segunda-feira, 2 de abril de 2012

Síria frustra tentativa de infiltração armada do Líbano 02/04/2012




Damasco – Forças sírias frustraram uma tentativa de infiltração do Líbano de homens armados e apetrechos bélicos, incluídas minas anti-blindados, a tempo prenderam importantes cabeças desses bandos em Ghouta Oriental, província de Damasco Campo.
  Estas ações têm lugar enquanto em Istambul, Turquia, representantes dos chamados Amigos da Síria, reúnem-se neste domingo para discutir e promover novas pressões contra Damasco e utilizar o encontro anti-sírio como golpe de efeito propagandístico um dia antes de que o enviado especial da ONU Kofi Annan renda um relatório ante o Conselho de Segurança.
Forças sírias enfrentaram um grupo armado que tentou penetrar no país através da fronteira com o Líbano pela zona de Baayoun para o distrito de Talkalakh, em Homs, reportaram as autoridades dessa província central a 162 quilômetros da capital.
Na ação pereceram um número dos quais tratavam de infiltrar-se e outros fugiram de regresso para território sírio, e deixaram abandonado os apetrechos bélicos que transportavam entre estes metralhadoras pesadas do modelo Dushka, fuzis de assalto, munições, granadas, bombas e material explosivo, indicou a agência de notícias SANA que cita fontes oficiais.
Os meios sírios também dão conta da detenção em Ghouta Oriental, localidade de Damasco Campo, de um número de indivíduos armados que estiveram cometendo crimes e ações terroristas, a quem lhe apreenderam todo o parque de armas que possuíam.
De acordo com o canal satelital saudita, Al-Arabiya, ponta de lança da mesma forma que a Al-Jazeera na guerra mediática contra Síria, entre os presos está o subcomandante do chamado Exército Sírio Livre, a quem identificou como coronel Al-Moastasim Billah Abu Al-Walid, segundo de Khaled Habous, chefe das operações que se preparavam contra Damasco e províncias próximas.
Fontes sírias consultadas pela Prensa Latina não negaram essa informação.
Segundo a Al-Arabiya, depois dos golpes sofridos em Homs, Idleb, Hama e Daraa onde foi aniquilado ou expulso o grosso desses bandos armados e terroristas, quem os dirigem para fora da Síria, basicamente na Turquia, optaram pela estratégia de golpes táticos relâmpagos de atacar e fugir, e também os atentados com carros bombas e explosivos. Iniciaram essas ações com o mortífero duplo atentado terrorista com carros bombas em Damasco no sábado 17 e um terceiro em Aleppo no domingo 18. Em ações de golpes táticos de terça-feira a quinta-feira passada, esses grupos mataram em emboscadas surpresas dois generais e sequestraram um terceiro, e ultimaram quatro coronéis e um major em Damasco Campo e Aleppo.
A captura de Abu Al-Walid aconteceu após vários dias de um relatório segundo o qual grupos de indivíduos experientes nesse tipo de operações encobertas e golpes terroristas planificavam uma campanha em Damasco e localidades vizinhas, o que circulou depois do aniquilamento de um bando que utilizava uma casa no distrito capitalino de Al-Mezzeh como centro de comando.
Segundo a Al-Arabiya, a rede de comando do denominado Exército Sírio Livre foi dividida e está muito localizada, e seus principais chefes que identifica como general Mustafa Al-Sheikh e tenente coronel Riad Al-Asaad vivem na Turquia.
Em Baba Amr, distrito de Homs recentemente visitado pelo presidente Bashar Al-Assad, as autoridades acharam um arsenal com rifles, metralhadoras, granadas, explosivos e grande quantidade de munições.
Ao mesmo tempo, na comunidade de Juret Al-Arayes pessoal da segurança invadiu um edifício de três andares que um grupo armado utilizava como esconderijo e apreenderam grande quantidade de armas, entre estas de fabricação israelense e norte-americana.
Em outras operações contras esses bandos, no povoado de Bab Al-Hawa, província de Idleb, as forças da ordem detiveram um veículo carregado com apetrechos, incluídas metralhadoras e equipes de comunicação sem fio, sofisticados óculos para visão noturna, miras telescópicas e munições.
Na localidade de Ariha, nessa mesma província a 335 quilômetros de Damasco, as autoridades desativaram duas potentes ônus explosivas, de 40 e 50 quilos, enquanto outras duas bombas de 35 e 50 quilos de potência estouraram na estrada de Idleb-Harem perto da Prisão Central dessa província, mas sem causar danos nem vítimas, reportou o Cham Press.
No sábado os comandos militares e das forças da ordem informaram que 20 efetivos receberam sepultura, entre estes um coronel, dois tenentes coronéis e um major.
Prensa Latina

"Cisco investirá R$ 1 bilhão no Brasil nos próximos 4 anos" 02.04.12



A Cisco anunciou investimento de R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos no Brasil. A Agência Estado havia antecipado na última sexta-feira o investimento anunciado pela multinacional de origem americana.Segundo o presidente da Cisco Brasil, Rodrigo Abreu, os recursos serão destinados à construção de um centro de inovação no Rio de Janeiro, na criação de um fundo de venture capital e na expansão da produção de equipamentos de tecnologia e conectividade no País.O executivo anunciou o investimento durante a abertura de um evento promovido pela empresa, que conta com a presença ainda do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.Abreu lembrou que a Cisco já está no Brasil há 18 anos e que a operação aqui é uma das dez maiores do grupo no mundo.

Governo federal emprestou mais de R$ 1,2 bilhão para microcrédito 02/04/2012



A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (2) que o Programa Nacional de Microcrédito (Crescer), lançado pelo governo federal no ano passado, já emprestou mais de R$ 1,2 bilhão para pequenos empreendedores.
“É um dinheiro que foi aplicado para melhorar, ampliar ou até mesmo começar um novo negócio”, explicou, no programa semanal Café com a Presidenta. Segundo ela, foram mais de R$ 1 milhão de empréstimos entre setembro de 2011 e março deste ano, com um valor médio de R$ 1.200. “Parece pouco, mas tem mudado a vida de muita gente”.
Para a presidenta, o êxito do programa se deve ao baixo custo dos empréstimos. “O que acontece é que o dinheiro ficou barato e as pessoas puderam então, com ele, realizar melhores negócios”, avaliou.
O Crescer concede crédito que pode variar de R$ 300 a R$ 15 mil. O interessado deve procurar um banco público para fazer o empréstimo. Segundo Dilma, 218.500 beneficiários do Bolsa Família tomaram empréstimos apenas nos três primeiros meses do programa.
“Esses primeiros resultados mostram que estamos conseguindo, de fato, democratizar o acesso ao crédito no país. É um crédito produtivo, que ajuda a gerar empregos, sustentar o crescimento e fortalecer ainda mais o nosso mercado interno”, concluiu Dilma.
Com informações da Agência Brasil

O CACHOEIRA É FIO D’ÁGUA 02/04/2012


Laerte Braga

Laerte Braga 
A corrupção no Brasil é consequência do sistema político e econômico. A expressão “desprivatizar o Estado” foi usada, pelo menos eu a ouvi pela primeira vez, na campanha de 1989. E da boca de Roberto Freire, hoje um dos principais aliados da privataria tucana. Foi em resposta a uma pergunta numa palestra sobre os propósitos anunciados por Collor de Mello, ambos eram candidatos a presidente, de privatizar setores essenciais da economia.
Collor chamava isso de “modernizar o Estado”. Como não deu certo chamaram FHC.
Quem?
Os principais acionistas do Estado brasileiro. Banqueiros, grandes corporações nacionais e internacionais e latifúndio.
Quando a REDE GLOBO através do FANTÁSTICO denunciou uma série de contratos fraudulentos de terceirização de serviços públicos e colocou-se como paladina da moral e dos bons costumes, estava, na prática, denunciando bagrinhos que despencavam nessas várias cachoeiras da corrupção.
Se quisesse mesmo denunciar corrupção de alto coturno teria pego empresas como a QUEIROZ GALVÃO, a NORBERTO ODEBRECHT, a ANDRADE GUTIERREZ, os grandes bancos que operam no País, as companhias que foram agraciadas com os serviços de telefonia e energia no governo de FHC e todo o entorno da PETROBRAS que FHC conseguiu colocar em mãos de companhias estrangeiras, descaracterizando a empresa brasileira.
Ou toda a malha de máfias que opera os serviços públicos privatizados ou terceirizados e ainda os que executam obras públicas sob contrato.
Não o fez e nem o fará, existe concorrência entre essas máfias e a GLOBO é parte delas.
O mesmo vale para VEJA, hoje caracterizada como revista de uma banda do crime organizado.
Carlinhos Cachoeira é uma queda de pequeno porte diante das grandes quadrilhas financeiras e empresariais e Demóstenes Torres um anão perto de FHC, José Serra, Pedro Malan, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, Daniel Dantas, Nagi Nahas, etc. Um fio d’água nesse processo.
Capitalismo e corrupção são inseparáveis. Um é parte intrínseca do outro.
Quando o então delegado Protógenes Queiroz chegou perto da cúpula dessas máfias, a prisão de Daniel Dantas, a reação foi imediata e fulminante. Gilmar Mendes, à época presidente do Supremo Tribunal Federal – STF – concedeu dois habeas corpus em menos de duas horas, a Operação Satiagraha foi desqualificada e Protógenes jogado no inferno da execração pública por supostas irregularidades na investigação. Ele, o juiz e o procurador que participaram da Operação.
Para tirar o foco da repercussão negativa dos habeas corpus, num espaço ínfimo de tempo arranjaram uma gravação de conversa entre o senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes, virou capa de VEJA e a acusação estrondosa – o gabinete de Gilmar Mendes estava sendo alvo de escutas ilegais por parte da ABIN. Lula não comprou a briga, como de fato não comprou nenhuma briga grande em seu governo, contornou os momentos difíceis – afinal é um clube de amigos e inimigos cordiais – e afastou o diretor da ABIN.
Mataram o assunto, esvaziaram a Satiagraha, recolocaram a “reputação” de Gilmar Mendes no seu lugar (um lugar complicado), mas essencial dentro do clube.
A maior parte, esmagadora, de deputados e senadores faz suas campanhas com doações de bancos, empresas e latifundiários. É uma forma de ver o problema dos financiamentos de campanhas eleitorais. No duro mesmo a esmagadora maioria dos deputados, senadores, governadores, prefeitos, deputados estaduais, etc., etc., é resultado de ajustes entre os principais acionistas do Estado.
Compram, é simples.
Demóstenes Torres é um dos que integram o grupo de faz tudo. Fac totum. Opera para bancos, para empreiteiras, como opera para Carlinhos Cachoeira.
Desde as grandes quedas d’água como a QUEIROZ GALVÃO, os bancos, etc., como as pequenas, aquelas denunciadas pela GLOBO no FANTÁSTICO.
Há uma regra básica nas máfias. Se alguém cai as “famílias” cuidam das famílias do que caiu, mas esse vai para o brejo sozinho, pois se abrir a boca acorda no fundo de uma cachoeira preso a um bloco de concreto.
Demóstenes sabe disso. Não vai colocar em risco uma aposentadoria tranquila. O argumento de seu advogado, segundo o qual as escutas eram ilegais, pois como senador tem foro privilegiado são ridículas. Carlinhos Cachoeira era o alvo das investigações, Demóstenes foi um peixe pego em meio a queda do fio d’água. No momento da denúncia basta ao procurador denunciá-lo ao STF e pronto. Não há como excluir essas escutas, essas gravações.
Qualquer governo que se disponha a governar segundo as regras do jogo acaba dentro dessa armadilha. Bancada evangélica, bancada ruralista, quadrilhas específicas que atuam no Congresso Nacional ao lado de figuras como Demóstenes, Stephan Nercessian, Roberto Freire, ACM Neto e por conta disso acaba desfigurado em seus propósitos como aconteceu com o governo Lula e acontece com o governo Dilma.
Refém de figuras como Michel Temer por exemplo.
Sob constante ameaça de escândalos fabricados pela mídia de mercado.
Verdadeiros ou não.
Um exemplo? A GLOBO sabe que o sogro de Sérgio Cabral é o “dono” do negócio de transportes coletivos em boa parte dos municípios do estado do Rio, quer colocar as mãos no bonde de Santa Teresa e transformá-lo em privilégio para turistas, mas não denuncia.
O que há é guerra de quadrilhas, ou ajuste da placas tectônicas das máfias que operam e controlam o Estado como instituição em suas três dimensões (nacional, estaduais e municipais), situação que se repete historicamente desde a primeira quadrilha de banqueiros, ou grandes empresários, ou latifundiários, na história da humanidade.
Num dado momento alguém vai para o sacrifício. É preciso mostrar ao povo que “estão atentos” na vigilância da coisa pública.
Não é nem o caso da Polícia Federal nessa situação de Carlinhos Cachoeira. No duro mesmo entra de gaiato nessa conversa toda. No tempo de FHC nem se movia diante de verdadeiras monstruosidades no processo de privatizações.
Carlinhos Cachoeira, bandido sim, vai pagar o pato até um determinado ponto. Demóstenes Torres idem ibidem e o rio volta a correr normalmente até o momento em que vira a grande cachoeira de banqueiros, empreiteiros, latifundiários, as grandes corporações multinacionais que controlam o Brasil; o de sempre.
A questão é de modelo político e sistema econômico. O capitalismo não leva a lugar nenhum diferente disso que estamos vendo. A ênfase que a mídia de mercado coloca nas denúncias faz parte do espetáculo, do show para manter inerte e ludibriada a esmagadora maioria dos brasileiros.
Eike Batista, outro exemplo. Vira modelo de empreendedor, de gerador de progresso, etc., mas salva o seu, afunda suas empresas com o dinheiro do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – e vende tudo para um fundo de Abu Dhabi.
E o Brasil e os brasileiros vamos para as cucuias.
Ao lado as privatizações do governo FHC, um dos maiores crimes que se cometeu contra o País foi o acordo de livre comércio entre o Brasil e Israel, no governo Lula. Grupos econômicos sionistas começaram a comprar o País de forma voraz e o que chamam de potência emergente, aquela que surge no cenário como protagonista, é apenas potência de ocasião, ou seja, no tempo certo, a critério dos donos, vira entreposto.
Estão infiltrados em setores chaves do Estado.
Por trás do fio d’água Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres, o governador Marcondes Perillo de Goiás (que retirou de circulação a revista CARTA CAPITAL em seu estado por revelar suas ligações com Cachoeira), existe uma corja muito maior.
Está aboletada no Estado, controla o mundo institucional e nenhuma eleição vai resolver esse tipo de problema.
A luta é nas ruas até porque nem somos mais o ponto nevrálgico da América Latina como dizia Nixon e sempre imaginaram os norte-americanos. Somos agora parte da Grande Colômbia.
E isso tudo com governo petista. Imagine se fosse tucano.

Enviadopor Sílvio de Barros Pinheiro

Estudo comprova que Einstein estava certo sobre expansão do universo 02/04/2012

Britânicos e alemães afirmam que Teoria de Relatividade elaborada pelo físico é 'incrivelmente precisa'


Efe
LONDRES - A Teoria da Relatividade de Albert Einstein é "incrivelmente precisa", reafirma um estudo publicado nesta sexta-feira, 30, que ressalta os acertos dos cálculos do físico alemão na hora de explicar a expansão do universo.
Dados obtidos nos estudos sobre a Teoria da Relatividade são 'totalmente consistentes' - Arquivo/AE
Arquivo/AE
Dados obtidos nos estudos sobre a Teoria da Relatividade são 'totalmente consistentes'
A conclusão é de uma pesquisa feita por uma equipe de físicos da Universidade de Portsmouth (Grã-Bretanha) e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre (Alemanha), cujos resultados foram anunciados em um encontro nacional de astronomia na Universidade de Manchester (Inglaterra).
Assim, a expansão do universo poderia ser explicada mediante a teoria de Einstein e a constante cosmológica, uma combinação que representa a resposta "mais simples" para este fenômeno, segundo os especialistas.
Os pesquisadores se centraram no período compreendido entre 5 bilhões e 6 bilhões de anos, quando o universo tinha quase a metade da idade de agora, e realizaram medições com uma precisão "extraordinária". A Teoria da Relatividade de Einstein prediz a velocidade pela qual galáxias muito afastadas entre si se expandem e se distanciam entre si, e a velocidade com a qual o Universo deve estar crescendo na atualidade.
Estes resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, "a melhor medição da distância intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão mais perto que no passado de compreender por que a expansão do Universo está se acelerando". Neste processo parece ter um grande protagonismo a energia do vazio, relacionada com o período inicial da expansão, e segundo alguns astrofísicos também com a aceleração da expansão do universo.
Na opinião de Rita, o melhor da Teoria Geral da Relatividade de Einstein é que ela pode ser comprovada e que os dados obtidos neste estudo "são totalmente consistentes" com a noção de que esta energia do vazio é a responsável pelo efeito de expansão.
Segundo os especialistas, esta confirmação ajudará os cientistas a compreender melhor o que é que causa este misterioso processo e por que ele acontece. Eles também esperam avançar na pesquisa da matéria escura, aquela que não emite suficiente radiação eletromagnética para ser detectada com os meios técnicos atuais, mas cuja existência pode ser deduzida a partir dos efeitos gravitacionais que causa na matéria visível, tais como as estrelas e as galáxias.
Os físicos calculam que a matéria escura representa cerca de 20% do universo, e o estudo publicado parece respaldar sua existência. "Os resultados não mostram nenhuma evidência de que a energia escura seja simplesmente uma ilusão fruto de nosso pobre entendimento das leis da gravidade", acrescentou Rita.

Balança comercial acumula superávit de US$ 2,440 bilhões no 1º tri 02/04/2012

Superávit comercial brasileiro em março foi de US$ 2,019 bilhões, o maior resultado para o mês desde 2007


Eduardo Rodrigues e Célia Froufe, da Agência Estado
BRASÍLIA - O superávit comercial brasileiro em março foi de US$ 2,019 bilhões, o maior resultado para o mês desde 2007, segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres. "O saldo comercial nos chama atenção", comentou durante entrevista coletiva.
Ela ressaltou que, apesar de não ser recorde, tanto as exportações quanto as importações foram recorde para meses de março. No mês passado, o saldo foi de US$ 2,019 bilhões, com as exportações totalizando US$ 20,911 bilhões e as importações, US$ 18,892 bilhões.
O resultado de março superou as estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que iam de US$ 794 milhões a US$ 1,6 bilhão, com mediana de US$ 1,404 bilhão.

Na quinta semana de março (dias 26 a 31), o saldo foi positivo em US$ 919 milhões, decorrente de US$ 4,634 bilhões em embarques e US$ 3,715 bilhões em compras do exterior.
No ano, a balança comercial brasileira acumula superávit de US$ 2,440 bilhões. As exportações somaram US$ 55,080 bilhões no primeiro trimestre de 2012, e as importações chegaram a US$ 52,640 bilhões.
Exportações
As exportações de produtos básicos foram as principais responsáveis pelo saldo positivo da balança comercial brasileira em março. Na comparação com março do ano passado, as vendas de bens primários cresceram 10,4%, chegando a US$ 10,1 bilhões, quase a metade do total de US$ 20,9 bilhões exportados no mês.
Já as vendas de bens intermediários caíram 15,5% na comparação com março de 2011, ficando em US$ 2,4 bilhões. "Houve uma queda expressiva das exportações brasileiras de açúcar para a Rússia. Esse item puxou pra baixo o desempenho brasileiro de semimanufaturados", avaliou Tatiana Prazeres.
As exportações de produtos manufaturados expandiram apenas 1,5% em março, para US$ 7,9 bilhões. Segundo a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o desempenho foi influenciado pela queda de 29% nas vendas de automóveis para a Argentina no mês.
Soja
As exportações brasileiras de soja foram o destaque da pauta em março, na avaliação de Tatiana Prazeres. "A soja nos chama atenção, com aumento de 99% no valor exportado no primeiro trimestre do ano, refletindo mais o aumento da quantidade", comentou. Apenas em março na comparação com março do ano passado, o crescimento foi de 42,3% para US$ 2,1 bilhões.
A secretária atribuiu o aumento das vendas à quebra de safra nos Estados Unidos e à necessidade de o mundo, principalmente a China, manter seus estoques. "Com isso, tem sido possível para o Brasil manter as exportações de soja. A safra entra agora, vamos observar com atenção a evolução do produto", disse.
Tatiana enfatizou que o aumento das vendas, ao lado da maior comercialização de petróleo, ajudou a neutralizar a queda das exportações de minério de ferro, que registrou queda de 18% no primeiro trimestre do ano na comparação com o período de janeiro a março de 2011. "No último mês, ainda vimos a recuperação das quantidades embarcadas, mas a queda do preços ainda não é suficiente para fazer com que as variações sejam positivas em relação ao ano passado", comparou.
Média diária
A média diária do saldo da balança comercial em março subiu 1,7%, passando para US$ 91,8 milhões, de US$ 90,3 milhões em fevereiro.
A média diária é resultado de um superávit comercial em março de US$ 2,019 bilhões, que é 17,7% superior ao superávit de US$ 1,715 bilhão registrado em fevereiro.
Na comparação com março de 2011, a média diária em março deste ano cresceu 24% ante os US$ 74 milhões verificados em igual mês do ano passado. Em relação ao valor absoluto, o crescimento foi de 29,9%, ante um resultado de US$ 1,554 bilhão.
Por outro lado, o superávit acumulado no primeiro trimestre deste ano de US$ 2,440 bilhões é 22,4% inferior ao obtido no período de janeiro a março do ano passado. No primeiro trimestre de 2011, o saldo foi positivo em US$ 3,145 bilhões.
A queda ocorre porque o ritmo de crescimento das importações em 2012 é maior do que o verificado nas exportações. Pela média diária de janeiro a março, os embarques cresceram 5,8% em relação ao mesmo período de 2011, passando de US$ 826,3 milhões para US$ 874,3 milhões. Já o aumento das compras do exterior foi de 7,7%, com a média por dia útil passando de US$ 759,9 milhões para US$ 915,8 milhões.
Bens de capital
A média das compras brasileiras diárias de bens de capital registrou queda de 3,2% em março ante o mesmo mês do ano passado, saindo de US$ 186,5 milhões para US$ 180,6 milhões. "Houve uma ligeira queda (nas compras) de bens de capital. Nos chama atenção esse dado, mas, no acumulado do ano, houve crescimento", disse a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres. No trimestre, a expansão foi de 5,9% na comparação com o período de janeiro a março do ano passado.
Os itens que compõem o segmento de bens de capital muitas vezes são adquiridos pelas indústrias para ampliar e modernizar a capacidade de produção do setor. Outro termômetro são as compras de matérias-primas e bens intermediários, que registraram crescimento em março, mas de apenas 1% ante o mesmo mês de 2011. No acumulado do ano, o incremento é de 4,2%. "O aumento das importações é bem distribuído em diferentes categorias de uso, salvo bens de capital", comentou.
O que tem liderado as importações são os bens de consumo não duráveis, cujo crescimento em março foi de 15,6%. Já os bens duráveis ficaram estagnados, a despeito da expansão de 4,2%, nas compras de automóveis importados. As compras de combustíveis e lubrificantes cresceram 5% no mês, apesar da queda de 19,9% nas compras de petróleo.
Incertezas
Ainda há sinais pouco claros sobre o cenário internacional em relação à tendência de comércio, segundo Tatiana Prazeres. "O cenário é de incertezas no âmbito nacional, refletindo sobre a balança comercial brasileira", comentou.
Ela destacou que a União Europeia, por exemplo, tem dados sinais "pouco claros", com variações de um mês para o outro dentro de uma mesma região. "O que nos chama atenção na União Europeia é a queda para mercados relevantes como Alemanha, Itália e Espanha", disse. Ela acrescentou, porém, que para outros países, como Irlanda, Portugal e França, o Brasil tem conseguido ampliar as exportações.

Caixa registrou captação líquida de R$ 1,49 bi na poupança em março 02/04/2012

Desempenho é mais de seis vezes maior que o visto em igual mês do ano passado


Fernando Nakagawa, da Agência Estado
BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal divulgou que registrou captação líquida positiva de R$ 1,49 bilhão nas cadernetas de poupança em março. Em nota à imprensa, a instituição afirma que o desempenho é mais de seis vezes maior que o visto em igual mês do ano passado. No fim de março, o banco somava R$ 154,2 bilhões de saldo na poupança em 43,8 milhões de cadernetas.
O vice-presidente de pessoa física da Caixa, Fábio Lenza, acredita que o bom desempenho deve continuar pelos próximos meses. Entre os motivos, o executivo cita "a competitiva rentabilidade do produto" que deve atrair novos clientes.
Atualmente, um dos principais debates da equipe econômica é a rentabilidade preestabelecida da poupança, que paga Taxa Referencial (TR) acrescida de juro de 0,5% por mês. Por ter essa característica, a caderneta passa a ser cada vez mais competitiva em um cenário como o atual de queda do juro básico da economia, a taxa Selic. Há o temor no governo de que a rentabilidade das cadernetas possa atrair investidores que atualmente investem em títulos do governo federal, o que poderia atrapalhar a gestão da dívida pública pelo Tesouro Nacional.
Dados do Banco Central atualizados até o dia 27 mostram que o mês de março registrava, até aquela data, captação líquida negativa - saques maiores que os depósitos - de R$ 325,6 milhões. Vale observar, porém, que as contas costumam registrar forte volume de depósitos no último dia do mês, data em que muitos trabalhadores recebem salário.