quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Estrangeiros investem no Nordeste 18/09/2013

Em três anos, eles criaram 71 empresas e 46 mil empregos na região.
Setor industrial de Sergipe recebeu mais de 40 milhões de dólares em 2013.

Carla Suzane N. Senhora do Socorro, SE

Uma empresa italiana de call center chegou ao Nordeste este ano e investiu 15 milhões de dólares em busca da oferta de mão de obra qualificada e da pouca concorrência. Quatro mil operadores estão conectados com gente de todo o Brasil.
“Tem que se escolher o lugar certo. O Nordeste é um continente quase, um Brasil dentro do Brasil”, afirma Giulio Salomone, vice-presidente da empresa.

O construtor Rui Mendes queria construir apenas um prédio de alto luxo, há dois anos. Hoje o português já está à frente de quatro novos edifícios em Alagoas e Sergipe. “Temos 95% dos dois empreendimentos vendidos, o que é muito bom para a empresa”.

Nos últimos três anos, mais de 70 empresas estrangeiras investiram no Nordeste e geraram mais de 46 mil empregos, segundo o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
O setor que mais recebeu investimentos foi o da indústria automotiva, seguido da mineração, alimentos e fumo. Em quarto lugar, aparece a indústria química.

Só em Sergipe o setor industrial já recebeu mais de 40 milhões de dólares, este ano. A expectativa é chegar a 650 milhões até 2014.
“A gente espera a instalação de uma fábrica de vidro francesa, que representa 150 milhões de dólares e a instalação de uma montadora de veículos da Ásia, que sozinha investiria meio bilhão de dólares”, explica Saumíneo Nascimento, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia – SE.
Esses empreendimentos ainda estão em fase de implantação e negociação, mas uma indústria japonesa de peças para automóveis, que começou a funcionar há três meses, já investiu 25 milhões de dólares e deve gerar 1.800 empregos diretos e indiretos.
Essa é a segunda fábrica instalada no Nordeste e a sétima no país. Em todas, 80% dos funcionários são mulheres. A preferência é por causa da habilidade no manuseio com pequenas peças e as nordestinas têm se destacado pela concentração no trabalho. “Elas aprendem fácil o trabalho, são dedicadas, são focadas. Para nós foi uma grata surpresa realmente”, diz Jorge Rodrigues, gerente de recursos Humanos.
A maioria nunca trabalhou com carteira assinada, como a auxiliar de produção Daniela da Silva. “Eu pretendo crescer profissionalmente aqui dentro da empresa e crescer cada vez mais”.

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