Sob forte chuva, manifestantes marcharam pela praça central de Atenas segurando faixas nas quais se lia 'não vamos pagar seus impostos, suas dívidas'
ATENAS - Milhares de trabalhadores, estudantes e empresários marcharam pelas ruas da capital da Grécia nesta terça-feira em protesto contra as novas medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais do país em troca de mais ajuda. A passeata é parte de uma greve de 24 horas convocada pelas duas principais centrais sindicais do país, a ADEDY, que representa funcionários públicos, e a GSEE, do setor privado.
Thanassis Stavrakis/AP
Em protesto contra medidas de austeridade, gregos tentaram entrar no parlamento
Sob forte chuva, os manifestantes marcharam pela praça central de Atenas segurando faixas nas quais se lia "não vamos pagar seus impostos, suas dívidas". Grupos de esquerda chamavam as pessoas para uma revolução, sob forte presença policial.
Nas proximidades, a polícia antidistúrbio guardada o escritório onde o ministro de Finanças Evangelos Venizelos vai se encontrar nesta terça-feira com representantes da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) - grupo conhecido como troica - para discutir um segundo pacote de resgate para o país.
Os protestos desta terça-feira foram relativamente menores, tendo em vista as manifestações recentes. A polícia estima que entre 18 mil e 20 mil pessoas participaram da ação, mas testemunhas afirmam que o número foi menor.
"A maioria de nós enfrenta a possibilidade de perder para sempre tudo o que conquistou durante uma vida toda de trabalho e o que geralmente é a única fonte de renda de nossas famílias", disse a associação de varejistas ESEE em comunicado.
A organização acrescentou que um grande número de seus membros ameaça não pagar os impostos e pede que o governo adote medidas de crescimento para impulsionar a economia, que está no quinto ano de recessão.
A greve ocorre no momento em que líderes políticos lutam para chegar a um acordo com credores sobre um novo programa de empréstimo no valor de € 130 bilhões.
Dentre as medidas exigidas pelos credores internacionais estão cortes de cerca de 20% no salário mínimo grego, mais de € 3 bilhões em cortes de gastos governamentais e novas medidas para cortar benefícios suplementares para aposentados.
Os três líderes partidários que apoiam o governo interino - que devem se reunir com o primeiro-ministro Lucas Papademos na noite desta terça-feira - parecem caminhar na direção de um acordo com os credores.
A Grécia está sob forte pressão de seus parceiros da zona do euro para aceitar uma nova rodada de dolorosas medidas de austeridade em troca de um novo empréstimo que foi prometido ao país em outubro.
As informações são da Dow Jones.
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