Da Agência Brasil *
Brasília – O presidente do Egito, Mouhamed Mursi, foi hoje (3)
deposto pelas Forças Armadas e será substituído interinamente pelo
presidente do Tribunal Constitucional. A Constituição também foi
suspensa, segundo anúncio pelos responsáveis militares. Os militares
estipularam prazo de 48 horas para o presidente atender às
reivindicações dos manifestantes que tomaram as ruas do país nos últimos
dias. Mursi argumentou que foi eleito democraticamente há um ano e que
não iria renunciar ao posto.A decisão foi anunciada pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Abdel Fattah Al Sisi. Ele também anunciou eleições presidenciais antecipadas. A notícia foi recebida com festa por milhares de manifestantes na Praça Tahrir, no centro da capital.
Na sua declaração, transmitida pela televisão, al-Sisi estava rodeado por diversos responsáveis políticos e religiosos, incluindo o chefe da instituição islâmica Al Azhar e grande imã Ahmed Al-Tayeb, a principal autoridade sunita do Egito, e o patriarca copta ortodoxo Tawadros II.
Militares estão posicionados em vários pontos da
capital Cairo. Eles fecharam os acessos à Praça Rabea Al Adauiya, no
leste do Cairo, onde estão milhares de apoiadores do presidente Mursi,
informa a Agência Lusa. Segundo a agência de notícias, soldados foram
mobilizados também para a Praça Tahrir e para o palácio presidencial,
onde estão os opositores ao atual governo.
De acordo com os militares, o bloqueio é para "preservar vidas e evitar confrontos" entre opositores e simpatizantes.
Um representante da organização Irmandade Muçulmana, à qual pertence
Mursi, disse que um “golpe militar” está em andamento, conforme a BBC
Brasil. Já a oposição alega que Mursi quer implantar um regime islâmico e
exige a saída do presidente.* Com informações das agências Lusa e BBC Brasil//Texto atualizado às 16h50
Edição: Carolina Pimentel
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