segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Brasileiros reafirmam o ‘Fora, Temer’ na Holanda 30/01/2017

 

Compareceram no encontro de Amsterdam mais de 20 coletivos de muitos países – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda, Itália, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Noruega –, para um balanço sobre a situação política no Brasil, sobre o trabalho realizado por eles nestes anos e para organizar as atividades futuras do conjunto dos coletivos formados nos países europeus


Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual - No começo da atual crise política brasileira, a imprensa internacional reproduzia literalmente as versões da chamada grande mídia do país. Tratava-se de um governo corrupto, submetido a uma ofensiva da oposição para derrubá-lo. Quando a crise se aprofundou, a mídia internacional mandou seus correspondentes. E eles puderam constatar, pela própria oposição Dilma-Eduardo Cunha, que a história era inversa.

Começou a ser revertida a visão que tinha sido difundida pelo mundo afora, com manchetes impressionantes de jornais como The New York Times, The Wall Street Journal, The Guardian, desqualificando totalmente a oposição, divulgando para o mundo que se tratava de um golpe desferido pelos políticos mais corruptos do Brasil. O Le Monde chegou a publicar um editorial fazendo autocrítica por ter acreditado na imprensa brasileira.

Tal consenso internacional foi sendo construído paralelamente a manifestações em muitos países, entre eles nos Estados Unidos e Argentina, mas especialmente na Europa. Foram sendo formados, espontaneamente, dezenas de comitês em muitas cidades – de Portugal à Alemanha, da França à Itália, entre muitos outros – que contribuíram decisivamente para que o governo surgido do golpe fosse internacionalmente tachado como ilegítimo e golpista.

Esses grupos não perdoaram as viagens que ministros do governo golpista e outros próceres ligados ao golpe faziam pela Europa. Serra, Moro, Gilmar, entre outros, foram escrachados e assim apareceram ao mundo, via imprensa internacional.

Agora, mais de dois anos depois do surgimento dos primeiros grupos de brasileiros lutando contra o golpe e pela democracia na Europa, eles promoveram seu primeiro encontro. Tanta gente que havia se comunicado por internet regulamente com tantas outas pessoas, puderam, pela primeira vez, se conhecer pessoalmente, se reencontrar no Encontro realizado em Amsterdam.

Compareceram mais de 20 coletivos de muitos países – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda, Itália, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Noruega –, para um balanço sobre a situação política no Brasil, sobre o trabalho realizado por eles nestes anos e para organizar as atividades futuras do conjunto dos coletivos formados nos países europeus.

O encontro se desenvolveu em três dias No primeiro, houve uma abertura com a inauguração de uma exposição de fotos das tantas manifestações realizadas na Europa contra o golpe e pela democracia, com a participação do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) e com a leitura, feita por mim, de uma carta de saudação enviada pela presidenta Dilma Rousseff, impossibilitada de estar presente, por compromissos assumidos previamente em outros países do continente. Leia a mensagem:

Saudação à reunião dos grupos brasileiros na Holanda.

Queridos brasileiros participantes do 1º Encontro Internacional pela Democracia e Contra o Golpe

Devido a compromissos assumidos anteriormente, estou impossibilitada de estar com vocês. Agradeço o generoso convite que me fizeram e queria assumir o compromisso de estar presente em um próximo evento que vocês organizem.

Quero agradecer-lhes, em nome de todos os brasileiros que lutamos no país contra o golpe que nos privou da democracia, pela importante atuação que vocês vêm desenvolvendo. Sem dúvida, esse tem sido um extraordinário canal de denúncia do golpe e um elemento essencial para o consenso internacional sobre o fato de que o Brasil possui um governo ilegítimo. Em síntese, vocês têm denunciado o golpe contra a democracia, contra os direitos de nosso povo e contra a nossa soberania.

Estou certa de que esse Encontro enriquecerá ainda mais a luta de vocês. Estejam cetos de que essa é a nossa luta, estamos juntos.

Muito obrigada a todos vocês, A DEMOCRACIA É O LADO CERTO DA HISTÓRIA.

Dilma Rousseff

O segundo dia foi marcado por mesas de debates de caráter político, combinando exposições de juristas com os advogados que defendem o ex-presidente Lula, Geofrey Robertson e Cristiano Zanini. Houve ainda análises como as feitas por Breno Altman – sobre o marco internacional atual – e por mim – sobre a situação e as perspectivas no Brasil.

No terceiro dia se reuniram grupos de trabalho sobre aspectos jurídicos, culturais, de comunicação e políticos institucionais da luta pelo restabelecimento da democracia no Brasil. No encerramento foi aprovado um documento que reafirma a orientação do "Fora, Temer!" como eixo central das mobilizações, além da defesa da Petrobras e da campanha "Justiça para todos e em defesa de Lula".

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/277639/Brasileiros-reafirmam-o-%E2%80%98Fora-Temer%E2%80%99-na-Holanda.htm

Lava Jato sabotou o país, diz doutor em Economia 30/01/2017





Em entrevista ao Jornal da Cultura, o economista Antonio Corrêa de Lacerda, doutor pela Unicamp e coordenador do Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política da PUC-SP, fez duras críticas ao modo como a operação Lava Jato no "combate à corrupção"; “O que nós estamos assistindo no Brasil é a destruição de ativos importantes de empresas brasileiras, que têm papel relevante, não apenas para os acionistas, mas para o País, pelo que ela gera de impostos, de empregos, de renda para o País”, afirmou; "Todos nós queremos um país mais limpo, mas isso não pode ser feito à custa da destruição da economia"


247 - Em entrevista ao Jornal da Cultura, o economista Antonio Corrêa de Lacerda, doutor pela Unicamp e coordenador do Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política da PUC-SP, fez duras críticas ao modo como a operação Lava Jato no "combate à corrupção".

“O que nós estamos assistindo no Brasil é a destruição de ativos importantes de empresas brasileiras, que têm papel relevante, não apenas para os acionistas, mas para o País, pelo que ela gera de impostos, de empregos, de renda para o País”, afirmou.

"É preciso regras que evitem um desemprego maciço, como tem ocorrido. Aliás, eu acho muito curioso, quando se diz assim: o resultado da operação Lava Jato. Houve uma recuperação de R$ 2 bilhões. Ora, você destruiu o patrimônio de trilhões, se você for ver o poder de tudo isso. Então, tem como combater a corrupção, todos nós queremos um país mais limpo, mas isso não pode ser feito à custa da destruição da economia".

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/277656/Lava-Jato-sabotou-o-pa%C3%ADs-diz-doutor-em-Economia.htm

Golpe devolve 4,3 milhões de famílias às classes D e E 30/01/2017




As classes D e E ganharam 4,3 milhões de famílias nos últimos dois anos e voltaram a representar 56,5% do total de domicílios do país, bem acima dos 51,4% registrados em 2014, a menor proporção de mobilidade social que começou em 2003; o levantamento é da Tendências Consultoria com base na Pnad e em dados da Receita Federal; segundo a Tendências, o ciclo de mobilidade social foi interrompido em 2015 e 2016, justamente os anos em que a aliança Aécio Neves (PSDB) - Eduardo Cunha (PMDB) implodiram a governabilidade de Dilma Rousseff até a ascensão de Michel Temer, que provocou a maior depressão econômica da história do País; nesses dois anos, a classe C perdeu 670 mil integrantes, a B, 1,2 milhão - o saldo mais negativo em termos absolutos - e a A, 475 mil, retração de 17,7% sobre 2014, a maior em termos percentuais


247 - Levantamento feito pela Tendências Consultoria com base na Pnad e em dados da Receita Federal - divulgados até 2015 e projeções para 2016 prova que golpe parlamentar produziu efeitos perversos, especialmente entre a população mais pobre.

Segundo o estudo, divulgado pelo jornal Valor nesta segunda-feira, 30, as classes D e E ganharam 4,3 milhões de famílias nos últimos dois anos e voltaram a representar 56,5% do total de domicílios do país, nível próximo do registrado em 2011, 57,4%.

Nestes dois anos de 2015, quando a aliança entre o senador Aécio Neves (PSDB) e o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) apostaram na política do "quanto pior, melhor", e de 2016, quando o produto desta irresponsabilidade foi a ascensão de Michel Temer à presidência, a classe C perdeu 670 mil integrantes, a B, 1,2 milhão - o saldo mais negativo em termos absolutos - e a A, 475 mil, retração de 17,7% sobre 2014, a maior em termos percentuais.

O economista Adriano Pitoli, autor da análise, diz que a mobilidade social só será retomada a partir de 2018, e em ritmo mais lento do que o observado até 2013. Com a mudança da dinâmica econômica, menos atrelada ao consumo daqui para frente, ele diz, a classe C, por exemplo, deve ter evoluções modestas nos próximos dez anos.

O avanço no grupo de menor rendimento, afirma Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva, acompanha a alta do desemprego no país e revela a face mais negativa da atual recessão. "Foi quem perdeu o emprego e hoje faz muito bico, trabalho provisório".



http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/277568/Golpe-devolve-43-milh%C3%B5es-de-fam%C3%ADlias-%C3%A0s-classes-D-e-E.htm

Menos médicos no Pronto Atendimento: Entidades prometeram falar grosso mas na hora agá afinaram 30/01/2017


médicos
À esquerda, no topo, o ministro Ricardo Barros e o presidente Michel Temer.  À direita, em cima, Carlos Vital (presidente do CFM), Florêncio Cardoso (presidente da AMB) e o ministro da Saúde. Embaixo, reunião da Frente Parlamentar da Medicina; na mesa, Vital, Cardoso e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), entre outros
por Conceição Lemes
No apagar das luzes de 2016, o ministro da Saúde, o engenheiro Ricardo Barros (PP-PR), deu mais um “presentão” para os médicos.
Em 29 de dezembro, aproveitando-se do tumulto habitual das festas de fim de ano, ele anunciou a flexibilização das regras para funcionamento das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs 24), autorizando a redução de até a metade de seus médicos.
Ao anunciá-las em entrevista coletiva, Barros disse:
É melhor dois [médicos] do que nenhum. O Brasil precisa cair na real. Não temos mais capacidade de contratar pessoal. É melhor essa UPA funcionando com um médico de dia e um de noite do que ela fechada.
Para Barros, as novas regras devem incentivar a conclusão de UPAs em todo o país. Dados da pasta apontam que, atualmente, 275 unidades estão em obras, enquanto 165 já foram concluídas, mas não foram abertas.
Muitos prefeitos, segundo Barros, evitam entregar o certificado de conclusão de obra da UPA por causa da exigência de um prazo máximo de 90 dias para que a unidade comece a atender.
As UPAs estão fechadas. Estamos colocando em atendimento e abrindo para a população. É simples o raciocínio. É senso prático.
Estou absolutamente seguro de que estamos fazendo o melhor para a saúde.
Em bom brasileiro: a medida reduz o número de médicos (por tabela dos demais profissionais de saúde), de atendimentos e o acesso da população.
EM NOTA ENTIDADES MÉDICAS CRITICAM; MINISTRO IGNORA
As UPAs fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada em 2003.
Funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, destinam-se a urgências e emergências, como hipertensão arterial, febre alta, fraturas, cortes, infarto, acidente vascular cerebral (AVC), entre tantos outros problemas de saúde que podem levar as pessoas à morte
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) reagiram no mesmo dia à medida anunciada por Ricardo Barros.
Em 29 de dezembro, em nota conjunta (na íntegra, ao final), alertam para os riscos gerados pela medida (os negritos são nossos):
A redução no número mínimo de médicos para cada UPA – de quatro para dois profissionais – traz como consequência imediata o aumento da sobrecarga já existente no atendimento nesses serviços, penalizando ainda mais os médicos e os demais membros das equipes de saúde e, principalmente, a população que busca assistência de urgência e emergência.
Também anunciaram:
O CFM e a AMB tomarão todas as providências cabíveis contra essa medida que, na essência, representa o predomínio da lógica econômica em detrimento dos direitos individuais e coletivos previstos na Carta Magna de 1988.
Ricardo Barros ignorou.
Em 4 de janeiro, o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União (DOU) a portaria nº 10, de 3 de janeiro de 2017, que trata da mudança nas diretrizes das UPAs 24h.
Ela está em vigor.
Certamente vários municípios já estão recalculando o número de médicos e contratando menos plantões. Parte, inclusive, aproveitando a brecha, para regularizar a situação.
O ENSURDECEDOR SILÊNCIO DAS ENTIDADES MÉDICAS
Basta fazer uma busca no Google para conferir: CFM e AMB estavam frequentemente na mídia criticando o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Em 29 de dezembro, também ensaiaram falar grosso com o governo do usurpador Michel Temer (PMDB).
A partir daí, se calaram
Estranho, mas previsível.
Explico.
A AMB foi sócia de primeira hora do golpe contra a presidenta Dilma.
Por exemplo, convocou publicamente para manifestações pelo impeachment. O médico e o senador golpista Ronaldo Caiado (DEM-GO) é parceiro.
O CFM, mais discreto e de modo menos oficial, também deu sinais de sobra de ter aderido na sequência.
Assim, diante da não revogação da portaria sobre as UPAS24 e do silêncio das duas entidades, questionei-as, via assesessorias de imprensa:
1) O governo deu alguma explicação sobre a medida? Se sim, qual?
2) O que pretende fazer?
AMB não retornou.
CFM, via assessoria de imprensa, esclareceu:
Antes de outras medidas, o Conselho Federal de Medicina (CFM) informa que, juntamente com outras entidades médicas nacionais, discutirá o tema com o Ministério da Saúde em reuniões com o objetivo de propor mudanças nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
As entidades entendem que os gestores federal, estaduais e municipais de Saúde devem encontrar fórmulas que permitam o funcionamento pleno desses serviços, sem distorções que coloquem em risco a vida e o bem-estar dos brasileiros.
Caso não prosperem os entendimentos administrativos, o CFM não descarta a tomada de providências na esfera judicial.   
Com o devido respeito, só tró-ló-ló, estilo rolando-lero.
Insisti:
O Ministério da Saúde se manifestou para CFM/AMB depois daquela nota de 29 de dezembro?
Quando discutirá o assunto?
O CFM não respondeu.
Objetivamente:
1) O Ministério da Saúde não deu explicações ao CFM e à AMB, do contrário teriam alardeado.
2) As entidades não fizeram nada até agora contra a medida.
3) Para não passar atestado de que nada foi feito, o CFM diz que discutirá futuramente a questão com demais entidades e o Ministério.
4) Na nota de 29 de dezembro, a entidade rugiu: “O CFM e a AMB tomarão todas as providências cabíveis contra essa medida”.
Já na resposta ao Viomundo parece miar: “Caso não prosperem os entendimentos administrativos, o CFM não descarta a tomada de providências na esfera judicial”.
O fato é que a mudança das regras para UPAs 24h é apenas a antessala do inferno do legado que o governo Temer, com sua PEC da morte, deixará para o setor saúde para os próximos 20 anos.
Sem compromisso verdadeiro com a saúde pública e o Sistema Único de Saúde (SUS),  o resultado será menos recursos, menos médicos, menos assistência, menos SUS, mais filas e piora no atendimento.
O impacto da mudança não será apenas nas novas UPAs, que abrirão pela metade.
Ele será sentido em todo o Brasil, pois a medida atinge as  500 UPAs já em funcionamento que também poderão reduzir a quantidade de médicos para economizar.
Na verdade, os municípios não conseguem colocar em funcionamento uma UPA de verdade, com toda a capacidade prevista, porque o governo federal não repassa os recursos necessários. Por sinal, é bom relembrar, agora congelados pelos próximos 20 anos.
Resultado: apertados financeiramente, os prefeitos estão topando o jogo do faz de conta.
O governo Temer finge que repassa toda a grana, mas manda só a metade.
Os prefeitos, por sua vez, fingem que abrem uma UPA inteira, mas só abrem-na pela metade.
Para piorar, o Ministério de Saúde ainda tem a cara de pau de querer nos convencer que está aumentando a oferta.
Oferta de quê?
Só se for de prédios, instalações físicas, considerando que o ministro da Saúde é engenheiro.
Aumento da oferta de assistência, seguramente não é, já que haverá menos médicos e demais profissionais de saúde atuando.
Ou será que o ministro acredita que só com mais prédios se aumenta a assistência à  população?
O fato é que mais uma vez o governo Temer faz os médicos brasileiros de palhaço.
Daí as perguntas óbvias:
*ao não agir com a dureza que o caso das UPAs exige, as entidades médicas estariam eventualmente fazendo corpo mole em prejuízo dos próprios profissionais da categoria que representam?
*até que ponto o fato de terem defendido a derrubada de Dilma e apoiado o governo usurpador de Michel Temer está contribuindo para essa postura mais passiva?
*por que estão de braços cruzados há um mês?
*Seria para poupar o governo usurpador?
Espero que não.
De qualquer forma, está na hora da categoria acordar e pressionar as suas entidades.
Do contrário, os médicos vão merecer o nariz de palhaço, que o governo Temer já lhes adornou.
**********
NOTA À SOCIEDADE SOBRE ANÚNCIO DE REDUÇÃO DO NÚMERO MÍNIMO DE MÉDICOS NAS UPAS
Diante do anúncio do Ministério da Saúde de mudanças nas regras mínimas para funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no País, feito nesta quinta-feira (29), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) externam publicamente posição contrária à decisão e preocupação com o impacto dessa medida para a qualidade da assistência médica oferecida aos brasileiros que dependem da rede pública.
1) A redução no número mínimo de médicos para cada UPA – de quatro para dois profissionais – traz como consequência imediata o aumento da sobrecarga já existente no atendimento nesses serviços, penalizando ainda mais os médicos e os demais membros das equipes de saúde e, principalmente, a população que busca assistência de urgência e emergência;
2) De acordo com a Resolução CFM nº 2.079/14, que dispõe sobre a normatização do funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24h e congêneres, bem como do dimensionamento da equipe médica e do sistema de trabalho nessas unidades, “todo paciente com agravo à saúde que tiver acesso à UPA deverá, obrigatoriamente, ser atendido por um médico, não podendo ser dispensado ou encaminhado a outra unidade de saúde por outro profissional que não o médico”;
3) Além disso, essa Resolução, que disciplina o atendimento médico nas UPAS em seus aspectos éticos e técnicos, ressalva aos gestores que devem garantir qualidade e segurança assistencial ao paciente e ao médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o que, evidentemente, ficará comprometido com parâmetros insuficientes;
4) Cabe ao Ministério da Saúde e às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde encontrarem fórmulas que permitam o funcionamento pleno desses serviços, sem distorções que coloquem em risco a vida e o bem-estar dos brasileiros em momentos de extrema vulnerabilidade.
O CFM e a AMB tomarão todas as providências cabíveis contra essa medida que, na essência, representa o predomínio da lógica econômica em detrimento dos direitos individuais e coletivos previstos na Carta Magna de 1988.
Brasília, 29 de dezembro de 2016.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA (AMB)


 http://www.viomundo.com.br/denuncias/menos-medicos-nas-upas-cfm-e-amb-prometeram-falar-grosso-ministro-ignorou-entidades-silenciaram-ate-quando-a-categoria-vai-assistir-calada.html

Algumas das maiores cascatas da grande mídia de 2016 30/01/2017

Acusação de suborno do NYT pelo PT vence o King of the Kings de maior cascata de 2016

A acusação do colunista da Época Guilherme Fiúza de que o New York Times recebeu pagamento do PT para criticar #foraTemer, publicada em junho, foi eleita como maior cascata de 2016 pelos leitores da Coleguinhas. No pleito, que contou com o maior número de sufrágios (2.670) dentre as suas nove edições, a cascata da semanal da Editora Globo susperou por apenas dois votos – 171 a 169 – a segunda colocada, o lero da Veja de que Lula pediria asilo na Itália para escapar da Lava-Jato, chorumelada em março.
Abaixo as Dez Mais das cascatas de 2016, com seus respectivos autores (quando identificados):

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Alguns comentários sobre a eleição cascatal de 2016:
1. O título individual foi da Época, mas é bom o melhor desempenho cascatal por equipe foi da redação do Estado de São Paulo, que, por este motivo, conquistou o Troféu Boimate
2. A redação do jornal cinquentecentão de São Paulo também teve o maior número de cascatas entre as Top Ten (3)
3. Metade das Dez Mais foi publicada em revistas semanais, com Época e Veja dividindo a primazia, com duas cascatas cada.
4. Numa divisão por assunto, a tentativa de encobrir o golpe de estado parlamentar e a Lava-Jato diretamente foram objeto de três cascatas cada, ficando ataques pessoais à presidente Dilma e o RP puro e simples para o Golpista, com duas.

https://coleguinhas.wordpress.com/2017/01/29/acusacao-de-suborno-do-nyt-pelo-pt-vence-o-king-of-the-kings-de-maior-cascata-de-2016/

A também golpista Cármen Lúcia, fez o que era esperado, homologou as delações e tornou sigilosas. Tudo nos conformes 30/01/2017


Cármen Lúcia tomou "atitude política" que prejudicou o País, diz Kennedy Alencar




Jornal GGN - Ao homologar sozinha o pacote de delações da Odebrecht, sem aguardar a definição de um relator, a ministra Cármen Lúcia fez um gesto político, para agradar as massas, mas "pela metade". Isso porque não tirou o sigilo das delações, o que dá total poder à força-tarefa para decidir o que vira processo, o que é vazado e o que vai para a gaveta sem que a sociedade tenha conhecimento.

O jornalista ainda questiona por que a presidente do Supremo não aguardou a escolha de um relator para a Lava Jato se tinha a intenção de manter o sigilo do conteúdo das delações.

Por Kennedy Alencar



Homologar delações sem torná-las públicas prejudica o país

Ao decidir homologar as delações da Odebrecht mantendo o sigilo dos documentos, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, tomou uma decisão que prejudica o país. Deixa na sombra fatos que o Brasil merece conhecer porque muita coisa já foi vazada nos últimos meses.

Esses vazamentos causaram incertezas políticas e econômicas e deram margem a manipulações para direcionamento das investigações. Uma das delações veio à tona na íntegra, vazada e distribuída por meio das redes sociais, a de Cláudio Melo Filho.

Cármen Lúcia obedeceu aos sinais que emitiu publicamente. Não faria sentido ir ao gabinete no sábado estudar um caso que não estava diretamente sob os seus cuidados. Agiu assim para homologar, recorrendo a brechas no regimento do Supremo. Não era o caminho preferido de colegas dela no STF, mas o regimento da corte é suficiente amplo para dar esse poder à presidente.

O novo relator da Lava Jato deverá ser escolhido nesta semana. Logo, do ponto de vista prático, as homologações poderiam ter esperado a escolha do substituto de Teori Zavascki, ainda mais com a manutenção do sigilo. É prudente que esse novo relator seja escolhido ainda neste semana.

A homologação feita pela presidente do STF é uma atitude política de Cármen Lúcia para atender a um desejo da opinião pública. Porém, é uma decisão que vem pela metade. Falta dar publicidade e transparência ao que foi revelado pelos 77 delatores da empreiteira. O segredo tende a elevar especulações.

Delação por si não é prova. São necessárias a denúncia e o processo. Todos os acusados têm direito de defesa. Mas é preciso que o país saiba o que foi descrito pela Odebrecht. Certamente, essa revelações resultarão numa enorme turbulência política e econômica. Melhor que aconteça logo a deixar o país à espera de uma tempestade que só ameaça e não cai nunca.
http://jornalggn.com.br/noticia/carmen-lucia-tomou-atitude-politica-que-prejudicou-o-pais-diz-kennedy-alencar

Defesa de Lula mostra todas as polêmicas e irregularidades de Moro em recurso 30/01/2017


 
Jornal GGN - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa, dona Marisa Letícia, entrou com um recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região contra todo o processo do caso triplex no Guarujá. Os advogados argumentaram que o juiz da primeira instância, Serio Moro, não pode julgar o caso.
 
Cristiano Zanin Martins, Roberto Teixeira, José Roberto Batochio e Juarez Cirino dos Santos recuperaram todos os atos do magistrado do Paraná desde 2016, como o recebimento da denúncia contra Lula e sua postura questionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em diversos momentos, como na liberação das interceptações telefônicas e a condução coercitiva contra o ex-presidente, no ano passado.
 
Os advogados também lembraram de como foi feita a divulgação da denúncia contra Lula, com a apresentação de power point e a parcialidade dos investigadores. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-presidente e dona Marisa esconderam a verdadeira posse do triplex com "artifícios ardilosos", obtendo reformas, decoração e eltrodomésticos da OAS.
 
De acordo com a defesa, Moro e os procuradores decidiram que Lula seria o alvo da Operação Lava Jato e, desde então, cometeram diversas irregularidades e causaram polêmicas para apontar a mira ao ex-presidente, construindo provas de um crime que não ocorreu.
 
Um dos trechos do recurso dos advogados, impetrado na forma de Habeas Corpus no TRF-4, aponta que Moro chegou a acusar Luiz Inácio Lula da Silva doze vezes em um único documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), em pedido de explicações da Corte, sob então relatoria de Teori Zavacski, sobre a postura do magistrado.
 
Zanin, Teixeira, Batochio e Cirino lembram também que Sérgio Moro reconheceu que os investigadores não descreviam corretamente as acusações contra Lula no pedido de denúncia, mas ao invés de negar, acolheu o processo. Moro também permitiu diversas perguntas, nas audiências de instrução do processo, que extrapolavam o objeto investigado, abrindo espaço, inclusive, para que a defesa e Lula fossem ofendidos.
http://jornalggn.com.br/noticia/defesa-de-lula-mostra-todas-as-polemicas-e-irregularidades-de-moro-em-recurso