sábado, 2 de fevereiro de 2013

Brasil quer comprar defesa antiaérea russa 02/02/2013

Da Folha


IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil deverá comprar sistemas de defesa antiaérea da Rússia, segundo comunicado do Ministério da Defesa.
As negociações se arrastam há anos --foram reveladas pela Folha em novembro de 2009. Mas agora parece que serão concluídas, e com novidades importantes.
Segundo o ministério, uma comitiva conheceu os equipamentos no fim de janeiro na Rússia. Estão na mira do Exército, responsável pela defesa antiaérea, os sistemas Pantsir-S1 e o Tor-M2E, dos mais modernos e eficientes do mundo.
A expectativa é fechar o negócio durante a visita do primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, ao Brasil no fim deste mês. "O que precisamos agora é apresentar a proposta à presidente da República", disse o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi.
A grande inovação é a previsão não só da compra de baterias para suprir o que é provavelmente o maior buraco na defesa brasileira. O acordo costurado sugere que haverá transferência tecnológica a empresas brasileiras, com possibilidade de construção dos armamentos no país.
Não por acaso, todas as empresas interessadas e com capacidade logística e técnica para tal transferência estavam representadas na comitiva que foi à Rússia: Odebrecht Defesa (que é dona da fabricante de mísseis Mectron), Embraer Defesa (proprietária, entre outras, da empresa de radares antiaéreos Orbisat) e Avibrás (fabricante de mísseis e do principal sistema de artilharia brasileiro, o Astros).
A Odebrecht é a empresa mais avançada nos contatos com os russos. Em dezembro, assinou um memorando de entendimentos com a Rostechnologii, estatal russa de tecnologia de armas.
Especulou-se à época que o objetivo seria a construção no Brasil de helicópteros russos, mas o foco é mais amplo e pode incluir sistemas antiaéreos.
Resta saber se haverá dinheiro. O governo Dilma Rousseff congelou a compra de caças, negócio bilionário, embora tenha dado OK para o reequipamento das patrulhas de superfície da Marinha.
O Tor, objeto de desejo dos militares, é caro. Uma bateria completa, com quatro lançadores, um veículo de comando, carros de apoio, logística e mísseis não sai por menos de US$ 300 milhões (cerca de R$ 600 milhões).
Por junior50
Para não variar, a FSP comete um engano, o responsavel pela defesa antiaérea brasileira, no caso especifico, e que vai decidir a escolha do sistema, não é o Exército, é o SISDABRA, orgão  do MinDefesa/EMCFA que conjuga todas as forças singulares no quesito de defesa antiaérea de área.
Quando da visita a Russia, a Presidente em seu discurso final, ao lado de Putin, referiu-se especificamente a este assunto, que uma comissão de militares seria enviada em janeiro/13 a Russia, para discutir algumas arestas que existiam neste contrato, que está sendo alinhavado desde 2008, mas teve "problemas de relacionamento" em um exercicio realizado em 11/11, no poligono de tiro de Formosa (GO), quando ocorreram sérias discussões entre nosso pessoal e o representante da ROSOBORONEXPORT no Brasil.
O "eleito" pela comissão do SISDABRA e pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (RJ), frente a sistemas de varias origens (israelenses, noruegueses, chineses, franceses etc..), no quesito de "defesa de area para médio alcance" - foi o TOR M-2, isto desde 2010, com misseis SA-15D/9M332   (por mim eu colocaria um pouco mais de grana, e compraria o BUK-M2E (SA-17).  
A opção do Pantsyr S-1, é a mais desejada para a cobertura de terreno em deslocamento, especifica para o Exército - mais para a 3.a Divisão ( A Blindada sediada no Sul e Centro Oeste)- este sistema é mais moderno e mais "caro" que o TOR, utilizando o missil 57E-6-E (Nato SA-22) possuindo tambem 2 canhoes geminados de 30 mm destinados a respostas imediatas de menor alcance ( < 1,0 Km).
P.S.: médio-alcance na doutrina brasileira, pois ambos os sistemas possuem no máximo (SA-22) de aprox. 20 Km.

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