Por Zé Dirceu
Ao insistir em repetir o mantra da direita de que o governo FHC trouxe estabilidade econômico e governo Lula focou em políticas sociais, a ex-senadora Marina Silva faz uma análise no mínimo superficial. O governo Lula foi marcado, sim, pela inclusão social, mas também pela melhora geral dos indicadores econômicos – hoje estamos num situação muito melhor do que na era do tucanato. A política social foi usada, inclusive, como instrumento de crescimento econômico.
Basta ver o estudo divulgado ontem pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre o impacto do Bolsa Família na economia. Cada R$ 1 investido no programa gera um aumento de R$ 1,78 no PIB brasileiro.
“O Bolsa é, por larga margem, a transferência com maiores efeitos sobre o PIB, que aumenta R$ 1,78 a cada R$ 1 adicionado ao programa. Nessas condições, um gasto adicional de 1% do PIB no programa, que privilegia as famílias mais pobres, gera aumento de 1,78% na atividade econômica”, diz o estudo.
Esse impacto é maior que o de outros programas de transferência de renda, como o seguro desemprego (R$ 1 gera aumento de R$ 1,06 no PIB) e a Previdência Social (R$ 1 gera R$ 0,52).
“Os efeitos multiplicadores são maiores quanto mais focalizadas são as transferências nos mais pobres, porque estas famílias possuem maior propensão marginal a consumir, mesmo que se considere que uma parcela importante do seu consumo independe da renda”, diz o estudo.
“O melhor caminho para fazer a economia girar é o Bolsa Família”, afirmou Marcelo Neri, presidente do IPEA.
Redução da miséria
O estudo também mostra que o Bolsa Família reduziu a pobreza extrema brasileira em 28% entre 2002 e 2012. Se o programa não existisse, o porcentual de miseráveis teria subido de 3,6% para 4,9%. A referência é a linha de pobreza, que considera miserável quem vive com até R$ 70 mensais de renda per capita.
“O Bolsa Família não só aliviou a pobreza, como também garantiu a presença das crianças na escola, a nutrição, a saúde e a redução da mortalidade infantil. O Bolsa Família fez bem para o Brasil, e os resultados são para o conjunto da população”, disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou do lançamento do estudo do IPEA.
“Hoje, podemos fazer uma discussão que não é mais ideológica. Temos estatísticas que comprovam o impacto do Bolsa Família”, acrescentou.
A pesquisa também concluiu que o programa ajudou a aumentar a frequência escolar e a diminuir a repetência, além de combater a mortalidade de crianças e disseminar vacinas.
Prêmio
Com todos esses impactos positivos, foi mais do que merecido o prêmio dado ontem ao Bolsa Família, durante a divulgação do estudo, pela Associação Internacional da Seguridade Social, na Suíça. O programa recebeu o 1º Prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security, em reconhecimento ao combate à pobreza e à promoção dos direitos sociais da população de baixa renda.
A organização tem 330 filiadas em 157 países. A cerimônia oficial de premiação será em novembro, no Catar.
Atualmente, o programa beneficia 13,8 milhões de famílias, quase 50 milhões de pessoas. Em 2013, o orçamento previsto é R$ 24 bilhões, cerca de 0,46% do PIB, segundo o ministério.
Basta ver o estudo divulgado ontem pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre o impacto do Bolsa Família na economia. Cada R$ 1 investido no programa gera um aumento de R$ 1,78 no PIB brasileiro.
“O Bolsa é, por larga margem, a transferência com maiores efeitos sobre o PIB, que aumenta R$ 1,78 a cada R$ 1 adicionado ao programa. Nessas condições, um gasto adicional de 1% do PIB no programa, que privilegia as famílias mais pobres, gera aumento de 1,78% na atividade econômica”, diz o estudo.
Esse impacto é maior que o de outros programas de transferência de renda, como o seguro desemprego (R$ 1 gera aumento de R$ 1,06 no PIB) e a Previdência Social (R$ 1 gera R$ 0,52).
“Os efeitos multiplicadores são maiores quanto mais focalizadas são as transferências nos mais pobres, porque estas famílias possuem maior propensão marginal a consumir, mesmo que se considere que uma parcela importante do seu consumo independe da renda”, diz o estudo.
“O melhor caminho para fazer a economia girar é o Bolsa Família”, afirmou Marcelo Neri, presidente do IPEA.
Redução da miséria
O estudo também mostra que o Bolsa Família reduziu a pobreza extrema brasileira em 28% entre 2002 e 2012. Se o programa não existisse, o porcentual de miseráveis teria subido de 3,6% para 4,9%. A referência é a linha de pobreza, que considera miserável quem vive com até R$ 70 mensais de renda per capita.
“O Bolsa Família não só aliviou a pobreza, como também garantiu a presença das crianças na escola, a nutrição, a saúde e a redução da mortalidade infantil. O Bolsa Família fez bem para o Brasil, e os resultados são para o conjunto da população”, disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou do lançamento do estudo do IPEA.
“Hoje, podemos fazer uma discussão que não é mais ideológica. Temos estatísticas que comprovam o impacto do Bolsa Família”, acrescentou.
A pesquisa também concluiu que o programa ajudou a aumentar a frequência escolar e a diminuir a repetência, além de combater a mortalidade de crianças e disseminar vacinas.
Prêmio
Com todos esses impactos positivos, foi mais do que merecido o prêmio dado ontem ao Bolsa Família, durante a divulgação do estudo, pela Associação Internacional da Seguridade Social, na Suíça. O programa recebeu o 1º Prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security, em reconhecimento ao combate à pobreza e à promoção dos direitos sociais da população de baixa renda.
A organização tem 330 filiadas em 157 países. A cerimônia oficial de premiação será em novembro, no Catar.
Atualmente, o programa beneficia 13,8 milhões de famílias, quase 50 milhões de pessoas. Em 2013, o orçamento previsto é R$ 24 bilhões, cerca de 0,46% do PIB, segundo o ministério.
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