A jornalista de O Popular, Fabiana Pulcinelli, foi acionada por uma interpelação judicial no dia 22 de maio. Henrique Morgantini, do jornal O Anápolis, foi processado com pedido de indenização, no dia 29 de maio.
Na interpelação do governador Marconi Perillo(PSDB) à jornalista de O POPULAR, Fabiana Pulcineli, a advogada Suele Menezes Apolinário Silva, solicita que sejam feitos esclarecimentos sobre trechos de dois artigos publicados nos dias 14 e 21 de maio passados.
O Diário de Goiás reproduz os trechos, conformes consta na interpelação.
No artigo do dia 14 de maio, a jornalista publicou que:
“A semana, porém, foi de sucessivos revezes para o governo. Não só apareceram fatos novos sobre a relação de Marconi com Cachoeira – no caso da negociação da casa no Alphaville – como ganharam força os efeitos políticos do desgaste gerado pela Operação Monte Carlo no governo. Distanciamento
e falta de apoio de aliados de peso, cobranças, ameaças e dificuldades
na troca de secretários servem de alerta para o risco de isolamento
político de Marconi, que pode ser intensificado nas próximas semanas, a depender das reações do governo e dos desdobramentos do caso no Congresso”
No mesmo artigo, cita outro trecho diz
que: “Por mais que Jardel diga que Marconi atende bem os aliados e não é
alvo de chantagem, o levante contra os auxiliares desgasta apenas o
governador. Reforça a ideia de que não há comando e de que o governo está inerte, paralisado, com a crise”.
A interpelação movida por Perillo destaca, em outro trecho, que:
“os reflexos das denúncias também atingem em cheio o processo eleitoral deste ano. O
governador sofreu grande queda da popularidade em Goiânia, como mostrou
a pesquisa Serpes/O Popular na terça-feira, e os efeitos já se
alastraram, ainda que em menor velocidade, para o interior, segundo
relatos de aliados”.
Na ação, a advogada de Perillo selecionou outro trecho de artigo de
Pulcineli, publicado no dia 21/05/12, em O POPULAR. Nele, a jornalista
escreveu:
“Em Goiás, na quarta-feira, os deputados da base do governador Marconi Perillo (PSDB) foram ao Palácio Pedro Ludovico entregar
nota de apoio e confiança ao govenador em função das denúncias de seu
envolvimento e de integrantes de seu governo com Carlos Cachoeira. Não
tem a mesma expressão, mas a nota bem que poderia ser resumida na
mensagem de Vaccarezza a Cabral: “Não se preocupe, você é nosso e nós
somos teu”.(Grifos da Advogada)
A advogada de Perillo alega que ele não foi denunciado e nem muito
menos tem envolvimento com Carlos Cachoeira, por isso, interpela a
jornalista para que ela explique, nos termos do Artigo 222, do Código do
Processo Civil, os temos utilizados. No fundo, o governador se sentiu
ofendido.O jornalista Mino Pedrosa, do site www.quidnovi.com.br, que divulgou o áudio de negociações telefônicas entre Cachoeira e Garcez em uma suposta entrega de dinheiro numa caixa de computador na sede do governo do Estado, também recebeu processo de indenização, impetrado no dia sete de maio.
Ao Diário de Goiás, Henrique Morgantini interpretou a iniciativa do governador como uma forma de intimidação contra ele e os jornalistas de Goiás. Mas, disse ele, tal fato não vai interferir na atitude profissional dele. O jornalista já foi processado por Perillo, em 2010 por um inusitado processo de "propaganda negativa extemporânea".
Em processo recente, Perillo conseguiu uma decisão liminar que retirou uma entrevista, integralmente, do site da Rádio 730 (www.portal730.com.br). (LEIA AQUÍ).
A mesma entrevista caiu no Youtube e está entre vídeos muito acessados, com conteúdo direcionado para Goiás. (VEJA AQUÍ)
Veja imagens dos processos:
Marconi Perillo X Mino Pedrosa
Marconi Perillo X Fabiana Pulcineli, de O Popular - Goiânia
Marconi Perillo X Henrique Morgantini, de O Anápolis
(Atualizada às 17h39)
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