segunda-feira, 4 de julho de 2011



04   Jul 2011
 Se o mundo cortasse seis dias de seus gastos militares anuais, seria possível  colocar todas as crianças do planeta na escola.
A afirmação chocante é do Relatório da Unesco divulgado hoje, intitulado “A crise oculta: conflitos armados e educação” (você pode ler, aqui, em pdf). Nele, um registro terrível. Ainda havia, em 2008, 67 milhões de crianças  fora da escola.
O pior é que se registra que o avanço em direção à universalização da escola está lentíssimo: “se as tendências
atuais continuarem, pode haver mais crianças fora da escola em 2015 do que há hoje”, adverte o relatório.
Os números brasileiros, embora tenham melhorado, ainda são muito ruins.  Tínhamos, em 2008, ainda 700 mil crianças fora da escola e 14 milhões de adultos analfabetos.
Há, também, no relatório, uma mensagem do arcebispo Desmend Tutu, premio Nobel da Paz (este merecdo, depois de anos de luta contra o apartheid), da qual trasncrevo, pela força, um pequeno trecho:
Meu apelo aos líderes mundiais é uma simples declaração de intenções:”Basta!”. Como membros de uma única comunidade humana ética, nenhum de nós deveria estar disposto a tolerar a violação dos direitos humanos, os ataques às crianças e a destruição de escolas, que vemos em muitos conflitos armados. Vamos chamar a atenção para a cultura de impunidade, que permite que esses atos ocorram; vamos começar a proteger as nossas crianças e o direito que elas têm à educação. Faço um apelo a todos os líderes políticos, países e grupos armados envolvidos em conflitos violentos, para que eles lembrem que não estão acima da lei humanitária internacional.
Faço também um apelo aos líderes do mundo rico, para dar apoio mais eficaz àqueles que estão na linha de frente. Em minhas viagens ao redor do mundo, tenho me sentido pequeno diante do extraordinário esforço, do sacrifício e da determinação que os pais e as crianças demonstram na sua busca de educação. Quando aldeias são atacadas e pessoas são deslocadas, as escolas
improvisadas aparecem do nada. Quando uma escola é destruída, pais e as crianças fazem tudo para manter abertas as portas para a educação.


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