segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vaticano pode eleger o primeiro Papa negro 11/02/2013

247 - A renúncia do Papa Bento 16, que deixa o comando do Vaticano no fim do mês, abre espaço para aquele que pode vir a ser o primeiro Papa negro: o cardeal Peter Turkson, de Gana. O atual presidente do Conselho Pontifício para Justiça e Paz é cotado entre os favoritos para assumir o posto máximo à frente da Igreja Católica, considerando os rumores de que o Vaticano deve buscar fora da Europa seu novo líder.
O ganense de 64 anos lidera, inclusive, a bolsa de apostas irlandesa Paddy Power, que, por enquanto, paga 3 para 1 a quem optar por Turkson -- as zebras, por lá, pagam 100 para 1, e o cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes aparece rendendo 16 para 1. Em 2009, ao comentar sobre a possibilidade de vir a ser eleito Papa, o ganense se comparou ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que acabara de ser eleito pela primeira vez.
Questionado sobre a possibilidade de assumir o Vaticano, ele respondeu: "Por que não?". "Tudo isso faz parte do pacote [de escolher seguir a vocação de padre]", emendou, completando: "E agora tem o Obama nos Estados Unidos. E, pela divina providência — porque a Igreja pertence a Deus — se Deus quiser ver um negro também como Papa, que seja feita Sua vontade".
Camisinha
Em 2009, Turkson esteve ao lado do Papa Bento 16 na defesa de que os preservativos não são uma resposta viável à crise africana de Aids, baseado em falhas na qualidade. "Estamos falando no produto de uma fábrica, e há diferentes qualidades, disse, durante coletiva de imprensa. "Há preservativos que chegam em Gana e que, pelo calor, vão se danificar durante o sexo. Quando isso acontece, ela dá uma falsa sensação de segurança que facilita a disseminação do HIV", completou, sem descartar, contudo, o uso da camisinha no caso de um casal em que um dos cônjuges tenha o vírus.
Outro detalhe curioso: em outubro do ano passado, o cardeal Turkson se envolveu em polêmica ao protagonizar um vídeo postado no Youtube intitulado "Muslim Demographics", que apontava o crescimento do Islâ na Europa, durante um encontro internacional de bispos. A conversa dava conta de que em 39 anos a França seria uma república islâmica. O cardeal teve de pedir desculpas pela má repercussão do vídeo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário