacion/a-quien-representa-realmente-el-foro-economico-mundial



http://www.rebelion.org/noticia.php?id=208238

sábado, 23 de janeiro de 2016

O mundo enfrenta uma onda gigantesca de incumprimentos 23/01/2016



– A situação é pior do que em 2007, afirma responsável da OCDE
– A tarefa com que se deparam as autoridades globais é como administrar cancelamentos de dívida sem desencadear uma tempestade política


por Ambrose Evans-Pritchard [*]

O sistema financeiro global tornou-se perigosamente instável e enfrenta uma avalanche de bancarrotas que porão em causa a estabilidade social e política, advertiu um importante teórico monetário.

"A situação está pior do que em 2007. Nossa munição macroeconómica para combater declínios (dowturns) no essencial já foi toda gasta", afirmou William White, o presidente do comité de revisão da OCDE e antigo economista chefe do Bank for International Settlements (BIS).

"Dívida continuaram a acumular-se ao longo dos últimos oito anos e elas atingiram tais níveis por toda a parte do mundo que se tornaram uma poderosa causa de prejuízos", disse ele.

"Tornar-se-á óbvio na próxima recessão que muitas destas dívidas nunca serão cumpridas ou reembolsadas e isto será inconfortável para um bocado de pessoas que pensam possuírem activos que valem alguma coisa", disse ele a The Telegraph na véspera do Fórum Económico Mundial em Davos .

"A única questão é se somos capazes de olhar a realidade de frente e enfrentar o que está para vir de um modo ordenado, ou se será desordenadamente. Os jubileus de dívida têm-se verificado durante 5000 anos, já entre os sumérios".

A próxima tarefa com que se deparam autoridades globais é como administrar cancelamentos (write-offs) de dívidas e portanto um reordenamento de vencedores e perdedores na sociedade – sem lançar uma tempestade política.

O sr. White disse que credores da Europa provavelmente enfrentarão algumas das maiores perdas (haircuts). Bancos europeus já admitiram US$2 milhão de milhões (trillion) de empréstimos não cumpridos: eles estão fortemente expostos a mercados emergentes e estão quase certamente estendendo o prazo (rolling over) de mais dívidas podres que nunca foram reveladas.

O sistema bancário europeu pode ter de ser recapitalizado numa escala ainda não imaginada e novas regras de "bail-in" significa que qualquer possuidor de depósito acima da garantia de €100 mil terá de ajudar a pagar por isto.

As advertência têm repercussão especial uma vez que o sr. White foi uma das poucas vozes na fraternidade de banqueiros centrais que entre 2005 e 2008 declarou alto e bom som que a finança ocidental cavalgava loucamente para uma queda e que a economia global estava vulnerável a uma crise violenta.

O sr. White disse que estímulos da facilidade quantitativa (QE) e taxas zero por parte dos grandes bancos centrais após a crise do Lehman propagaram-se através do Extremo Oriente e de mercados emergentes, adicionando combustível a bolhas de crédito e um surto de contratação de empréstimos em dólares que era difícil de controlar num mundo de livres fluxos de capital.

O resultado é que estes países agora também foram arrastados para o pântano. A dívida pública e privada somadas atingiu alturas inéditas de 185 por cento do PIB em mercados emergentes e de 265 por cento no clube OCDE, ambas mais de 35 pontos percentuais acima do pico do último ciclo de crédito em 2007.

"Os mercados emergentes eram parte da solução após a crise do Lehman. Agora eles são também parte do problema" , afirmou o sr. White.

O sr. White, que também é o autor principal do recente relatório do G30 sobre o futuro da banca central após a crise, disse ser impossível saber o que será o disparador da próxima crise uma vez que o sistema global perdeu sua âncora e é intrinsecamente tendente para o colapso (breakdown).

Uma desvalorização chinesa tem claramente o potencial para estender-se em metástases. "Todo país importante está empenhado em guerras de divisas muito embora insistam em que o QE nada tem a ver com depreciação competitiva. Todos eles estão a jogar o jogo excepto a China – até então – e é um jogo de soma zero. A China podia realmente subir a aposta".

O sr. White disse que políticas QE e de moeda fácil por parte do US Federal Reserve e seus colegas tiveram o efeito de antecipar gastos futuros no que é conhecido como "suavização inter-temporal". Isto torna-se um vício tóxico com o tempo e finalmente perde tracção. No fim, o futuro o alcança. "Por definição, isto significa que você não pode gastar o dinheiro amanhã", disse ele.

Um reflexo de "assimetria" começou quando o Fed injectou demasiado estímulo para impedir uma depuração após o crash de 1987. As autoridades desde então permitiram que cada boom corresse o seu percurso – pensando que podiam seguramente arrumá-lo posteriormente – enquanto respondiam a cada choque com vivacidade. A crítica do BIS é que isto levou a um perpétuo viés facilitista, com taxas de juro a caírem sempre abaixo da sua "taxa natural wickeseliana" a cada ciclo de crédito.

O erro foi agravado na década de 1990 quando a China e a Europa do Leste subitamente juntaram-se à economia global, inundando o mundo com exportações baratas num "choque de oferta positivo". Preços cadentes de bens manufacturas mascararam a desenfreada inflação de activos que estava a acumular-se. "Os elaboradores políticos ficaram seduzidos pela inacção por um conjunto de crenças confortáveis, todas as quais vemos agora que eram falsas. Eles acreditavam que se a inflação estava sob controle, tudo estava bem", disse ele.

Em retrospectiva, os bancos centrais deveriam ter permitido que a deflação benigna desta fase (temporária) da globalização seguisse o seu curso. Ao alimentar bolhas de dívida, eles ao invés incubaram o que se demonstrou ser uma variante maligna, uma clássica deflação da dívida "fisherita" estilo década de 1930.

O sr. White afirmou que o Fed está agora num horrível dilema pois tenta libertar-se da QE e endireitar o navio outra vez. "É uma armadilha da dívida. As coisas estão tão más que não há resposta certa. Se eles elevarem taxas isso será detestável. Se não elevarem taxas, isso apenas faz as coisas piores", disse ele.

Não há caminho fácil para sair deste emaranhado. Mas o sr. White considerou que um bom arranque para governos seria travar a dependência de bancos centrais a fazerem seu trabalho sujo. Eles deveriam retornar ao primado orçamental – chame-o keynesiano, se quiser – e lançar uma blitz de investimento que se pague a si mesma através de crescimento mais alto.

"Sempre foi perigoso confiar em bancos centrais para resolver um problema de solvência pois tudo o que eles podem fazer é atacar problemas de liquidez. Isto é uma receita para a desordem e agora estamos a atingir o limite", afirmou.

19/Janeiro/2016 [*] Jornalista, fez a cobertura da conferência de Davos.

O original encontra-se em www.telegraph.co.uk/...

Esta notícia encontra-se em http://resistir.info/



http://resistir.info/crise/pritchard_19jan16.html

Una izquierda para el siglo XXI 23/01/2016


Raúl Zibechi
La Jornada

En los años 60 y 70 quien se incorporaba a la militancia escuchaba a menudo una frase: “Ser como el Che”. Con ella se sintetizaba una ética, una conducta, un modo de asumir la acción colectiva inspirada en el personaje que –con la entrega de su vida– se había convertido en brújula de una generación.

“Ser como el Che” era un lema que no pretendía que los militantes siguieran punto por punto el ejemplo de quien se había convertido en referencia ineludible. Era otra cosa. No un modelo a seguir, sino inspiración ética que implicaba una serie de renuncias, esas sí, a imagen y semejanza de la vida del Che.

Renunciar a las comodidades, a los beneficios materiales, incluso al poder conquistado en la revolución, estar dispuesto a arriesgar la vida, son valores centrales en esa herencia que hemos dado en llamar guevarismo. Esos fueron durante buen tiempo los ejes en torno a los que se organizó buena parte de la militancia de izquierda, por lo menos en América Latina.

Esa izquierda fue derrotada en un breve periodo que podemos situar entre los golpes de Estado de la década de 1970 y la caída del socialismo real, una década después. No se sale indemne de las grandes derrotas. Así como la caída de la comuna de París fue un parteaguas, según Georges Haupt, que llevó a las izquierdas de la época a introducir nuevos temas en sus agendas (la cuestión del partido pasó a ocupar un lugar central), las derrotas de los movimientos revolucionarios latinoamericanos parecen haber producido una hendidura en las izquierdas de comienzos del siglo XXI.

Aún es muy pronto para realizar una evaluación completa de ese viraje, ya que estamos encima del mismo, sin la suficiente distancia crítica y, sobre todo, autocrítica. Sin embargo, podemos adelantar algunas hipótesis que enhebren aquellas derrotas con la coyuntura actual que vivimos.

La primera es que no se trata de volver la historia atrás para repetir los viejos errores, que los hubo, y muchos. El vanguardismo fue el más evidente, acompañado de un serio voluntarismo que impidió comprender que la realidad que pretendimos transformar era bien diferente a lo que pensábamos, lo que llevó a subestimar el poder de las clases dominantes y, sobre todo, a creer que se vivía una situación revolucionaria.

Pero el vanguardismo no cede fácilmente. Está sólidamente arraigado en la cultura de las izquierdas y aunque fue derrotado en su versión guerrillera, parece haber mutado y sigue vivo tanto en los llamados movimientos sociales como en los partidos que pretenden saber qué es lo que quiere la población sin necesidad de escucharla. Gran parte de los gobiernos y los dirigentes progresistas son buen ejemplo de la pervivencia de un vanguardismo sin vanguardia proclamada.

La segunda tiene relación con el método, la lucha armada. Que la generación de los 60 y 70 hayamos cometido gruesos errores en el uso y abuso de la violencia no quiere decir que tengamos que tirarlo todo por la borda. Recordemos que por lo menos en Uruguay se pensaba que la acción genera conciencia, otorgando un poder casi mágico a la capacidad de la vanguardia armada para generar acción en las masas con su sola actividad, como si la gente pudiera actuar por reflejos mecánicos sin necesidad de organizarse y formarse.

Las organizaciones armadas cometieron, además, atrocidades indefendibles, utilizando la violencia no sólo contra los enemigos, sino a menudo contra el propio pueblo y también contra aquellos compañeros que presentaban diferencias políticas con su organización. Los asesinatos de Roque Dalton y la comandante Ana María, en El Salvador, son dos de los hechos más graves dentro del campo rebelde.

Sin embargo, eso no quiere decir que no haya que defenderse. No debemos pasar al extremo opuesto de confiar en las fuerzas armadas del sistema (como señala el vicepresidente de Bolivia), o despojar de su carácter de clase a las fuerzas represivas. Los ejemplos del EZLN, del pueblo mapuche de Chile, de la Guardia Indígena nasa en Colombia y de los indígenas amazónicos de Bagua en el Perú muestran que es necesario y posible organizar la defensa comunitaria colectiva.

La tercera cuestión es la más política y es la ética. En el legado del Che y en la práctica de aquella generación, el poder ocupaba un lugar central, algo que no podemos ni debemos negar. Pero la conquista del poder era para beneficio del pueblo, nunca jamás para beneficio propio, ni siquiera del grupo o partido que tomaba el poder estatal.

Sobre este tema hay una discusión abierta, en vista del balance negativo del ejercicio del poder por los partidos soviético y chino, entre otros. Pero más allá de los errores y horrores cometidos por los poderes revolucionarios en el siglo XX, incluso más allá de si es conveniente o no tomar el poder del Estado para cambiar el mundo, es necesario recordar que el poder era considerado un medio para transformar la sociedad, nunca un fin en sí mismo.

Sobre este asunto hay mucha tela donde cortar, en vista de la brutal corrupción enquistada en algunos gobiernos y partidos progresistas (en particular en Brasil y Venezuela), cuestiones que ya pocos se atreven a negar.

La izquierda que necesitamos para el siglo XXI no puede sino tener presente la historia de las luchas revolucionarias del pasado. Es necesario incorporar aquel lema “ser como el Che”, pero sin caer en vanguardismos. Una buena actualización de ese espíritu puede ser para todos todo, nada para nosotros. Lo mismo puede decirse del mandar obedeciendo, que parece un importante antídoto contra el vanguardismo.

Hay algo fundamental que no sería bueno dejar escapar. El tipo de militantes que necesita la izquierda del siglo XXI debe estar modelado por la voluntad de sacrificio (Benjamin). Es evidente que la frase suena fatal en periodos como el actual, pero nada podemos conseguir sin deshacernos de esa tremenda fantasía de que es posible cambiar el mundo votando cada cinco años y consumiendo el resto del tiempo.

Fuente: http://www.jornada.unam.mx/2016/01/22/opinion/018a2pol



http://www.rebelion.org/noticia.php?id=208095

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Cobalto, explotación infantil y teléfonos móviles: una historia verdadera 22/01/2016



Diagonal


Amnistía Internacional denuncia que niños de siete años trabajan en las minas de cobalto con el que se fabrican las baterías de móviles





Grandes empresas electrónicas, como Apple Samsung o Sony, no han sido capaces de controlar que cobalto extraído por menores trabajadores haya sido empleado en sus productos, según denuncian en un reportaje Amnistía Internacional y la ONG Afrewatch, especializada en investigar la vulneración de derechos humanos en la extracción de minerales.

Las dos organizaciones han rastreado la extracción de cobalto, empleado en las baterías de litio, en la República Democrática del Congo y su posterior venta a 16 multinacionales, y han comprobado que en ese proceso trabajan niños de siete años en condiciones peligrosas.

La investigación documenta cómo los intermediarios compran cobalto de zonas en las que el trabajo infantil está muy extendido y lo venden a Congo Dongfang Mining (CDM), una filial del gigante chino de la minería Huayou Cobalt.

Ver vídeo (en inglés): https://www.youtube.com/watch?v=7x4ASxHIrEA


"Millones de personas disfrutan de los beneficios de las nuevas tecnologías pero raramente se preguntan cómo se fabrican", afirma Mark Dummett, investigador de Negocios y Derechos Humanos de Amnistía Internacional. "El glamuroso escaparate de la tienda y todo el marketing de las tecnologías suponen un cruel contraste con los niños llevando sacos de rocas y mineros en estrechos túneles hechos a mano exponiéndose a daños pulmonares irreversibles".

Huayou Cobalt y CDM procesan el cobalto antes de venderlo a tres fabricantes de componentes de batería de móvil en China y Corea del Sur, según los documentos a los que las organizaciones han tenido acceso. Estos fabricantes de baterías aseguran que son proveedores de empresas de tecnología y automóviles como Apple, Microsoft, Samsung, Sony o Volkswagen.

Amnistía Internacional contactó con 16 multinacionales listadas como clientes de estas empresas. Una de las compañías admitió la conexión, cuatro fueron incapaces de decir si compran o no cobalto de la República Democrática del Congo o de Huayou Cobalt, seis aseguraron estar investigando, cinco negaron usar cobalto de la empresa china a pesar de figurar como clientes en los documentos de las fabricantes de baterías; y dos de las multinacionales desmintieron usar cobalto con origen en la RDC.

De manera reveladora, apuntan desde las ONG, ninguna aportó información que permita verificar de forma independiente de dónde procede el cobalto que emplean en sus productos.

"Es una paradoja enorme que en la era digital algunas de las compañías más ricas e innovadoras puedan vender dispositivos increíblemente sofisticados sin ser requeridas para mostrar de dónde obtienen la materia prima para sus componentes", explica Emmanuel Umpula, Director Ejecutivo de Afrewatch.

La República Democrática del Congo produce al menos la mitad del cobalto en el mundo. Uno de los mayores procesadores en el país es CDM, la filial de Huayou Cobalt, que aporta a la empresa matriz más del 40% del cobalto con el que ésta trabaja. Al menos 80 mineros que trabajan en esta zona murieron entre septiembre de 2014 y diciembre de 2015.

Los investigadores de Amnistía Internacional y Afrewatch entrevistaron a 87 mineros y exmineros, 17 de ellos niños, de cinco minas del sur del país.

Los niños aseguraron que trabajan hasta 12 horas al día en las minas, moviendo cargas pesadas, por menos de dos dólares. En 2014, aproximadamente 40.000 menores trabajaban en las explotaciones del sur de la RDC, según UNICEF, la mayoría de ellos extrayendo cobalto.

Paul, un niño huérfano de 14 años, empezó a trabajar a los 12, contó a los investigadores que pasar mucho tiempo bajo tierra le hace estar constantemente enfermo. "He llegado a pasar 24 horas en los túneles, llegaba por la mañana y salía a la mañana siguiente. Mi madre adoptiva quería que fuese al colegio pero mi padre adoptivo no, me hacía trabajar en la mina", lamenta.

"Los daños a la salud y los riesgos de seguridad hacen que la minería sea una de las formas más terribles del trabajo infantil. Compañías con unos beneficios de 125.000 millones no pueden afirmar de manera creíble que son incapaces de saber de dónde proceden los minerales clave en sus producciones", denuncia Dummett.

Fuente: http://www.diagonalperiodico.net/global/29113-cobalto-explotacion-infantil-y-telefonos-moviles-historia-verdadera.html

  http://www.rebelion.org/noticia.php?id=208065