terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Modelo econômico do Brasil é defendido na reunião da Internacional Socialista 05/02/2013


Opera Mundi
Opção por modelo econômico com justiça social e com prioridade para combater pobreza é alternativa à austeridade


A delegação brasileira que participa da reunião da Internacional Socialista defendeu nesta segunda-feira (04/02) o modelo brasileiro para estimular a economia, reduzindo a pobreza diante da "cruel" austeridade europeia.

Carlos Vieira da Cunha, um dos vice-presidentes da IS e secretário de Relações Internacionais do PDT (Partido Democrático Trabalhista), apresentou na reunião o aumento do crescimento econômico e a produção do Brasil na última década, com programas para melhorar o salário mínimo e a renda dos mais pobres.

"O aumento da classe média fez crescer também o mercado interno. A redução da desigualdade é um fator de dinamismo econômico", explicou o dirigente da Internacional Socialista.

"O Brasil escolheu há dez anos um modelo de crescimento econômico com justiça social e com a prioridade de combater a pobreza extrema", disse Cunha.
Programas de transferência de renda para famílias carentes e os aumentos do salário mínimo, que subiu 72% em uma década, ajudaram na melhora da distribuição de renda no país, segundo o vice-presidente.

"A renda de 20% dos brasileiros mais pobres aumentou 75% e há um novo mercado de consumidores", ressaltou o dirigente do PDT. Cunha destacou o esforço de Lula para conseguir essas metas e a contribuição do ex-ministro do Trabalho, o presidente do PDT, Carlos Lupi, também presente no evento.

Cunha admitiu que as coisas no país "não são um mar de rosas", já que o ritmo de crescimento do mercado de trabalho e a produção industrial caíram. Já o PIB cresceu apenas 1% em 2012.

As medidas para impulsionar a economia, no entanto, como reduzir impostos, conceder crédito, e a mais recente, de reduzir o preço da tarifa elétrica, mostram resultado, o que ajudam ao Brasil passar a ter uma robustez econômica "inegável", segundo Cunha.

Para o vice-presidente da IS, a saída da crise mundial está em colocar as pessoas em primeiro lugar, "não nos planos cruéis e ineficazes de austeridade, mas no crescimento sustentável, na geração de emprego e renda e na redução das desigualdades".

A reunião de dois dias, aberta nesta segunda-feira (04) em Cascais, a 25 quilômetros de Lisboa, discute principalmente a crise econômica europeia e a alternativa aos cortes orçamentários

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