quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Estados Unidos e Cuba retomam relações após 53 anos de embargo 17/12/2014



Em reunião do Mercosul, Dilma Rousseff falou sobre a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos.
"Imaginamos que nunca veríamos esse momento do início da relação entre EUA e Cuba. Quero saludar o presidente de Cuba e o presidente dos EUA e principalmene o papa Francisco (intermediador do diálogo).


Esse é um momento que marca mudanca na civilização nos nossos dias. Um dia que marca o restabelecimento das relacoes interrompidas há muitos anos."

Cristina Kirchner também voltou a falar sobre o "dia histórico" entre Cuba e Estados Unidos:
"Um fato que nos comoveu a todos. Que bom que ocorreu durante uma reunião do Mercosul. Uma decisão inteligente do presidente dos Estados Unidos."

Em pronunciamento na Casa Branca sobre as relações dos Estados Unidos com Cuba, o presidente Barack Obama anunciou nesta quarta-feira a mais radical mudança na política americana em relação à ilha comunista em mais de meio século, abrindo negociações para normalizar as relações diplomáticas e reestabelecendo uma Embaixada americana em Havana.

"O isolamento não funcionou", disse Obama. "É hora de uma nova abordagem".

"Vamos começar a normalizar as relações entre nossos dois países", afirmou Obama, acrescentando que os Estados Unidos pretendem criar mais oportunidades para que americanos e cubanos trabalhem juntos.

"Aumentar o comércio é bom para americanos e para o povo cubano", disse Obama, que autorizou o aumento nas conexões de telecomunicações entre os dois países.

Enquanto falava em Washington, o presidente de Cuba, Raul Castro, também fazia seu próprio pronunciamento à nação em Havana. Os dois líderes conversaram por telefone por mais de 45 minutos na terça-feira, o primeiro contato presidencial significativo entre Estados Unidos e Cuba desde 1961.

Aos cubanos, Castro disse que a decisão do presidente Obama merece respeito e reconhecimento do nosso povo. Ele também agradeceu especialmente os esforços do Canadá e, principalmente do papa Francisco.

"Quero reconhecer o apoio do Vaticano e, em especial, do papa Francisco, na melhoria das relações entre Cuba e os Estados Unidos", afirmou Castro.

Porém, o líder cubano reafirmou que segue pendente um tema importante para o seu povo, que é o embargo econômico dos Estados Unidos sobre Cuba. Ele disse que instou o governo Obama a "remover os obstáculos que impedem ou restringem os vínculos" entre os dois países.

O anúncio de hoje ocorre após mais de um ano de negociações secretas entre Washington e Havana. O restabelecimento das relações diplomáticas foi acompanhado pela libertação do americano Alan Gross, preso há mais de cinco anos em Cuba, e a troca de um espião americano mantido em Cuba por três cubanos presos na Flórida.

Obama disse que a prisão de Gross era um "grande obstáculo" na normalização das relações entre os países. Gross desembarcou nesta manhã em uma base militar nos arredores de Washington, acompanhado de sua mulher e de alguns congressistas americanos. Ele foi imediatamente levado para um encontro com o secretário de Estado, John Kerry.

Como parte das medidas para retomar os laços diplomáticos com Cuba, os Estados Unidos vão reabrir em breve uma Embaixada em Havana e os governos trocarão visitas e contatos de alto nível. Washington também vai facilitar as viagens para Cuba, incluindo para permitir visitas familiares, negócios oficiais do governo dos EUA e atividades educacionais. As viagens de turismo, no entanto, permanecem proibidas.

E a Folha, que sempre foi contra, não perdeu tempo, anunciou em seguida:Alvo de críticas, financiamento do porto Mariel é golaço do Brasil


Com o porto de Mariel e outros inúmeros investimentos em Cuba, o Brasil é um dos países que estão mais bem posicionados para se beneficiar da queda do embargo americano à ilha, cuja negociação será anunciada hoje.


Alvo de críticas ferrenhas,-- por parte do PSDB-- o porto de Mariel, está a apenas 200 quilômetros da costa da Florida.


Depois da dragagem, poderá receber navios grandes como os Super Post Panamax, que Dilma citou várias vezes durante a cúpula da Celac este ano, e concorrer com o porto do Panamá.


Mesmo sem a dragagem, já será concorrente de portos como o de Kingston, na Jamaica, e das Bahamas, bastante movimentados.


O raciocínio do governo brasileiro sempre foi o de "entrar antes da abertura para já estar lá quando caísse o embargo".


Essa estratégia se provou acertada.

Dilma defende Porto de Mariel, em Cuba


A presidente Dilma citou o Porto de Mariel, em Cuba, financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pouco antes de embarcar de volta da Argentina para o Brasil. "Fico muito feliz com o acordo entre os Estados Unidos e Cuba porque toda a política do governo brasileiro até agora tem sido enfatizar, e não só do ponto de vista retórico, mas com ações concretas, a forma pela qual Cuba tem de ser integrada. Algo que foi tão criticado durante a campanha, o porto de Mariel, mostra hoje mesmo a sua importância para toda a região. E para o Brasil principalmente na medida em que hoje o porto é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos", afirmou Dilma, na porta do carro oficial que a levou para a base aérea de Paraná.

O tema "Porto de Mariel" foi uma das principais críticas feitas pela oposição durante a campanha presidencial, vencida por Dilma no segundo turno por margem estreita de votos. Liderados pelo tucano Aécio Neves (PSDB-MG), os oposicionistas criticaram a decisão do governo federal petista de usar recursos subsidiados do BNDES para financiar a construção de um porto em Cuba, comandado há quase 56 anos pelos irmãos Fidel e Raúl Castro.

"Eu achei fantástica essa retomada das relações entre os Estados Unidos e Cuba. Acredito que isso é um marco das relações da nossa região", completou Dilma

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/

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