Anúncio foi feito nesta quarta-feira (20/03) pelo chanceler venezuelano, Elías Jaua
Atualizada às 16h25
O chanceler venezuelano, Elías Jaua, anunciou nesta quarta-feira (20/03) a interrupção dos diálogos para normalizar as relações bilaterais com os Estados Unidos, congeladas desde 2010.
Agência Efe

Jaua foi nomeada chanceler da Venezuela em janeiro deste ano
A decisão do governo da Venezuela é uma resposta às declarações da subsecretária de Estado norte-americana, Roberta Jacobson, que pediu que as eleições de 14 de abril sejam “justas e críveis”. Para Caracas, tal afirmação dá a entender que o pleito não estava sendo organizado de maneira confiável.
“Tomara que haja uma retificação e pare a ingerência dos Estados Unidos”, afirmou Jaua, que também indicou que “as relações consulares e diplomáticas serão mantidas no atual panorama”, sem rompimento completo.
Para o chanceler venezuelano, Washington aposta em uma instabilidade política no país, como consequência da morte do presidente Hugo Chávez, ocorrida em 5 de março. “Na Venezuela não há nenhuma transição, a não ser em direção ao socialismo”, disse.
De acordo com Jaua, o diálogo pela normalização das relações bilaterais foi iniciado em novembro do ano passado, por iniciativa de Jacobson. "Quando entenderem que falam com um povo soberano, então voltem a ligar", afirmou o chanceler.
O congelamento dos laços entre os países se deu em 2010, depois que a Venezuela recusou a nomeação de Larry Palmer como embaixador dos EUA em Caracas. Na época, Chávez negou a indicação depois que Palmer afirmou que as Forças Armadas venezuelas estavam com o "moral baixo" e que guerrilhas colombianas poderiam estar se abrigando no país. Em retaliação, Barack Obama suspendeu o visto do embaixador da Venezuela.
(*) com agência Efe
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