quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Após 16 mortes, governo suspende atuação da Igreja Universal na Angola 06/02/2013


Publicidade do evento religioso que culminou em 16 mortes prometia “fim a todos os problemas” | Foto: Edir Macedo/Facebook
Da Redação
As autoridades da Angola suspenderam as atividades da Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo um comunicado enviado neste sábado (2), os cultos e as demais atividades de outras seis igrejas evangélicas não legalizadas foram interditados.
A medida surge após a morte de 16 pessoas por asfixia e esmagamento, no último dia 31 de dezembro, em um evento religioso na capital Luanda organizado pela Igreja Universal. O presidente José Eduardo dos Santos nomeou uma Comissão de Inquérito para investigar o ocorrido.
O culto, chamado de “Vigília do Dia do Fim”, concentrou dezenas de milhares de pessoas em um estádio da Cidadela. O público ultrapassou muito a lotação autorizada no local. A Comissão de Inquérito concluiu que as mortes ocorreram devido à superlotação no interior e no exterior do estádio. “Publicidade enganosa” teria sido uma das causas da superlotação, visto que, dias antes do culto, a Universal espalhou em Luanda uma propaganda informando que o culto iria “dar um fim a todos os problemas: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas”.
Para a Comissão, a publicidade criou “uma enorme expectativa” nos fiéis e classificou a difusão do evento como “criminosa e enganosa”. A igreja também é acusada de não ter suspendido a cerimônia, mesmo depois de ter tido conhecimento das vítimas fatais.
Com informações do Opera Mundi

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