sexta-feira, 8 de março de 2013

As mulheres na conquista espacial 08/03/2013







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Elena Serova, cosmonauta russa

Hoje em dia, já praticamente não existe qualquer diferença entre as chamadas profissões femininas e masculinas. As mulheres não apenas servem no exército, conduzem caminhões e navios, mas também, frequentemente, são mais bem-sucedidas em comparação com seus colegas do sexo masculino.

Elas podem suportar condições extremas, investigando o Ártico, como Tatiana Pronchischeva, primeira mulher pesquisadora das regiões polares no século XVIII, trabalham como pilotos de ensaio e estabelecem recordes mundiais, como famosa Marina Popovich, e, a partir da segunda metade do século XX, participam na conquista do espaço.
Apesar de, na maioria dos casos, a cosmonáutica mundial continuar a ser por enquanto uma profissão masculina, 55 mulheres participaram em voos espaciais nos últimos cinquenta anos, três entre elas cidadãs da União Soviética e da Rússia – Valentina Tereshkova, Svetlana Savitskaya e Elena Kondakova. Hoje, o destacamento de cosmonautas russo inclui duas mulheres: Elena Serova, cosmonauta investigadora, e Anna Kikina, candidata a cosmonauta.
As condições de preparação são iguais tanto para homens, como para mulheres, diz Alexei Temerov, chefe da Secção de Preparação de Cosmonautas do Centro de Controle de Voos da Agência Federal Espacial:
“As exigências são iguais, as mulheres não têm quaisquer vantagens. Só podem ser um pouco inferiores as exigências em relação à preparação física. Mas todos os outros exames e provas são iguais aos dos homens.”
Contudo, as discussões sobre a racionalidade da presença feminina em órbita continuam. Alguns peritos consideram que a estada da mulher no espaço pode causar danos irreparáveis à sua saúde. Outros afirmam que, se a saúde e as qualidades pessoais satisfizerem as exigências profissionais, a mulher tem pleno direito de partir para o espaço. O principal não é o sexo dos cosmonautas, mas sim as tarefas concretas que eles cumprem, diz Vadim Guschin, colaborador científico do Instituto de Problemas Médicos e Biológicos da Academia de Ciências da Rússia:
“É necessário aproveitar os lados fortes de cada sexo e de cada pessoa concreta. O principal para a mulher não é cumprir perfeitamente um programa, mas escolher a "chave" para os tripulantes masculinos, encontrar uma linguagem comum, aprender a ser útil durante a missão.”
Em breve, os grupos de turistas espaciais podem ser integrados por mulheres. Possivelmente, a primeira será a conhecida cantora britânica Sarah Brightman, que no ano passado foi aprovada em exames médicos e fará um treinamento de seis meses na Rússia em 2014. Um outro turista espacial e multimilionário, Dennis Tito, decidiu enviar em 2018 uma nave espacial para Marte com um casal a bordo. Já são conhecidos os nomes dos candidatos – se trata dos cientistas Taber MacCallum, de 48 anos, e sua esposa Jane Pointer, de 50 anos.

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