sábado, 9 de fevereiro de 2013

Irã rejeita diálogo direto com EUA 09/02/2013



O país exige que os ocidentais retirem as sanções políticas e econômicas impostas pela ONU, EUA e UE
Teerã. O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, rejeitou ontem a oferta dos EUA para iniciar negociações bilaterais diretas sobre o polêmico programa nuclear do país, enquanto Washington continuar a impor sanções econômicas ao Irã.

O guia supremo do Irã, Ali Khamenei é quem tem a palavra final em todos os temas importantes na república islâmica, incluindo as atividades nucleares sensíveis. Ele rejeitou, ontem, a proposta dos EUA de retomar as negociações FOTO: REUTERS
"Vocês (americanos) querem negociar enquanto apontam a arma para o Irã. A nação iraniana não será intimidada por ações deste tipo", disse durante um discurso para comandantes da Força Aérea.
"Alguns se alegram com a oferta de negociações … (mas) negociações não vão resolver nada", completou.
O todo-poderoso Khamenei tem a palavra final em todos os temas importantes na república islâmica, incluindo as atividades nucleares sensíveis do Irã e a política externa. As declarações do aiatolá foram uma resposta à oferta apresentada pelo vice-presidente dos EUA, Joe Biden, para incluir o Irã diretamente na solução da questão nuclear.
Elas também foram feitas um dia após a confirmação dos Estados Unidos de novas sanções contra o Irã.
Segunda-feira, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, havia assegurado que o Irã examinaria "positivamente" a proposta de Biden, ressaltando que seu País desconfiaria dos "sinais contraditórios" de Washington.
Mas o líder máximo Khamenei, que tem a palavra final em todos os temas importantes na república islâmica, incluindo as atividades nucleares sensíveis e a política externa, se mostrou inflexível.
Nova oferta
Após vários meses de interrupção, o Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) e o Irã entraram em um acordo para retomar as negociações em 26 de fevereiro no Cazaquistão. Londres assegurou que os ocidentais apresentarão em Almaty "uma nova oferta crível" a Teerã.
Países ocidentais suspeitam que o Irã tenta fabricar uma arma atômica sob a fachada de um programa nuclear civil, possibilidade que o governo de Teerã nega. O Irã exige que os ocidentais reconheçam seu direito de enriquecer urânio, já que é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, e que retire as sanções políticas e econômicas impostas pela ONU, EUA e UE.

Reuters

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