O jipe-robô Curiosity, que está explorando Marte, usou pela primeira vez o seu sistema de perfuração
Nasa
Marte antes e depois da perfuração realizada pelo Curiosity
Se a placa rochosa for considerada adequada, uma série de perfurações serão feitas, utilizando a rotação, bem como a ação de percussão do perfurador, antes de uma amostra em pó ser retirada e depositada nos laboratórios que o Curiosity carrega.
Vida bacteriana
A missão do Curiosity é determinar se a cratera Gale já teve no passado ambientes capazes de abrigar vida bacteriana. Detalhar a composição das rochas é algo crítico para a investigação sobre a possibilidade de as crateras manterem um registro geoquímico das condições em que elas se formaram.
Perfurar alguns centímetros dentro de uma rocha pode fornecer uma amostra que não possui as alterações que podem ocorrer na superfície devido a condições meteorológicas ou a radiações.
Desde que pousou em Marte, o jipe-robô se deslocou do ponto em que aterrissou, ao leste, rumo ao local identificado em imagens de satélites como sendo a interseção entre três diferentes terrenos geológicos.
O veículo se encontra atualmente em uma pequena depressão chamada Baía Yellowknife. A rocha escolhida para a primeira perfuração é uma fina rocha sedimentária, cortada por sulcos do que aparenta ser sulfato de cálcio. A rocha também possui um nome - John Klein, uma homenagem a um engenheiro da Nasa recém-falecido que trabalhou no projeto do jipe-robô.
Cientistas estão empolgados com os progressos da missão feitos até agora. Muitas das rochas, assim como as encontradas na Baía Yellowknife, mostram evidências claras de depósitos ou de alterações feitos pela água.
Pouco antes de se dirigir para a baía, o Curiosity identificou aglomerações contendo seixos, indicando a presença no passado de água corrente, muito provavelmente uma rede de córregos.
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