Segundo a sentença, a maioria dos bens está em nome de ‘laranjas’ e apenas um terreno em um condomínio de luxo de Goiânia estaria no nome do contraventor
A Justiça Federal condenou nesta quinta-feira (21) o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira
à perda de bens que ultrapassam o valor de R$ 100 milhões em nome de
“laranjas” e de empresas ligadas à organização criminosa do
contraventor: apartamentos de luxo (no Rio de Janeiro e em bairros
nobres de Goiânia), fazendas e até uma aeronave (no valor de R$ 750
mil), além de carros importados. A decisão do juiz Daniel Guerra Alves
se refere a “uma parcela da dívida do grupo com a sociedade até que seja
possível estipular o valor total do ônus”.
Carlinhos Cachoeira e sua mulher, Andressa Mendonça, em férias na Bahia em janeiro
Os bens, em sua maioria, estavam em nome de
integrantes do grupo do contraventor, muitos deles já com condenação na
Justiça. Em nome de Cachoeira tinha apenas um terreno em um condomínio
de luxo em Goiânia, com 904 m², no valor de R$ 1,5 milhão. Entre os
nomes citados na sentença, estão os de Idalberto Matias, Lenine Araújo,
José Olímpio e Raimundo Queiroga. Ainda cabe recurso da decisão.
Cachoeira já foi condenado em dezembro a 39 anos e 8 meses de prisão por crimes como corrupção ativa, formação de quadrilha e peculato. Após essa sentença, o Ministério Público de Goiás (MPF-GO) entrou com um pedido de perda de bens porque, segundo os procuradores, os condenados deveriam pagar a “conta” dos gastos que o Estado teve para coibir a criminalidade.
Confira os bens da quadrilha perdidos em favor da União:
Idalberto Matias – condenado a 19 anos e 3 meses
- Dois Carros.
- Apartamento em Brasília (Asa Norte) no valor de R$ 600 mil.
Lenine Araújo de Souza – condenado a 24 anos e 4 meses
- Dois carros e três terrenos (dois de 360 m² e um de 200 m²) em Valparaíso (GO).
- Dois imóveis em Caldas Novas, estimados no valor de R$ 300 mil.
Raimundo Washington Souza Queiroga
- Uma gleba de 10 mil m² da Fazenda Quinta, em Luziânia (GO), no valor de R$ 1 milhão.
José Olímpio de Queiroga – condenado a 23 anos e 4 meses
- Cinco apartamentos: dois no Real Celebration Life Club, em Águas Claras (DF), no valor de R$ 800 mil, dois no Edíficio Ângela Maria Janusi, em Águas Claras (DF), estimados em R$ 1,5 milhão e um em Taguatinga (DF).
- Duas fazendas: uma em Mimoso Goiás e outra em Valparaíso de Goiás, no valor de R$ 450 mil.
Prédio comercial no valor de R$ 8 milhões, no Centro Comercial Riacho Mall Fundo I (DF) e um posto de lavagem e lubrificação, com 1.833 m² de área construída.
Carlos Augusto Ramos Cachoeira – condenado a 39 anos e 8 meses
- Terreno em condomínio de luxo em Goiânia no valor de R$ 1,5 milhão.
Bens em nomes de terceiros e empresas “laranjas”
- Vários apartamentos, lotes, casas, fazendas, empresas, carros, aeronave (valores devem ultrapassar os R$ 100 milhões).
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