terça-feira, 13 de agosto de 2013

Grécia atinge 20º trimestre seguido em recessão e Alemanha prevê novo resgate 3/08/2013


Um documento interno do Banco Central alemão prevê que a Grécia vai precisar de um novo programa de resgate, o mais tardar até 2014, após as eleições federais alemãs. Novos dados do instituto de estatística grego apontam desemprego total de 26,7%, e de 64,9% entre os jovens.

O Banco Central alemão prevê que a Grécia vai precisar de um novo programa de resgate, o mais tardar no início de 2014, após as eleições legislativas alemãs em setembro, diz um documento interno do Bundesbank.

A informação foi revelada na nova edição do semanário "Der Spiegel". "Os europeus devem aprovar no início de 2014 um novo pacote de empréstimos para a Grécia", aponta o documento, aparentemente destinado ao Ministério das Finanças alemão e ao Fundo Monetário Internacional.

O Bundesbank afirma ainda que a atual revisão da troika sobre a economia da Grécia foi motivada por "pressões políticas". O banco não chega a insinuar tratar-se de pressão direta do governo de Merkel, o que mancharia a campanha eleitoral, mas considera infundado o "otimismo" de acreditar que não será necessário um novo programa de resgate.

Os riscos de um programa de resgate são "extraordinariamente altos", aponta ainda a revista alemã, acrescentando que persistem "dúvidas significativas " sobre a capacidade do governo de Atenas para chegar a implementar reformas que o Bundesbank considera "imprescindíveis".

Até agora, a Grécia recebeu valores de 200 bilhões de euros, contabiliza o semanário, tendo sido transferida a última parcela, no valor de 5,7 bilhões, em julho.

Recessão sem fimA economia grega registrou no segundo trimestre deste ano uma queda de 4,6% do PIB, relativamente ao período de 2012, o que corresponde ao vigésimo trimestre consecutivo de recessão da economia helênica, de acordo com os dados divulgados pelo instituto de estatística grego (Elstat).

Em julho, a taxa de desemprego atingiu mais um valor olímpico, fixando-se nos 26,7%, quase quatro pontos percentuais acima do mesmo período de 2012. Desde a intervenção da troika, em 2010, o número de desempregados aumentou em 129,4%. A taxa de desemprego jovem, a mais elevada da União Europeia, está fixada nos 64,9%.


Fotos: Esquerda.net

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