Recursos do programa de créditos Pronaf sobem 16,7%, para R$ 21 bilhões
O governo federal ampliará em 16,7%, para R$
21 bilhões, os recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) para a safra 2013/2014. Somadas as verbas
de outras iniciativas, como o seguro destinado aos produtores
familiares, o setor receberá R$ 39 bilhões.
A agricultura familiar responde por 8% dos
estabelecimentos rurais do país, 33% do Produto Interno Bruto (PIB) e
emprega 74% da mão de obra no campo, de acordo com o Ministério do
Desenvolvimento Agrário. Segundo o governo, em dez anos de Pronaf –
completados nesta safra – a renda do setor cresceu 52%.
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Uma das mudanças – anunciadas nesta
quinta-feira (6) em cerimônia que contou com a presença da presidente
Dilma Rousseff – é a ampliação do limite máximo de renda para adesão no
programa. Nesta safra, poderão recorrer aos empréstimos do Pronaf os
agricultores que tiveram renda de até R$ 360 mil em 2012. Na safra
anterior, esse limite fora de R$ 320 mil.
O limite de crédito para custeio também sobe, de R$ 80
mil para R$ 100 mil, segundo o MDA. Além disso, a taxa de juros máxima
paga pelos agricultores cairá de 4% para 3,5%.Para investimento, o limite das linhas foi aumentado para R$ 150 mil. No caso de suinocultores, avicultores e fruticultores – atividades que demandam mais recursos – o teto foi duplicado para R$ 300 mil. Os produtores que se unirem em grupo para tomar o crédito poderão emprestar até R$ 750 mil.
O governo também destinou R$ 400 milhões para o programa Seguro da Agricultura Familiar, que é oferecido automaticamente a quem pega empréstimo do Pronaf.
Além disso, 1,2 milhão de famílias poderão ser cobertas pelo Garantia-Safra, que compensa agricultores da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), e tiverem perdas de mais de 50% da produção.
Aquisição preferencial
Otro limite ampliado é o das compras preferenciais feitas pelo governo da produção familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Na safra anterior, o Poder Público adquiria, no âmbito do programa, até R$ 4,5 mil de cada família. Na atual, o teto sobe para R$ 5,5 mil. Em casos de cooperativas em que pelo menos 50% dos cooperados têm perfil de pobreza e os produtos forem exclusivamente orgânicos, agroecológicos ou da sociobiodiversidade, o limite é R$ 8 mil.
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