Palácio do Planalto quer programa de investimentos que garanta a tecnologia 4G e a ampliação da banda larga nas copas das Confederações e do Mundo. BNDES vai financiar
MIRELLE PINHEIRO
ESPECIAL PARA O CORREIO
Publicação: 07/03/2013 04:00
ESPECIAL PARA O CORREIO
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou ontem que o governo prepara um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões para ampliar a infraestrutura no setor de telecomunicações nos próximos 10 anos. A meta é aumentar a rede de fibras óticas e favorecer o acesso à banda larga em todo país.
O programa contemplará parcerias com o setor privado e financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Nós já financiamos máquinas e equipamentos e podemos, também, financiar infraestrutura de telecomunicações. Não vamos dar dinheiro. Isso vai ser feito por meio de empréstimo”, afirmou Bernardo.
Segundo ele, o plano — que está em fase de estudo — vem sendo elaborado a pedido da presidente Dilma Rousseff, que pretende expandir a internet banda larga. O Palácio do Planalto também quer, com o pacote, garantir o uso da tecnologia 4G, antes da Copa das Confederações, marcada para junho deste ano.
O ministro destacou ainda que os bens adquiridos pelas concessionárias de telefonia fixa durante a privatização da Telebras, em 1998, e devem ser devolvidos até 2025, poderão ser trocados por investimentos no setor. Contudo, ainda não existe uma posição fechada dentro do governo sobre essa questão. “Uma coisa é estarmos discutindo. Outra coisa é o governo decidir isso. Tem de ter muita prudência. A presidente, que em última instância vai bater o martelo, ainda não tem concordância em relação a isso” ressaltou.
Sustentabilidade
De olho na Copa das Confederações e nas exigências anunciadas pela Fifa com relação à transmissão e cobertura do evento, empresas de telefonia aceleraram os trabalhos para entregar tecnologia de quarta geração ao público e à imprensa que cobrirá o evento. Para isso, a Vivo inaugurou ontem, em Brasília, a primeira antena sustentável 4G do Brasil. A tecnologia permite ao usuário acessar internet ultrarrápida, com velocidade que supera em até dez vezes as conexões usadas atualmente. A expectativa é de que a empresa instale 500 equipamentos semelhantes em todo Brasil até o fim do ano.
Segundo o presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente, além de contar com tecnologia 100% nacional, as antenas são sustentáveis e apresentam baixo impacto visual, porque os aparelhos ficam fixados nos postes da CEB, e os equipamentos complementares, instalados em caixas subterrâneas.
A previsão é de que a tecnologia seja disponibilizada até 30 de abril, em Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, capitais que sediarão a Copa das Confederações. Para a implantação de mais 9 mil antenas nas 12 cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo, o prazo acaba em dezembro deste ano.
As operadoras enfrentam resistência para a instalação de antenas, devido às várias leis municipais e estaduais que definem critérios específicos. Mas se as metas de cobertura não forem cumpridas, as companhias poderão perder os depósitos efetuados para participar da licitação do sistema 4G.
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