"Nos últimos 10 anos, a América Latina registrou avanços nas questões dos Direitos Humanos", sublinhou o jornalista
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, recomendou nesta segunda-feira (10/06) a Edward Snowden, a fonte que revelou a rede de espionagem eletrônica dos Estados Unidos, a procurar asilo na América Latina. Em entrevista à CNN, Assange, que está refugiado na Embaixada do Equador em Londres para evitar a sua extradição para a Suécia, recomendou “encarecidamente” a Snowden que “parta para a América Latina”.
“Nos últimos 10 anos, a América Latina registrou avanços nas questões dos Direitos Humanos e tem uma longa tradição de asilo”, disse Assange na entrevista. Snowden assumiu a responsabilidade de ter informado aos jornais The Guardian e The Washington Post os detalhes da espionagem feita pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, com a qual tem acesso a milhões de registos de chamadas telefônicas no país.
O ex-técnico da CIA e consultor externo da NSA durante quatro anos disse ao diário britânico que procura asilo num país que “respeite a liberdade de expressão”. Já o Post diz que Snowden abandou a possibilidade de se refugiar nas Islândia.
O diretor nacional de Informações, James Clapper, pediu ao Departamento de Justiça que inicie uma investigação enquanto vários legisladores norte-americanos apelaram ao início do pedido de extradição de Snowden, que até segunda-feira estava num hotel de Hong Kong. Assange, que teme que a sua extradição para a Suécia seja uma desculpa para uma posterior extradição para os Estados Unidos para ser julgado pelas informações reveladas pelo Wilileaks disse que Snowden é “um jovem heroico” por ter revelado os programas de espionagem cuja “supervisão e políticas são secretas”.
Le Pen
A líder da extrema direita política francesa, Marine Le Pen, do partido Frente Nacional, pediu ontem que a França conceda asilo político a Snowden. De acordo com ela, que é deputada do Parlamento Europeu, Snowden "deve ser deixado em condições de segurança o mais rápido possível", porque "teve a coragem e o imenso mérito de revelar à humanidade uma ameaça muito grave contra a democracia e as liberdades públicas".
Tradicionalmente Le Pen critica asperamente a concessão de asilo em seus discursos contra a imigração. Durante a campanha presidencial francesa do ano passado, propôs dividir por cinco o número de refugiados aceitos na França. Diante do escândalo, Le Pen já havia pedido ao governo francês que exija as "explicações necessárias" às autoridades americanas.
* Com informações da Agência Lusa e AFP
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