Após passar os últimos quatro
anos lutando contra uma série de crises, a Toyota sinalizou que está pronta
agora para uma ofensiva. A montadora anunciou nesta quarta-feira a sua maior
reformulação administrativa desde que o descendente da família fundadora da
empresa Akio Toyoda assumiu a presidência em 2009. As medidas vão abrir a maior
fabricante mundial de automóveis para diretores de fora pela primeira vez nos
76 anos de história da companhia, ao acelerar uma mudança de gestão das
fileiras de executivos e racionalização da tomada de decisão da organização.A
Toyota disse que a reorganização foi introduzida para capacitar melhor a
companhia para lidar com o crescimento sem comprometer seus valores
fundamentais de alta qualidade e serviço ao cliente, o que foi colocado em
risco no início do mandato de Toyoda durante um recall massivo.Alguns
analistas avaliaram os movimentos favoravelmente, especialmente a decisão de
ter unidades da montadora concentradas em produtos específicos, e uma decisão
de apontar Takeshi Uchiyamada como presidente da empresa. Uchiyamada é visto
como uma força condutora de inovação técnica que cumpre as necessidades dos
tempos.Entre
os diretores de fora da companhia que foram nomeados para integrar o conselho
da Toyota está Mark Hogan, ex-principal executivo da General Motors, que já
comandou uma joint venture entre a GM e a Toyota.A
montadora anunciou também mudanças de cargos executivos nas suas companhias
filiadas na América do Norte e na América do Sul, que entrarão em vigor em 1º
de abril. Steve St. Angelo, que está baseado em São Paulo, será presidente da
Toyota do Brasil e supervisionará todas as filiadas da montadora na América
Latina e Caribe.O
movimento da Toyota - a maior companhia do Japão em termos de receita - de
incluir diretores de fora no seu conselho representa uma mudança significativa,
não apenas para a montadora, mas também para o setor corporativo japonês. As
grandes companhias japonesas têm sido, historicamente, relutantes em trazer
executivos de fora para seus conselhos, um postura que, segundo muitos
especialistas em governança corporativa, levou a uma gestão prejudicial e a uma
série de escândalos corporativos nos últimos anos.As
mudanças administrativas serão votadas em uma reunião geral anual de acionistas
da montadora em junho.
As informações são da Dow Jones.
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