24/06/2013 - 18h21
Luana Lourenço
Repórter da Agência Nacional
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (24) que o
governo vai disponibilizar mais R$50 bilhões para investimentos em obras
de mobilidade urbana. O anúncio é uma resposta à onda de manifestações
que ocorrem no país há mais de uma semana e que teve origem na
reivindicação do Movimento Passe Livre pela redução da tarifa de ônibus
em São Paulo.Repórter da Agência Nacional
Dilma se reuniu com representantes do MPL
e fez o anúncio ao abrir uma reunião com 27 governadores e 26 prefeitos
de capitais no Palácio do Planalto. “Tenho certeza de que nos últimos
anos, o Brasil tem tido grande investimento na área de transporte
coletivo urbano. Nosso pacto precisa assegurar também uma grande
participação da sociedade na discussão política do transporte, com maior
transparência no cálculo das tarifas”, disse.
A presidenta também anunciou a criação de
um Conselho Nacional de Transporte Público, com a participação da
sociedade e que deverá ter versões municipais.
Além das iniciativas para mobilidade
urbana e transporte, Dilma reiterou medidas anunciadas em pronunciamento
à nação na última sexta-feira (21), quando disse que faria um pacto
nacional com estados e municípios para melhoria dos serviços públicos.
A presidenta também propôs um plebiscito a fim de convocar uma Constituinte para a reforma política, além de penas mais efetivas para corrupção, que poderá ser classificada como crime hediondo.
Na área de saúde, Dilma reforçou a
intenção do governo de contratar médicos estrangeiros para trabalhar no
Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente em regiões onde faltam mais
profissionais.
“Quando não houver disponibilidade de
profissionais brasileiros, contrataremos médicos estrangeiros para
trabalhar exclusivamente no SUS. Não se trata de medida hostil ou
desrespeitos com os nossos profissionais, trata-se de ação emergencial e
localizada. Sempre oferecemos primeiros aos brasileiros as vagas, só
depois chamaremos os estrangeiros”, declarou a presidenta.
Segundo ela, o Brasil é um dos países com
menor presença de médicos estrangeiros - menos de 2% do total de
profissionais que atuam no país – e que há regiões onde não existe
atendimento médico suficiente. “É precisos ficar claro que a saúde do
cidadão deve prevalecer sobre qualquer interesse”, disse.
Dilma convocou os governadores e
prefeitos para que acelerem os investimentos já contratados em
hospitais, unidades de Pronto-Atendimento e unidades básicas de Saúde e a
ampliar a adesão de hospitais filantrópicos ao programa que troca
dívidas por atendimentos.
Para aumentar investimentos em educação –
outro ponto do pacto nacional – Dilma reiterou que o governo defende a
utilização de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo
Social do pré-sal para o setor. A proposta depende de aprovação do
Congresso Nacional. “Confio que os senhores congressistas aprovem esse
projeto que tramita com urgência no Congresso Nacional. Acredito que
todos nós sabemos que o esforço de investir em educação transforma um
país em uma nação desenvolvida”.
Ao finalizar o discurso, Dilma voltou a
dizer que seu governo está ouvindo “a voz das ruas” e que é possível
aproveitar este “impulso” para melhorar o país.
Edição: Aécio Amado
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