terça-feira, 30 de outubro de 2012

MPF pede o sequestro de mais bens de Cachoeira 30/10/2012

Goiás 247_ Carlinhos Cachoeira ainda continua na mira dos órgãos federais. É que o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça mais um pedido de sequestro de bens do empresário que está preso. Reportagem do jornal Correio Braziliense informa que a nova solicitação, remetida na semana passada, foi elaborada após cruzamento de dados e verificação de que alguns imóveis listados no documento encaminhado à Justiça, em março, ainda não tinham sido sequestrados por ordem judicial.
No primeiro documento do Ministério Público, o patrimônio de Cachoeira e sua organização criminosa totalizou R$ 141,6 milhões. Foram listados 167 imóveis e um avião, tudo isso em nome de 29 pessoas e de três empresas.
A estrutura montada por Cachoeira era tão complexa que dificulta até hoje o rastreamento de todos os bens da quadrilha, pois a maioria está em nome de laranjas. A reportagem do Correio informa que a CPI do Cachoeira havia reiterado o pedido para que a Justiça bloqueasse todo o patrimônio da organização.
O Correio Braziliense detalha ainda que no pedido encaminhado pela CPI, foram acrescentados os imóveis que estavam sendo vendidos às pressas por José Olímpio de Queiroga Neto, braço direito de Cachoeira no Distrito Federal.

Prolongamento da CPMI
A CPMI do Cachoeira volta a se reunir, nesta terça-feira, depois de ficar suspensa por praticamente dois meses por causa das eleições municipais. Os líderes partidários já concordaram com a prorrogação, cujo prazo original termina no dia 4 de novembro, mas ainda não definiram por quanto tempo. Os governistas querem apenas 30 dias a mais, enquanto a oposição defende esticar os trabalhos por mais 180 dias.
Para a CPMI ser prorrogada, é preciso que 1 em cada 3 parlamentares apoie a continuidade das investigações. O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) busca apoio para estender os trabalhos por seis meses e diz já ter conseguido 7 assinaturas a mais do que as 27 necessárias de senadores.
Já na Câmara, ainda não foram obtidas as 171 assinaturas necessárias, por causa da reduzida presença na Casa durante o período eleitoral. Se for atingido o número de assinaturas necessárias, a prorrogação será automática, não necessitando de aprovação no plenário da CPMI. Quem assinou o documento pode retirar o apoio até a publicação no Diário Oficial do Congresso.
Os dias a mais que a CPMI terá para trabalhar vão ser fundamentais na hora de decidir os próximos passos da comissão. Isso porque, se a prorrogação for curta, dificilmente os parlamentares vão poder marcar novos depoimentos, pedir quebras de sigilos e discutir e aprovar o relatório final. Por isso, a reunião em que a CPMI vai avaliar os mais de 500 requerimentos na fila de votação vai ocorrer na quarta-feira (31). (Agência Câmara)

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